segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Editorial Jornal Tribuna Amapaense - Edição 328

Em qual Psol você vai votar?

No dia 28 de outubro (domingo) muita gente vai sair de casa com uma incerteza: “Será que voto no 50, Psol? Mas em qual Psol vou votar? Será que no Psol do Plínio de Arruda Sampaio, que diz de forma categórica que vai construir uma Indústria da Maconha no Brasil? Ou no de Clécio e Randolfe, que venderam suas biografias políticas para garantir uma possibilidade de acessar o poder?”

Com certeza os mais de 27 mil eleitores de Macapá que foram as urnas no dia 7 de outubro estavam convictos de que votaram no novo. Num partido que surgiu de uma revoada de personalidades ilustres, que não compactuaram com os caminhos tortuosos da imoralidade pública que o Partido dos Trabalhos tomou, após chegar ao poder. Vide o escândalo do mensalão que culminou com a condenação de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Lula na realidade foi poupado.

Heloísa Helena, Luciana Genro, Babá, entre outros foram buscar no Sol, que promove energia e calor com seus raios fulgidos, a esperança de um novo amanhecer, o símbolo do novo partido. Socialismo e Liberdade forjado na ética, na moral e na probidade. Uma nova possibilidade de fazer política honesta neste país. Randolfe Rodrigues e Clécio Luis, ao que parece, num lampejo de moralidade embarcaram nessa proposta, mas cederam as pressões do poder e se juntaram com tudo que o Psol abomina e repudia. A direita emblematizada pelo Deputado Federal Davi Alcolumbre, e o presidente do Congresso José Sarney. E a corrupção política arraigada no PTB de Roberto Jeferson, no Amapá representada por Lucas Barreto e Eduardo Seabra, envolvido no escândalo das sanguessuga.

Randolfe e Clécio ainda possuem alguns dias para mostrar ao cidadão que votou neles no primeiro turno que eles não estão comprometidos até o pescoço com aqueles que outrora eles apontavam o dedo em riste, acusando-os de serem os cânceres deste país marcado pela corrupção. Em que assento da esquerda socialista brasileira sentaria Sarney? Responda Randolfe. Qual o lugar na mesa do Psol senta Rosemiro Rocha? Diga Clécio. E Lucas Barreto, já barrado pelo Psol em 2010, aonde ele vai nesse seu projeto inconsequente que rasgou o Estatuto do Partido e suas normativas? 

Esse comportamento incoerente do Psol Amapá provocou uma reação em cadeia das lideranças nacionais do partido Brasil a fora. No Amapá o PSB estranhou o comportamento do Psol em Santana, mas não a de Randolfe e Clécio, afinal são cria da costela de Capiberibe. Aprenderam bem como fazer a política do faz de conta.

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