Na reta final da campanha eleitoral para prefeito de Macapá assisti, incrédulo, a utilização insistente de uma prática desbotada e provinciana nos programas eleitorais da Cristina Almeida (PSB) e Van Vilhena (PT): o testemunho de estrelas da política nacional dizendo para o macapaense como votar.
Todos, a maioria Ministros, ao pedir o voto justificam que com a Cristina na PMM ficaria mais fácil o apoio da presidenta Dilma para Macapá. É um absurdo e uma mentira deslavada. O governo federal tem obrigações constitucionais com toda a Federação e a presidenta Dilma governa o Brasil e não o PT ou PSB, além do mais, o dinheiro que administra é da Nação brasileira e não desses partidos. Na realidade, esse comportamento é uma tremenda falta de respeito com o cidadão macapaense. Uma demonstração inequívoca de que eles tentam, sem nenhum compromisso com a realidade local, colocar uma bola vermelha em nosso rosto.
A prefeita Euricélia Cardoso (PP) foi a gestora municipal que mais arrecadou dinheiro federal no Amapá em 2011 e o município dela está um verdadeiro canteiro de obras. Roberto Góes (PT) também realizou obras com dinheiro federal, e o Conjunto Mucajá é apenas um exemplo de muitos outros. As campanhas precisam evoluir, pois o eleitor evoluiu e esse tipo de manobra não cola mais. Todo mundo aqui é bem grandinho para saber o que quer e quem quer. Nas ruas ouvi muita gente criticando esse tipo de estratégia e até pessoas que estavam intencionadas a votar na Cristina mudaram de idéia.
O cidadão passa quatro anos que não dá um alô para o Amapá e, quando chega o período eleitoral, o marqueteiro e o coordenador da campanha, acreditam mesmo que este estranho vai chegar aqui, por ser ministro ou liderança do partido "a" ou "b" e vai mandar em mim e dizer o que eu devo fazer? Depois ele some de novo e daqui a quatro anos ele volta e me diz de novo quem deve governar minha cidade, meu Estado? Dá um tempo!
O que a população quer é saber das propostas dos candidatos para a solução dos problemas de Macapá. Tentar desmoralizar as pessoas é outra manobra sórdida que não pegou, nunca mais vai pegar, e o efeito é "bumerangue". Isso Cristina experimentou. Jogou praga olhando para o espelho, voltou tudo nela. O prefeito Roberto Góes fez uma campanha decente, dialogando com o cidadão de Macapá. Neguem agora! Não dá, pois contra fatos não há argumentos. As pesquisas mostram isso. Não a do Ibope, que na sua metodologia e na amostragem cometeu alguns pecados que acabaram por mascarar a realidade da intenção de voto, mas isso não importa. O que conta é que o eleitor sabe o que vai fazer e não precisa que ninguém lhe diga em quem votar. Não precisamos de guia, os nossos deficientes visuais sabem ler em "braile". Nossos surdos compreendem muito bem a linguagem de sinal. Cada um sabe onde o sapato aperta, pois quem mora aqui somos nós e, portanto, não precisamos de guia eleitoral.
Voltando aos iluminados pára-quedistas, que pensam que os eleitores formam uma manada de búfalos que são direcionados pela própria conveniência, é bom ficar claro que não conheço nenhum programa do governo federal que seja limitante aos prefeitos e governadores do PSB ou do PT. Se tiver algum me mostrem, me indiquem, pois estou procurando e até agora não encontrei nenhum. E se os Ministros e até o malufista Lula acha que a presidenta vai desprezar o macapaense por ser governado por um prefeito de outro partido que não o dela, votei na pessoa errada, pois eu quando votei nela, imaginei estar votando em uma mulher que se propunha a governar o Brasil para os brasileiros e não para os petistas ou peesebistas. Fuiiiiiii votar.
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