2 anos de Música, Poesia e Irreverência
No Amapá, os Pássaros Cantam na Chuva (PCNC) tornou possível juntar música, poesia, artesanato, imagens e audiovisual em um só trabalho. O grupo trouxe ao cenário cultural amapaense a irreverência da Música Artesanal Regional Experimental (Mare) - estilo musical criado pelos "pássaros", como são denominados os integrantes da banda -, e também de outros estilos musicais como o Folk e o Blues.
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Foto de divulgação do show de comemoração dos 2 anos da Banda, intitulado "Caderno H" |
Logo no início, PCNC conquistou um público amapaense e até de fora do Estado, com apenas 7 músicas lançadas em um CD artesanal e na internet, o que fortaleceu ainda mais a banda e o trabalho realizado. O Blog criado também foi fonte de motivação: mais de 10 mil acessos em três meses.
PCNC também possuem projetos: um dos que mais se destacam é o "Flores na Varanda", realizado mensalmente, onde um poeta amapaense é homenageado. "A gente recita poesia, canta para o poeta, homenageia esse poeta de diversas formas", disse Pedro Stlks. O projeto é realizado toda última sexta-feira de cada mês, com canções, danças, recitações de poesias e leitura de biografia; e pode ser realizada na casa dos próprios poetas. "O Flores pode acontecer em qualquer lugar, basta ter espaço", ressaltou o vocalista.
Resultados vêm
Depois de dois anos na estrada, os Pássaros já podem conferir resultados: uma bela apresentação na 1ª Feira de Livros do Amapá (FLAP) - chamando a atenção do público -; presença confirmada na Feira de Livros de Parati (FLIP); além do lançamento de vários EP's, todos com músicas autorais e o show de 2º ano do grupo no próximo final de semana.
O escritor brasileiro Mário Quintana é quem inspira os Pássaros nas composições. "É o poeta que a gente sempre se inspira pra fazer, construir nosso trabalho, sempre com toda essa filosofia de Mário Quintana, nossa grande inspiração", explicou Pedro.
O Show
Em comemoração aos 2 anos de formação dos Pássaros Cantam na Chuva, no próximo final de semana, nos dias 23 e 24 de novembro, será realizado a apresentação do "Caderno H". O título é uma das obras do escritor Mário Quintana, que exibe seus devaneios, sonhos, mistérios, realidades, tudo o que encanta os integrantes de PCNC. A banda também nomeou um de seus trabalhos com outra obra de Mário Quintana: "A Rua dos Cata-ventos".
"O Mário tem um humor muito escancarado. Então a gente acabou fazendo com que isso acontecesse nas músicas", confirma Pedro Stkls, enfatizando que os Pássaros trarão uma playlist banhada à Folk, Blues e até Brega no "Caderno H". Inclusive o público presente na FLAP pôde conferir um pouco do que será apresentado na sexta-feira e no sábado; sempre com surpresas para quem for apreciar o trabalho deles, como por exemplo os três convidados que complementarão a noite: Banda Desiderare, Celine Guedes e Silmara (do Negro de Nós).
Além da inovação do estilo musical, a banda também apresentará seus dois novos integrantes: Cassio Pontes (Violão) e Cassio Correa (Bateria); os dois artistas irão completar a banda composta por Bruno Mota (Percussão), Emmilly Beatriz (Beck Vocal), Igor de Oliveira (Baixista), Daniel William (Guitarra) e Pedro Stkls (Vocal).
E eles prometem um show diferente: "É um show que a galera pode esperar e se divertir muito, porque é um show diferente dos outros que a gente já fez. Vai revisitar coisas antigas, mas com roupagem nova. É um show divertido, engraçado, explosivo", assim como as obras de Mário Quintana.
Serviço
Dias: 23 e 24 de novembro.
Local: Estaleiro Cultural Marco Zero - Rua Oscar Santos, nº 397, Perpétuo Socorro - Macapá.
Hora: A partir das 20h
Está disponível ao público desde sexta-feira (16), no Teatro das Bacabeiras a exposição “Ver Verde” do artista plástico amapaense Ivam Amanajás, com toda sua irreverência e maestria nos trabalhos.
As obras expostas são repletas de originalidade e colorido, sempre retratando a Amazônia, seus elementos naturais e sua população. Ivam prova que domina além do surrealismo - presente na maioria das obras que o artista cria -, com diversos estilos de arte, o que chama a atenção dos visitantes e dos críticos.
"Ver Verde" tem o objetivo de mostrar o olhar do artista sobre a paisagem da Amazônia, e ir além, encantar o público atento às mais de 30 obras de Ivam Amanajás. O artista escolheu a cor verde como principal elemento para definir a Amazônia, retratada de diversos ângulos, com destaque para a realidade do povo ribeirinho e a beleza da paisagem amazônida.
Quem é Ivam?
Macapaense, começou suas atividades artísticas muito cedo, e, já aos 13 anos, teve oportunidade de participar de uma exposição coletiva no extinto Ginásio de Macapá (GM), com artistas plásticos prestigiados localmente, como R. Peixe, Antônio Homobono, Olivar Cunha, Abenor Amanajás, entre outros. Desde a juventude, já possuía uma forte tendência para o surrealismo, estilo que utilizou durante muito tempo; mas não apenas de surrealismo as obras de Ivam Amanajás são produzidas: o artista dominou outros estilos, incrementando-os em suas mais diversas obras. Em 1977, as obras de Ivam avançaram o Rio Amazonas, e foram expostas no Pará, Distrito Federal, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, tornando a sua arte conhecida nacionalmente.
Serviço
Dias: 16 a 23 de novembro.
Local: Hall de Entrada do Teatro das Bacabeiras
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