sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Evidências de improbidade administrativa no SINDSEP


Servidores públicos associados ao SINDSEP (Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amapá), que estão indignados com as denúncias de irregularidades até hoje não esclarecidas que rondam a gestão de Hedoelson Uchoa, o Doca, a frente da entidade, trouxeram ao conhecimento de nossa equipe de reportagem cópia de recibos de pagamento que, segundo eles, revelam evidências de improbidade administrativa no SINDSEP. Um dos recibos, no valor de R$ 1.500,00 datado de 2 de agosto de 2010, refere-se ao pagamento do aluguel do auditório do SINDSEP por dois dias para realização de cursos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Amapá. 


De acordo com os associados do sindicato, o que chama atenção nisso tudo é que o recibo foi assinado por Doca apenas para justificar o pagamento de despesa a direção da CUT Nacional, não existindo comprovação de que o dinheiro foi realmente parar na conta do sindicato já que Doca administra a entidade sem nenhuma transparência sobre os gastos de sua gestão. 

O que põe em xeque ainda a atitude de Doca com relação ao recebimento dos valores referente ao aluguel, é que na época ele acumulava as funções de presidente do SINDSEP com a de diretor de finanças da central sindical no Amapá. Segundo revelaram os servidores, no período em que esteve à frente das finanças da CUT-Ap Doca também não prestou contas dos recursos que movimentou da entidade e a categoria nunca teve informações oficiais sobre a dívida da CUT-Ap para com o SINDSEP.

O outro recibo trata literalmente de empréstimo de recursos do SINDSEP a CUT-Ap para pagar inscrições visando à participação em evento fora do Estado da diretora da entidade Benedita Odete Gomes Figueiredo. O recibo no valor de R$ 1.900,00 é datado de 22 de setembro de 2011, e refere-se a ressarcimento ao SINDSEP pelo pagamento da inscrição da dirigente sindical. Embora o dinheiro tenha sido supostamente ressarcido ao sindicato, os associados entendem isso como um ato de irregularidade uma vez que o SINDSEP não pode ficar arcando com despesas que não é de sua competência.

Outro fato que chama a atenção da categoria com relação à administração dos recursos do sindicato é a omissão do diretor de finanças da entidade Marcos Nunes. Conforme o estatuto do SINDSEP compete ao mesmo zelar pelas finanças do sindicato e ter sob o seu comando e responsabilidade toda a movimentação financeira da entidade. Porém, tal competência vem sendo feita por Doca que tem toda a finança do sindicato ao seu comando e administração. 

De acordo com os associados, Marcos Nunes que é servidor da Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente), só faz assinar cheque que Doca manda sacar na boca do caixa sem justificativa plausível o que dificulta uma maior fiscalização por se tratar de recursos em espécies. 

Não se sabe a troco de que Marcos Nunes abriu mão de sua atribuição estabelecida no estatuto do SINDSEP para deixar as finanças do sindicato sob a administração de Doca. Segundo informações, o diretor de finanças Marco Nunes vive viajando para participar de eventos fora do Estado que em sua maioria não tem nenhuma relação com a sua pasta, esquecendo-se de sua verdadeira atribuição em zelar pelas finanças do sindicato para o qual foi eleito.

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