Neste mês o Conselho Regional de Contabilidade do Amapá - CRC/AP, completou 20 anos de instalação no Estado do Amapá. A série de artigos, a partir deste, são a minha homenagem a esse tão importante Conselho, do qual faço parte com a inscrição CRC/AP-000008/0-5. Mas para chegarmos aos 20 anos uma longa caminhada foi encetada.
Tudo começou mais ou menos assim.
Idos de 1953, o então Território Federal do Amapá tinha como referencial na área da educação em nível de ensino ginasial ( hoje médio/fundamental ) a Escola Industrial de Macapá - EIM, cujo alunado era de predominância masculina, com internato para alunos vindo do interior e semi-internato para os que tinham família em Macapá, com fundamentos de ensino em dois momentos - pela manhã, aulas da grade curricular, onde destacava-se a disciplina Desenho Técnico, cujo Professor Mário Luis Barata, transmitia os fundamentos e técnicas e, à tarde, tínhamos aula prática nas especialidades de mecânica, fundição, marcenaria, sapataria e selaria, com os mestres Epifânio Martins (o Pigmeu), Dourado, Unoaldes Feijão e Zacarias; o Colégio Amapaense - o Colosso Cinzento, de alunado misto, preparava seus alunos para o vestibular em plagas distantes do Amapá, e um dos pilares mestres do CA chamava-se Antonio Munhoz, professor dedicado e querido até hoje por seus ex-alunos, inclusive eu; o Ginásio Feminino, onde as alunas recebiam orientações e formação para o lar e profissões domésticas; o Instituto de Educação do Território do Amapá - IETA, de alunado misto, preparava professores para a rede de ensino do Território; finalmente, a Escola Técnica de Comércio do Território Federal do Amapá - ETCA, que preparava profissionais de nível médio na área da Contabilidade - na categoria de Técnico em Contabilidade.
Após completar o curso na Escola Industrial em 1957, no ano seguinte, 1958, matriculei-me na Escola Técnica de Comércio, para cursar Contabilidade, que já formara muitos profissionais, entre eles, Alceu Ramos, Lourenço Almeida, José Durval Cruz, Domingos Vasques, Teodolino Flexa de Miranda, Maria de Belém, que vieram a ser nossos Professores, e que Professores.
A Escola Técnica à época, funcionava onde hoje é a Biblioteca Pública Estadual, e em 1959, passou a funcionar em salas do IETA, à noite. O curso era de três anos e foi em 1958 que iniciava-se a caminhada de divulgação da Contabilidade no Amapá. Nesse ano fundamos o Grêmio Cultural e Recreativo Mercúrio ( em homenagem ao deus grego, símbolo da Contabilidade ), cujo boletim - O Mercúrio, rodado em mimeografo, teve efêmera tiragem de três exemplares, dos quais ainda guardo um e que vou doar ao Museu da Contabilidade do Amapá.
Nesse período o Amapá era vinculado ao CRC-Pará e tinha em Macapá, um representante denominado de Delegado, que à época, se a memória não falha, chamava-se Alceu Ramos. O processo de regularização do diploma era uma novela de alguns anos. Terminei o curso em 1960 e, então, iniciava a viagem da regularização. Primeiro o diploma era enviado ao MEC, no Rio e Janeiro, e lá ficava anos. De lá, viajava para o CRC/Pará, para o processo de inscrição. Fui inscrito na categoria de Técnico em Contabilidade sob o nº 1367, em 1962.
Fui admitido como funcionário da Legião Brasileira de Assistência em janeiro de 1960, no cargo de Servente e, em 1963, já devidamente regular no CRC/PA, fui reclassificado na função de Técnico em Contabilidade e lotado do Departamento de Contabilidade e Administração, sob chefia de Humberto Santos e Terezinha Gualberto da Rocha Araújo. Daí em diante só respirei Contabilidade. Foram 14 anos nessa função pública e, paralelamente, no escritório do Durval Cruz, na área privada. Foram duas grandes escolas.
Nesse ínterim, a Escola Técnica sofreu alterações em razão das metodologias educacionais regidas pelo Ministério da Educação e Cultura, advindo, então, a substituição pelo Colégio Comercial do Amapá - CCA, e posteriormente, Colégio Gabriel de Almeida Café, ainda com mesma finalidade de suas antecessoras.
Atenção colegas da área contábil. Nos meses de novembro e dezembro inicia, pela Receita Federal, as mudanças nas legislações pertinentes. Fiquemos de olho.
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