Por Reinaldo Coelho
Um dos mais pobres e com alto índice de criminalidade, o Bairro das Pedrinhas, na Zona Sul de Macapá, vem recebendo atenção da administração municipal, que está construindo naquela comunidade um dos maiores Complexos de atendimento social do município.
De acordo com o coordenador do projeto, Garcia Brito, o programa é financiado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) que ultrapassa R$ 1,9 milhão, teve início em 2004 e sua entrega estava prevista para 2008, o que não aconteceu.
A atual gestão retornou os serviços, e nesta semana uma equipe de técnicos do BNDES visitou as obras do Projeto Macapá.
A estrutura foi criada para atender crianças e adolescentes em várias áreas que vão da saúde ao lazer, passando pelo psicossocial. De acordo com a coordenação, 50% da estrutura já está em funcionamento, o que engloba um abrigo para 30 adolescentes. Será construída uma piscina semi-olímpica e uma quadra poliesportiva que fazem parte do projeto, além de salas para aplicação de oficinas e cursos.
Localizado em uma das vias de acesso ao bairro, a obra social abrigará a Casa Abrigo Marluza Araújo, o Centro de Atendimento Psicossocial Infantil (CAPSI), o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).
Atualmente, o CAPSI realiza seus atendimentos na Unidade de Saúde Rubim Aronovicth e o Abrigo Marluza funciona no Distrito da Fazendinha em um imóvel alugado.
Previsão
A atual previsão para que a obra seja concluída é dezembro deste ano, determinado pelo novo prazo pedido pela PMM ao órgão financeiro. Uma delas é a ocupação dos locais já construídos, entretanto, não concluídos. "É o caso do Centro de Referência que tem sua sede pronta, porém a fiação e piso não estão acabados", explica Garcia.
Explicações
Antes da visita às obras houve uma reunião para que os técnicos do município prestassem contas do andamento dos trabalhos aos técnicos visitantes.
Algumas etapas da obra foram concluídas em 2007, porém, por não ter sido ocupada, está com partes deterioradas, segundo informações dadas pelo coordenador do programa. "É o caso de portas e janelas, o próprio forro de PVC foi levado por moradores da comunidade, pois não tinha vigilância e a área não foi cercada. Essas adequações foram uma das exigências do BNDES", disse.
Outro detalhe é que com o encerramento do contrato, a prefeitura teve de completar o montante dos recursos para dar continuidade as obras. "Os recursos de mais de R$ 1 milhão já havia sido utilizado e não concluído as obras do complexo social. Com assinatura do novo termo, a PMM se comprometeu em alocar o restante dos recursos para conclusão das obras, como remanejar do Orçamento do Município de 2012, R$ 1.2 milhão."
A equipe do BNDES se disse satisfeita com o que viu. De acordo com eles, tudo está caminhando dentro da normalidade e nos prazos estipulados.
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