Pesquisa divulgada em outubro deste ano, pelo Ministério da Saúde revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. De acordo com o estudo, o percentual passou de 42,7% em 2006, para 48,5% em 2011. No mesmo período, a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
Além disso, 29,8% dos brasileiros consomem refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. Por outro lado, apenas 20,2% ingere a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças. O levantamento, divulgado anualmente pelo ministério desde 2006, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Em 2011 foram entrevistadas 54.144 pessoas de janeiro a dezembro.
A pesquisa revela que as mulheres comem mais frutas e hortaliças, enquanto os homens comem mais carne com excesso de gordura. Quem tem mais de 12 anos de escolaridade tende consumir mais frutas e hortaliças, de acordo com o levantamento. Apesar de "comer pior", os homens se exercitam mais do que as mulheres. Segundo a pesquisa, 39,6% dos homens fazem exercícios com regularidade. Entre as mulheres, a frequência é de 22,4%. O percentual de homens sedentários no Brasil passou de 16% em 2009 para 14,1% em 2011.
O Ministério da Saúde considera "acima do peso" as pessoas com um IMC (Índice de Massa Corporal) mais alto que 25. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Acima de 30 no IMC faz a pessoa ser considerada "obesa".
O levantamento revela que o sobrepeso é maior entre a população masculina. Mais da metade dos homens - 52,6% - está acima do peso ideal, enquanto 44,7% das mulheres apresentam sobrepeso. O estudo mostra ainda que o excesso de peso entre homens começa na juventude. Entre os que têm entre 18 e 24 anos, 29,4% já estão acima do peso. Na faixa etária entre 25 e 34, 55% da população masculina apresenta excesso de peso. A porcentagem sobe para 63% na faixa etária entre 35 e 45 anos. Já entre mulheres jovens (entre 18 e 24 anos), 25,4% apresentam sobrepeso. A proporção aumenta para 39,9% na faixa etária entre 25 e 34 anos, e mais que dobra entre brasileiras de 45 a 54 anos (55,9).
A pesquisa faz uma radiografia das capitais, Porto Alegre é a capital que possui a maior quantidade de pessoas com excesso de peso (55,4%), seguida por Fortaleza (53,7) e Maceió (53,1). Na outra ponta da lista, com a menor proporção de pessoas com sobrepeso, estão São Luís (39,8%), Palmas (40,3%), Teresina (44,5%) e Aracaju 44,5%). São Paulo apresenta 47,9% de pessoas com excesso de peso. A proporção no Rio de Janeiro é de 49,6%, e no Distrito Federal é de 49,1%. A capital com mais obesos é Macapá (21,4%), seguida por Porto Alegre (19,6%), Natal (18,5%) e Fortaleza (18,4%). As capitais com menor quantidade de obesos são: Palmas (12,5%), Teresina (12,8) e São Luís (12,9%). Em São Paulo, a proporção de obesos é de 15,5%; no Rio de Janeiro o percentual é de 16,5%; e no Distrito Federal os obesos representam 15% da população.
Os dados divulgados por esta pesquisa somente reforçam a percepção que tínhamos sobre o consumo de alimentos pela população amapaense. Quando o IBGE divulgou os dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares-POF(2008/2009), que investiga o consumo e renda das famílias já foi possível observar o consumo per capita (kg) elevado de alguns alimentos não recomendáveis aos bons hábitos saudáveis como; mortadela no Amapá 1,320 enquanto a média nacional é de 0,827, farinha de mandioca 30,555, média nacional 5,330, açaí 23,958, média nacional 0,821, aves e ovos 30,082, média nacional 16,419, carnes 28,182, média nacional 25,418, hortaliças 16,624, média nacional 27,075 e frutas 12,200, média nacional 28,863, muito embora as pesquisas possuam metodologias distintas é possível fazer esta correlação.
Atualmente, com a vida agitada que todos levamos, não nos preocupamos com a alimentação. Apenas lembramos do assunto quando surge algum tipo de doença e a pessoa se vê obrigada a se alimentar de uma forma mais saudável.
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