segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Espaço Saudável - O que é mais saudável: manteiga ou margarina?


Quantas vezes ficamos a olhar para a prateleira das manteigas, na dúvida qual a que pode ser a melhor para a nossa mesa, sem prejudicar a saúde?

Ouvimos tanto blá blá, sobre a manteiga, que tem gordura, que é prejudicial, que é necessário consumir menos gordura e por isso, muitas pessoas compram margarina, pensando ser esta, a melhor escolha.

Com tanta informação que dispomos hoje em dia, como é possível as pessoas ainda acreditarem em tal produto. O facto, é que a indústria, em colaboração com a mídea, que, ligados à ciência médica, afirmam que a margarina é um alimento benéfico à saúde, por proteger o coração, baixar as taxas do mal fadado colesterol, fazendo com que este produto, praticamente não alimentar, esgote as prateleiras dos supermercados.

Em primeiro lugar deve ficar claro que a invenção da margarina, não se deve à preocupação de encontrar um substituto mais saudável, que a multissecular manteiga, que é feita apenas de leite batido, até ficar cremoso e um pouco de sal, mas sim, devido a uma crise económica em meados do século XIX (1869), onde começou por ser feita uma mistura comprimida de gordura do sebo de vaca, leite desnatado, mais as partes menos nobres do porco e da vaca e finalmente, bicarbonato de soda. Em1890, uma empresa americana começou a vendê-la em pacotes.

Os componentes da margarina têm sido modificados com o passar do tempo, mas foi principalmente após a progressão da indústria química alimentar, que iniciou uma guerra santa contra a gordura saturada e aos produtos de origem animal, que a margarina ganhou a composição mais próxima da actual, baseando-se em extractos oleaginosos vegetais.

O seu processo atual, inclui o uso de solventes de petróleo (geralmente o hexano, que é bastante barato), ácido fosfórico, soda, que resulta numa substância castanha e mal cheirosa, que sofre novo tratamento com ácidos clorídrico ou sulfúrico, feito em altas temperaturas e catalisação com níquel, que deixa o produto parcialmente hidrogenado. Fica assim com uma textura firme, mesmo à temperatura ambiente, que não rança, não gere fungos, não é atacado por insectos ou roedores. Enfim é um não-alimento!

O processo todo acaba por formar uma substância num tipo particular de gordura chamado trans, insólita na natureza e de efeitos nocivos para o homem.

Como é de conhecimento público, o principal predicado da margarina, é ser rica em óleos polinsaturados, que hoje, já se sabe, contribuem para um grande número de doenças no seu humano.

Resumidamente, a margarina, pode estar relacionada com as disfunções imunológicas, danos no fígado, pulmão, órgãos reprodutivos, distúrbios digestivos, diminuição na capacidade de aprendizagem e crescimento, problemas de peso, aumento no risco de cancro, e principalmente: transtornos do metabolismo do colesterol, incremento de aterosclerose e doenças cardíacas. A margarina promove o que ela se propõe a tratar.


A manteiga é a única matéria gorda que dispõe de uma quantidade de vitamina "A" em quantidade razoável. É digerida com grande facilidade, sendo o seu tempo de permanência no estômago, menor que o das outras gorduras. Um consumo diário de 20g de manteiga representa metade do que podemos consumir de gordura saturada.

Por tudo isto, não tenho qualquer dúvida: não há nada mais saudável que a boa e velha manteiga, que acompanha a humanidade há dezenas de séculos, que pode ser feita artesanalmente, no ambiente familiar, e só foi considerada nociva e politicamente incorrecta, após a revolução industrial, que também aqui conseguiu deformar nosso entendimento de saúde e bom senso.

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