sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Boas Palavras - Bem-aventuranças: um desafio diário

Caros leitores, na semana passada a Aline observou conosco os princípios que envolvem a última bem-aventurança, encerrando assim uma série de estudos que foi muito edificante para todos que puderam acompanhar. Mas cá estou falando novamente sobre o tema porque cremos que ainda existem algumas coisinhas a serem consideradas antes de darmos o assunto por encerrado.

Acredito que o Sermão do Monte, texto no qual estão inseridas as bem-aventuranças, seja uma das passagens bíblicas mais conhecidas, pois é difícil (pelo menos para mim) encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar dele. Muitos o consideram um discurso belíssimo, de grande simplicidade, mas de beleza admirável devido às suas alegorias e valores morais. Entretanto, não é a sua estética ou moralidade que o fazem ser tão especial, mas sim sua preciosidade espiritual.

Este sermão, proferido pelo próprio Mestre Jesus, é um manual prático para a vida cristã, com orientações diretas e claras sobre como viver agradando a Deus. Mas antes de nos mostrar como AGIR, o Salvador nos dá uma aula sobre como devemos SER, mostrando como é um bem-aventurado.

As bem-aventuranças formam um conjunto integrado de características que deveriam ser demonstradas por todos os cristãos. Não há como manifestar apenas uma e ser totalmente displicente com as demais, pois cada bem-aventurança pressupõe a existência das outras. Por exemplo, não há como ser manso sem ser humilde e não podemos buscar um coração limpo sem antes chorar diante da nossa condição miserável de pecado. 

Entretanto, devido à nossa situação de corrupção natural, isso se torna impossível. Nossa natureza pecaminosa não nos permite viver plenamente os princípios designados por Cristo, e nossa tendência sempre será buscar a bem-aventurança que mais se encaixa no nosso temperamento, negligenciando aquelas que apresentam maior dificuldade de prática. Mas, ao fazermos isso, cometemos grande erro.

As bem aventuranças, como já citado em textos anteriores, não tratam de características de personalidade, mas de uma ação poderosa do Espírito Santo no coração do pecador, transformando-o ao ponto de levá-lo a parecer-se mais com o Senhor. Humildade, mansidão, sede de justiça, misericórdia, pureza e paz são atributos do próprio Cristo e nenhum de nós nasce disposto a conformar-se naturalmente a esse perfil.

Mas Deus não é injusto e não nos dá um alvo para o qual não temos como correr. Apesar da nossa imperfeição, Ele trabalha em nós, nos moldando conforme Seu propósito. Aqui neste mundo nunca coseguiremos apresentar todas as características de um bem-aventurado de uma só vez, mas o Espírito Santo nos capacita a buscá-las e alcançá-las de acordo com Sua vontade.

Não é uma tarefa fácil. De acordo com o que eu e a Aline mostramos nas últimas semanas, foi possível observar que cada bem-aventurança é um grande desafio, uma vez que todas elas vão de encontro com os padrões mundanos. 

Seremos ridicularizados por toda a sociedade, perseguidos pelo mundo e tentados por nossa própria carne diariamente, pois ser bem-aventurado é andar na contramão de tudo o que essa vida apresenta.

Mas devemos sempre lembrar que a recompensa faz toda a luta valer a pena. Entrar no Reino dos Céus, receber consolo, herdar a terra, ser farto, alcançar misericórdia, contemplar a face do Senhor e ser chamado filho dEle são a expressão do que todos nós almejamos: a felicidade. Ser bem-aventurado é ser feliz espiritualmente, e não precisamos esperar a vida eterna para gozar essa bênção, pois ela nos é dada aqui na terra a partir do momento que nos engajamos na busca por viver os padrões de Deus.

Posso afirmar que aprendi muito estudando cada uma das bem-aventuranças junto com vocês, leitores, e espero que tenha sido bênção para cada um que nos acompanhou nessa jornada. Que o Senhor nos conceda a graça de nos parecermos mais com Ele a cada momento.

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