Sentir aquela vontade louca de comer uma guloseima pode ser um sinal da síndrome da fome oculta. Para não sofrer com esse desequilíbrio nutricional, saiba quais alimentos não podem faltar na sua dieta.
Imagine uma bela feijoada transbordando no prato. Ou um jantar no rodízio, pegando uma picanha aqui, uma alcatra ali, um pouquinho de arroz, farofa e, ao passar o medalhão de frango, mandar ver. Além de ser uma delícia para muitos, essas refeições, ao longo dos dias, garantem que a pessoa não terá nenhum problema com o suprimento protéico-calórico. Mas, certamente, esse cardápio vai, aos poucos, formar um quadro deficiente de nutrientes como vitaminas e minerais.
Trata-se de componentes dos alimentos que não são o combustível energético do nosso metabolismo, mas que são fundamentais para o funcionamento perfeito de uma série de tarefas que o corpo precisa cumprir, inclusive para a absorção integral dos elementos energéticos, como carboidratos e lipídios.
Ninguém vai perceber. E mesmo os médicos terão dificuldades em fazer um diagnóstico preciso no início. O fato é que a falta de nutrientes pode acarretar problemas que vão desde a queda de cabelos até deficiências no sistema imunológico. São casos em que a barriga cheia esconde uma fome que o corpo sente sem demonstrar claramente: a síndrome da fome oculta.
É preciso fazer uma distinção, nem sempre fácil, entre a síndrome da fome oculta e outros problemas com efeitos parecidos. A desnutrição, por exemplo, representa uma questão de saúde pública grave no mundo. A quantidade mínima de calorias e proteínas necessárias para consumo diário não é atendida. Relacionada à pobreza, a desnutrição resulta num déficit de nutrientes pela falta de alimentos ingeridos. Ou seja, a origem do problema é a quantidade de alimentos e a restrição ao acesso adequado de recursos, inclusive os alimentares.
Já a anorexia é outro problema que pode acarretar baixo metabolismo de nutrientes, mas também se distingue da síndrome da fome oculta por ter sua origem em disfunções de ordem psíquica.
A fome oculta e definida pela carência de vitaminas e sais minerais. Quando a pessoa deixa de comer um grupo de alimentos, como verduras, acaba tendo carência de um pacote de micronutrientes.
A fome oculta é uma fome silenciosa porque não se sente ela não se manifesta. É a necessidade de protetores nutricionais que não estão chegando porque a gente não está comendo tudo isso.
A fome oculta não apresenta sintomas específicos, mas é traiçoeira. E quando aparece já se transformou em doenças como osteoporose, câncer, hipertensão, problemas cardiovasculares, envelhecimento precoce. A fome oculta é a carência que o corpo tem de certos nutrientes que previnem essas doenças.
O problema pode estar escondido por uma aparência de normalidade ou de exageros. Aí é que está o perigo: além de não comermos o que é necessário, comemos em excesso o que não é preciso.
Infelizmente, o ser humano, além dessa fome que é visceral, tem principalmente a fome que nós chamamos de apetite. E um apetite descontrolado por algumas coisas que não são necessárias e que a gente acaba comendo. Por exemplo, se o indivíduo vai a uma festa, para que comer docinho? Docinho não é necessário, não há necessidade de açúcar, porque tudo o que comemos vai formar açúcar. Nós não precisamos comer açúcar.
A receita para matar a fome oculta é uma só: comer aquilo que nos faz bem, como frutas, verduras e legumes em quantidade. Por exemplo: uma salada feita com brócolis, tomate, pepino e cenoura, temperados com vinagre, azeite e ervas aromáticas. Um prato cheio de fibras, vitaminas e substâncias protetoras que ajudam a prevenir doenças. O ideal é comer assim desde criança, mas sempre é tempo de mudar.
Mudar para melhorar. O indivíduo vai ter menos doenças e correr menos riscos. Se ele conseguir convencer a cabeça dele.
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