sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Cultura: Festival de Música Instrumental, Curso Cinematográfico e Museu Histórico

Festival pretende divulgar música instrumental amapaense

por Fabiana Figueiredo 

 Acontece desde quinta-feira (25) o IV Festival de Música Instrumental do Amapá (Feminsap), no Complexo do Araxá, na capital amapaense. O evento objetiva mostrar e divulgar a música instrumental para o público do Estado, mostrando que o Amapá possui potencial para esta área musical através de novos talentos e, além disso, mostrar o diferencial da música instrumental amapaense.


A programação conta com apresentações abertas ao público, e encerra no sábado, dia 27, com atrações locais, do Pará e nacional, que é um dos maiores baixistas instrumentais da atualidade no Brasil: Ney Conceição.

Ney Conceição é compositor e arranjador, com grandes méritos. Já tocou ao lado de ícones da música amazônica como Nilson Chaves e Pinduca. No seu mais novo trabalho em carreira solo, "Swingado", Ney montou um disco que mistura diversos elementos da música brasileira, afro e jazz.

Fineias Nelluty (piano), idealizador do evento desde 2008, Israel Cardoso (guitarra), Ezequiel Freitas (baixo), Sinei Saboia (trompete) e Marquinho Sansi (bateria) formam o quinteto instrumental Amazon Music, responsável pela organização do evento. "Macapá não se tem a cultura de ouvir a música instrumental. Na verdade, o Amazon Music é o único grupo que faz música instrumental no Estado frequentemente", afirma o baterista Sansi. O grupo se apresenta regularmente todas as quintas-feiras, no Norte das Águas, há cinco anos.

Já se apresentaram o Quinteto Amazon Music, Delcley Machado (PA), Venilton Leal (AP), Fábio Costa (AP), Marcos Puff (PA) e Gurijuband (PA), que é um grupo novo mas que já está "arrebentando" no mundo instrumental. No sábado, os shows são de Israel Cardoso (AP) e da atração nacional Ney Conceição (RJ). Os organizadores convidam a população amapaense para comparecer a partir das 21h no Complexo do Araxá neste sábado.



Inscrições abertas para curso cinematográfico
Foram abertas as inscrições para o Curso de Direção de Atores e Interpretação Cinematográfica, organizado pelo Centro Audiovisual Norte-Nordeste (CANNE) em conjunto com a Casa Fora do Eixo Amapá e o Museu da Imagem e do Som (MIS), além de outras instituições do governo estadual. As inscrições iniciaram na última terça-feira (23) e terminam na próxima quarta-feira (31).

O curso pretende formar, principalmente, diretores, atores, alunos e professores de cinema com as últimas novidades do mundo cinematográfico. O ministrante será o preparador de elencos de filmes Christian Duurvoort, que trabalhou nos filmes "Ensaio sobre a Cegueira", "Xingu", "Capitães de Areia", "Cidade dos Homens" e o "Banheiro do Papa". Neste curso, Duurvoort utiliza seu método "Ator Imaginário", que prioriza a ação como modo de acessar a emoção e o pensamento, com o objetivo de desenvolver uma qualidade de atuação rica em imagens.

Implantado em 2008, o Canne objetiva criar um espaço que possa ofertar bens de produção cinematográfica, além de um núcleo de qualificação profissional na área audiovisual. Atuando no Recife (PE), o Centro possui parceria com várias instituições do Governo Federal, como a Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação, e a Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura (SAv/MinC). Portanto, as uniões estabelecidas ajudam na criação de projetos que potencializam e incentivam profissionais da área audiovisual, como o Curso de Direção de Atores e Interpretação Cinematográfica.

O curso acontece nos dias 05 a 09 de novembro no auditório do MIS-AP, localizado no segundo piso do Teatro das Bacabeiras, pela manhã e tarde, de 09h às 12h, e das 14h às 18h. As inscrições são gratuitas, e podem ser realizadas no MIS ou na Casa Fora do Eixo Amapá (na Avenida Henrique Galúcio, 655 - Centro), até o dia 31 de outubro, no horário das 09 às 17h. Informações 3225-1281 ou 8127-8495.



Museu Histórico do Judiciário Amapaense

O Museu do Judiciário Amapaense está instalado no Palácio da Justiça ao lado da Biblioteca Juiz Francisco Souza de Oliveira. O espaço  conta com um acervo documental de 171 anos. Um dos destaques do Museu é o  Livro de Registro dos Escravos, que foram liberados pelo Fundo de  Emancipação. O livro é um dos documentos mais antigos e preservados do Museu. Na  assinatura, a data consta de 13 de novembro de 1872. Um documento  registrado na Terceira Seção da Contadoria da Tesouraria de Fazenda da  Província do Pará, artigo 28 do regulamento aprovado pele Decreto n°  5.135, o qual estabelece o registro e classificação dos escravos  liberados pelo Fundo de Emancipação.

Criação
O museu foi criado pela resolução N° 010/92, assinada  pelo Presidente à época, Desembargador Dôglas Evangelista Ramos, com o objetivo de resgatar a cultura de um povo e preservar a memória  histórica do Judiciário amapaense.

A finalidade do Museu é "abrigar os processos, documentos, livros, armas, móveis e utensílios ligados à História do Poder Judiciário do Estado do Amapá". A missão do Museu constitui-se na reunião e estudo do acervo histórico, visando a preservação e difusão da memória institucional.

O Acervo 
Além de mobiliário, peças e objetos, de interesse genealógico, também há documentos textuais e iconográficos no Museu. Os documentos textuais incluem os mais antigos autos processuais julgados pelo Tribunal, correspondências oficiais, livros e atas de sessões do Plenário e de anotações.

Ainda  como parte desse regaste da história do Judiciário, vários documentos  foram recolhidos dos arquivos das Comarcas de Mazagão, Amapá, Calçoene e  Oiapoque, totalizando 66 documentos. Confira alguns dos documentos que  fazem parte do acervo do Museu do Poder Judiciário:

Processos da Comarca de Mazagão: 25 Processos Cíveis entre os anos de 1891 à 1948; oito Processos Criminais entre os anos de 1880 à 1902; Processos da Comarca de Amapá: dez Processos Criminais entre os anos de 1902 à 1905; seis Processos Cíveis entre os anos de 1902 à 1909; Processos da Comarca de Calçoene: um Processo Cível de 1981; um Processo Criminal de 1981; Livros da Comarca de Mazagão: quinze Livros de registros, termos, atas, procurações e notas, entre os anos de 1841 a 1963.

Para poder manusear os documentos, deve-se pedir autorização por ofício ao Desembargador-presidente Mário Gurtyev, para que seja deliberada a  entrada, assim explica a responsável chefe da Biblioteca, Simone Leite  Sarmento. "O resgaste da memória de uma sociedade é importante, pois,  assim, estamos contando a história do Estado e do Judiciário" finaliza.

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