Por Marcelo Correa
O jiu-jitsu brasileiro é uma das modalidades de artes marciais mais respeitadas e difundidas no nosso país, aqui no Estado do Amapá não é diferente, os amantes e praticantes da "arte suave" como é chamada a modalidade pela imprensa especializada foi possível assistir a um show de raspagens e finalizações, no último sábado dia 23 de setembro, aconteceu a Copa “Pérola da Amazônia” de Jiu-Jitsu, a competição que aconteceu no ginásio pole esportivo da Polícia Militar contou com a participação massiva de atletas em várias categorias e faixas representando as melhores equipes do Estado, além disso, o público lotou as arquibancadas do ginásio para torcer por suas equipes e atletas preferidos, abrilhantando ainda mais o evento.
A competição
Os atletas são divididos em chaves de acordo com sua idade, faixa e categoria de peso. O torneio acontece pelo sistema de "mata mata", ou seja, quem vence continua na competição, quem perde está fora de combate. A pesagem para divisão de categoria é feita pouco tempo antes da luta. O competidor pode chegar a vitória por pontos acumulados durante o tempo de luta que varia de acordo com a cor da faixa ou por finalização, que é quando um dos atletas força o outro a desistir através de chaves, torções ou estrangulamentos. Na categoria absoluto não é levado em consideração o peso do atleta.
No fim da competição são premiados os atletas em cada categoria de peso e faixa com medalhas de ouro, prata e bronze, além da premiação geral, que entrega o troféu a equipe com maior número de atletas vitoriosos.
A campeã
A Equipe Squadron Orlando Junior foi campeã geral do torneio com mais de 30 medalhas na competição. O Mestre Orlando Junior atribuiu o sucesso na competição a garra e empenho dos atletas, lembrando batalhas internas que alguns deles tiveram que travar, como perda de peso em curto espaço de tempo, lesões e falta de incentivo ao esporte, além disso, o ritmo de treinos foi adaptado para melhorar o rendimento dos competidores e foi levado em consideração pontos fracos e fortes do "jogo", como é chamado o estilo de cada um dos atletas.
"Escuto todos os dias meus alunos e procuro corrigi-los no que mais necessitam, não só dentro do tatame como fora dele, formo atletas, mas principalmente procuro formar pessoas de bem e que procuram melhorar sempre em todos os aspectos", disse o Mestre.
A equipe já possui tradição no Jiu-jitsu do Estado apesar de ser relativamente nova, fundada em 2005 pelo Mestre Orlando Junior que já acumula 14 anos de jiu-jitsu, conta hoje com três polos, e um projeto social chamado “Tatame Cidadão” que existe a dois anos e atende a mais de 50 jovens. O projeto foi criado pela necessidade de ajudar famílias de baixa renda com jovens problemáticos e que vivem às margens da sociedade.
"Salvar estes jovens em risco social através da prática do Jiu-jitsu partiu de uma ideologia e tornou-se um propósito para a equipe, é uma maneira de darmos nossa contribuição a sociedade amapaense", ressaltou Orlando Jr.

A equipe, durante seu tempo de vida, vem colecionando títulos com seus atletas, títulos como o da “Copa Garra”, em Belém do Pará, campeonato paraense de Jiu-jitsu e o Pan-americano de jiu-jitsu da Confederação Brasileira de jiu-jitsu esportivo.
No MMA, esporte que vem crescendo no mundo inteiro, a equipe Squadron Orlando Junior tem o reconhecimento nacional por ser uma exportadora de talentos, talentos estes que já representaram o Amapá em cidades como Belém, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, lutando em eventos renomados como Amazon Fight e Jungle Fight. Também ganhou reconhecimento mundial ao emplacar um de seus maiores competidores, John Macapá, no Reality Show "The Ultimate Fighter", programa televisivo realizado pelo UFC, maior organização de MMA do mundo e transmitido pela Rede Globo de televisão, que culminou em sua participação no UFC 147, o maior evento de MMA transmitido para o mundo inteiro.
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