segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pressionado sobre acusação de irregularidades presidente do SINDSEP pensa em afastamento

O presidente do SINDSEP (Sindicato dos Servidores Públicos
Federais do Amapá), Hedoelson Uchoa, o Doca

O presidente do SINDSEP (Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amapá), Hedoelson Uchoa, o Doca, já avalia que a sua sobrevivência a frente da entidade pode depender de seu afastamento do cargo. Doca tem dito em conversa com interlocutores próximos que já pensa em se afastar e cuidar de um tratamento de saúde que ele vem adiando há muito tempo desde quando se instalou no sindicato.

No dia 27 de novembro, Doca vai ser julgado pela Justiça do Trabalho em virtude das suspeitas de falcatruas que comandou no SINDSEP por mais de 10 anos. Entre as irregularidades está a ausência de prestação de contas e a acusação de fraude no processo eleitoral que levou Doca a conquistar mais um mandato a frente da entidade. A arrecadação mensal do SINDSEP gira em torno de R$ 300.000,00 e o associado não sabe ao certo o destino exato de todos esses recursos já que Doca não presta contas como manda a lei, o que só aumenta a suspeita da categoria de que ele use recursos da entidade em benefício próprio por ostentar uma aparência franciscana.

Além disso, Doca é alvo também de uma investigação do Ministério Público Estadual através do Auto de Investigação Preliminar (AIP) nº 162/2012 feita pela Promotoria da Cidadania, onde foi denunciado pela categoria por irregularidades no sindicato, entre elas a suspeita do uso de notas fiscais de empresas fantasmas para justificar pagamento de despesas de sua gestão. Desde quando as denuncias de irregularidades vieram a público Doca nunca se manifestou sobre as mesmas, assim como ninguém de sua diretoria. 

Segundo informações de associados do SINDSEP ouvidos por nossa reportagem, mas que preferiram não se identificar, diante de todas as acusações que pesam contra Doca a permanência dele a frente da entidade é absolutamente inviável e só depõe contra a imagem da instituição perante seus associados e a opinião pública. Segundo eles, são fortes os indícios que revelam as irregularidades praticadas por Doca que dirigia a entidade sem nenhuma transparência sobre os gastos de sua diretoria. A categoria defende a tese de que Doca precisa se licenciar do cargo até que sejam esclarecidas todas as denúncias que rondam a sua gestão.

Além do descrédito perante a categoria, Doca está em pé de guerra com integrantes de sua diretoria, principalmente com os diretores do setor administrativo e financeiro do sindicato que cobram maior transparência nas contas da entidade. Descobriu-se que Doca beneficiou negócios da empresa Limpo que tem como dona a sua própria filha, favorecendo a mesma na compra de grandes quantidades de materiais para o SINDSEP sem o devido procedimento legal. Sem falar ainda sobre as irregularidades na construção da sede campestre da entidade que está sendo construída no Distrito de Fazendinha. De acordo com associados do SINDSEP, além da ausência de processo licitatório, a construção esta sendo feita sem nenhuma transparência sobre a aplicação dos recursos. A obra está orçada em mais de 3 milhões de reais. Se concretizado o afastamento de Doca da direção da entidade assume em seu lugar o vice-presidente Errolflynn Paixão. Nos bastidores da diretoria do SINDSEP fala-se em licença temporária, mas a categoria dificilmente acredita que Doca volte ao cargo até que sejam esclarecidas todas as denúncias de irregularidades que rondam a sua gestão nesses anos todos a frente do SINDSEP.

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