sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Análise - Quase a metade da população brasileira, está acima do peso




Pesquisa divulgada em outubro deste ano, pelo Ministério da Saúde  revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. De acordo com o estudo, o percentual passou de 42,7% em 2006, para 48,5% em 2011. No mesmo período, a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

Além disso, 29,8% dos brasileiros consomem refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. Por outro lado, apenas 20,2% ingere a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças. O levantamento, divulgado anualmente pelo ministério desde 2006, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Em 2011 foram entrevistadas 54.144 pessoas de janeiro a dezembro.

A pesquisa revela que as mulheres comem mais frutas e hortaliças, enquanto os homens comem mais carne com excesso de gordura. Quem tem mais de 12 anos de escolaridade tende consumir mais frutas e hortaliças, de acordo com o levantamento. Apesar de "comer pior", os homens se exercitam mais do que as mulheres. Segundo a pesquisa, 39,6% dos homens fazem exercícios com regularidade. Entre as mulheres, a frequência é de 22,4%. O percentual de homens sedentários no Brasil passou de 16% em 2009 para 14,1% em 2011.

O Ministério da Saúde considera "acima do peso" as pessoas com um IMC (Índice de Massa Corporal) mais alto que 25. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Acima de 30 no IMC faz a pessoa ser considerada "obesa".

O levantamento revela que o sobrepeso é maior entre a população masculina. Mais da metade dos homens - 52,6% - está acima do peso ideal, enquanto 44,7% das mulheres apresentam sobrepeso. O estudo mostra ainda que o excesso de peso entre homens começa na juventude. Entre os que têm entre 18 e 24 anos, 29,4% já estão acima do peso. Na faixa etária entre 25 e 34, 55% da população masculina apresenta excesso de peso. A porcentagem sobe para 63% na faixa etária entre 35 e 45 anos. Já entre mulheres jovens (entre 18 e 24 anos), 25,4% apresentam sobrepeso. A proporção aumenta para 39,9% na faixa etária entre 25 e 34 anos, e mais que dobra entre brasileiras de 45 a 54 anos (55,9).

A pesquisa faz uma radiografia das capitais, Porto Alegre é a capital que possui a maior quantidade de pessoas com excesso de peso (55,4%), seguida por Fortaleza (53,7) e Maceió (53,1). Na outra ponta da lista, com a menor proporção de pessoas com sobrepeso, estão São Luís (39,8%), Palmas (40,3%), Teresina (44,5%) e Aracaju 44,5%). São Paulo apresenta 47,9% de pessoas com excesso de peso. A proporção no Rio de Janeiro é de 49,6%, e no Distrito Federal é de 49,1%. A capital com mais obesos é Macapá (21,4%), seguida por Porto Alegre (19,6%), Natal (18,5%) e Fortaleza (18,4%). As capitais com menor quantidade de obesos são: Palmas (12,5%), Teresina (12,8) e São Luís (12,9%). Em São Paulo, a proporção de obesos é de 15,5%; no Rio de Janeiro o percentual é de 16,5%; e no Distrito Federal os obesos representam 15% da população.

Os dados divulgados por esta pesquisa somente reforçam a percepção que tínhamos sobre o consumo de alimentos pela população amapaense. Quando o IBGE divulgou os dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares-POF(2008/2009), que investiga o consumo e renda das famílias já foi possível observar o consumo per capita (kg) elevado de alguns alimentos não recomendáveis aos bons hábitos saudáveis como; mortadela no Amapá 1,320 enquanto a média nacional é de 0,827, farinha de mandioca 30,555, média nacional 5,330, açaí 23,958, média nacional 0,821, aves e ovos 30,082, média nacional 16,419, carnes 28,182, média nacional 25,418, hortaliças 16,624, média nacional 27,075 e frutas 12,200, média nacional 28,863, muito embora as pesquisas  possuam metodologias distintas é possível fazer esta correlação.

Atualmente, com a vida agitada que todos levamos, não nos preocupamos com a alimentação. Apenas lembramos do assunto quando surge algum tipo de doença e a pessoa se vê obrigada a se alimentar de uma forma mais saudável. 

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