Nós que dependemos desses produtos para uso no automóvel, não nos ligamos se os postos revendedores desses produtos, independentemente da bandeira de distribuição, têm estoque suficiente para atenderem o público consumidor, deste ou daquele posto.
O que nos interessa é que, quando necessário abastecer o veículo, o posto a que nos dirigimos tenha o combustível procurado. A administração desses estabelecimentos não nos diz respeito.
Diz o adágio popular "os verdadeiros amigos são aqueles que estão presentes nas dificuldades", pode ser aplicado a este caso, o da crise, com algumas modificações. Ficaria mais ou menos assim : "a gerência de um posto de revenda de combustível deveria estar presente nos momentos de falta de combustível, a fim de esclarecer ao consumidor, os motivos que deflagaram a crise" , sem esconder nada, assumindo culpas se procedente ou informando quem ou qual órgão ou empresa são responsáveis.
Foram muitas as informações sobre a crise. Eis algumas : 1) a estrutura de estoque/abastecimento está defasada, pois é oriunda da ICOMI; 2) não temos porto que possibilite a atracação de navios abastecedores; 3) a estrutura portuária em Belém, PA, está em reforma; 4) as balsas transportadoras são insuficientes e não oferecem possibilidades de renovação; 5) esta é a mais verídica : tudo está sendo articulado para aumentar o preço do litro na bomba, e parece que se realizou, porque o preço que era na média R$ 2,55 foi para R$ 2,79, o mais caro, equivalente a 9,13 %.
Dia 17/10/2012, quarta feira, meu filho estacionou o carro na fila, ainda pequena ( +/- 20 automóveis ), às 10:00 h, para abastecer no AUTO POSTO LAGOA, ali perto da AABB. Dentro de uma (1) hora a fila já estava paralelo ao muro do CEAP. A notícia que corria era de que o combustível chegaria aproximadamente as 14:00 h. Depois, nova notícia, agora a chegada estava prevista para as 18:00 h. daí pra frente, a cada uma hora, chegaria o combustível. As 19:00 h fui substituir meu filho. As 20:00 h, chegou um carro-tanque com álcool, mas a bomba não estava preparada e foi preciso chamar o técnico. Imaginem quem chamou o técnico - o frentista. Chega o técnico e mais uma hora se vai. Finalmente, começava o abastecimento dos carros flex. A fila, que era única, desdobrou-se em duas - gasolina e álcool. A fila do álcool andava e o abastecimento estava limitado a R$ 60.00, ordens do Ministério Público Federal. E o carro-tanque da gasolina, nada. Amanhece. Dia 18, novo dia e novas esperanças de acreditar que a gasolina estava pra chegar. As 10:00 h a bomba que abastecia álcool quebrou. E quebrou de vez. E os pobres ( no sentido de dificuldades ) frentistas revezavam-se em informar que a gasolina estava pra chegar. As horas vão passando. Eu lá, grudado na bomba, já era o primeiro e todo serelepe.
De repente observei que só eu estava lá. Esperando, esperando. As 19:00 h, chega o pelotão caseiro, meu filho, dois netos, com ordens para levar-me. O frentista, delicadamente, informou-me que a gasolina não viria mais. Ele não informou como e de quem recebeu a notícia.
Que falta faz um gerente de vendas ou de comunicação ou mesmo o dono do estabelecimento mostrar a cara e, em respeito ao consumidor, cliente ao não do posto, seja informado sobre o assunto. É vergonhoso deixar o frentista exposto a sanha de alguns mais afoitos, outros mais agressivos, com ou sem razão. Senhores donos de postos de revenda de combustíveis, MOSTREM A CARA, será um prazer conhecê-los.
No dia seguinte, sexta feira, 19, lá estava eu as 06:00 h, na fila para abastecer meu Palio, já pálido, no Posto que fica na Hildemar com Cora de Carvalho. O carro-tanque chegou as 19:00 h, e eu que era o 25º da fila, fui atendido em 15 minutos, com R$ 60,00.
Que esta crise sirva de lição para os que estão envolvidos diretamente com o abastecimento de combustível no Estado do Amapá.
Reflexão: "É preciso coragem para ser consumidor nesta tão querida Macapá".
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