segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Dossiê - O choro e a sopa de Cristina Almeida

O horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão é esperado por um significativo número de pessoas. As razões são as mais diversas e a maioria não é por nobres propósitos, quase sempre se confina em dar uma "sacaneada" no adversário e enxergar uma "virtude" no seu candidato preferido, mesmo quando essa missão se revele impossível. Esta semana iniciou o tal horário gratuito e a performance mais comentada foi a da candidata do PSB/PT Cristina Almeida.

A sem-turbante Cristina Almeida iniciou o programa fazendo "importantes" revelações para o eleitorado. Disse, por exemplo, que na infância dava de pau num açaí de manhã e de tarde e que gostava de feijão e peixe, mas sua preferência gastronômica é a sopa, afirmação que foi capaz de produzir um brilho nos seus olhos. Isso mesmo.  Os olhos de Cristina Almeida brilharam quando ela se referiu à sopa. Pela expressão facial não deve apenas gostar, deve "amar de paixão" uma sopa. Os adeptos da sopa devem ter ficado emocionados pelas declarações da candidata, afinal, não é qualquer um que diz publicamente que gosta de uma sopa. Esse nicho dos amantes da sopa deve ter sido conquistado pela "sem-turbante" e, de agora em diante, os outros candidatos deverão correr atrás de eleitores com outras preferências gastronômicas, porque a "galera da sopa" já está com Cristina Almeida. Foi uma sacada e tanto da equipe de marketing.

Cristina Almeida também foi bem quando se referiu à família e se emocionou tanto que caiu no chororô. Chorar durante um discurso sempre foi um recurso aceitável e quase sempre "cola" como dizem os jovens. As lágrimas da "sem-turbante", contudo, eram tão verdadeiras quanto uma nota de quinze. Seu choro caiu nas redes sociais, especialmente no twitter, como mote para os adversários tirarem aquela "casquinha" com a candidata. E foram cruéis. Ninguém acreditou que aquele choro maduro brotasse de uma verdade interior insondável e qualificaram o choro como um sórdido recurso que não comoveria nem a Madre Teresa de Calcutá, tão solidária com seus semelhantes. Os militantes, todavia, defenderam que não houve nada mais honesto do que aquelas lágrimas que surgiram como expressão de uma verdade interior inenarrável, própria dos pessebistas.

A verdade, no entanto, é que a candidata Cristina Almeida vem servindo de cobaia para sua equipe de marketing e quase sempre as orientações tem servido para municiar adversários das mais severas críticas. Quando Cristina Almeida tirou o turbante, por exemplo, a turma "caiu de pau" e a candidata experimentou toda sorte de acusações, inclusive, a de negação da identidade pelo seguimento dos afrodescendentes. Agora, mandaram que expusesse sua preferência gastronômica, logo no primeiro dia de programa, tão importante para o eleitor quanto o número de seu sapato. O pior é que era possível prever a repercussão negativa da revelação e possibilidade dos adversários gozarem com o fato, mas os marqueteiros são os marqueteiros e a candidata se igualou ao Rocha do Sucatão na exposição ao ridículo.

O chororô foi pior ainda. Há de se imaginar as gravações da cena. Texto na mão e agora... choro! Se  Cristina Almeida chorou de primeira menos mal, agora se precisou repetir deve ter dado um trabalho e tanto, afinal, mesmo os grandes atores não se desincumbem bem dessa tarefa, porque chorar é um estado da alma com conseqüências fisiológicas externas. Rir é mais fácil, mesmo os interiormente falsos podem ganhar plasticidade e parecer verdadeiros. Agora choro ou é real ou é falso, não tem meio termo, e o de Cristina Almeida não adquiriu o "status" de choro verdadeiro e a expôs ao ridículo. Servir de chacota logo no primeiro dia de propaganda é tarefa para poucos. Mas há algo de positivo nisso. Cristina Almeida conquistou dois nichos eleitorais importantíssimos: a "galera da sopa" e o "grupo das lágrimas". Por isso há de se dizer: O choro da Cris não é sopa, meu!

Rabiscos
E os marqueteiros da sem-turbante Cristina Almeida agora mandaram ver. Cristina tinha que dizer sua preferência gastronômica e se emocionar até chorar. Eita Deus!!!////Eu também gosto de sopa, sabiam? Tomei muita sopa, igualzinho a Cristina. Aliás, somos do Laguinho e gostamos de açaí e de...sopa, eitcha..../////Sem sacanagem, eu não gostei do chororô da Cris, parece que não ensaiou, não acham? Égua da falta de realidade!!!/////não vou negar: estou ficando chateado com o Jurandil Juarez. Fica falando o tempo todo que Juliano Del Castilho não entende nada de orçamento. Parece inveja. Deixa o cara, pô!!!/////E deram o "gorrepe" no Pingarilho e adjacências. Por que, hein? Nosso Pinga era tão fiel. Égua da pancada/////segundo fontes "inidôneas", claro, Camilo teria revelado que realmente pensa em "remanejar" Juliano para próximo de sua costela e colocar um técnico na SEPLAN. Acho que é boato ou coisa do Jurandil. Só acho/////E o jornalista "dedo duro" andou se encontrando com um baixinho querendo influenciar no julgamento da FAF. Tu não és o ético "cocô da onça".  Chispa,  patife!!!!.(Ah! estás gravado!)//////////E a ALAP deu mais um tostãozinho de sua benevolência para o Camilo e "remanejou" mais 5% . Tira as calças, logo. Oh! Frouxura e o Caosmilo chamou todo mundo de irresponsável. Força que entra, garoto!!! /////mais uma vez: Tem um gordinho pedindo para eu perder a calma e soltar um direto, só pode!!! Vai pedir voto, mágico!!!////Tem dirigente esportivo que faz chincana depois acusa os outros. Ei meu, não nasci ontem, também já fui policial e sei o que é lama. Entendeu, felpudo?/////a briga no Tribunal desportivo não tem regra. Teve até dirigente que indicou auditor para a sessão pensando que somos trouxas. Até somos, mas nem tanto assim, viu, "certinho"?/////E a imprensa PINK, aquela que bajula até os talos, lê meia página do almanaque abril e se acha, como vai? Vocês alguma vez já choraram falso, heim, babys? Hum, não, vocês  não borram o baton, né lindas?/////Converso com meu amigo não-moralista Silas Assis, que nunca teve contrato emergencial com o governo, sobre as  "evoluções". E ele diz: evolução só patrimonial e com remanejamento. Égua!!! não entendi nadinha, sinceramente. Meu patrão eu quero é receber o resto é moralista lobista. Ora  vão trabalhar, vagabundos!!!/////Roberto Góes me pergunta se já chorei falso. Jamais, meu caro, mas já sorri (falso) bastante/////bye

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