Peço desculpas aos leitores que acompanham esta coluna, para interromper o tema A Ciência Contábil no Amapá - Passado, Presente e Futuro, já em duas edições, a fim de libertar o pensamento para ir de encontro as indagações sem respostas que acompanharam-me ao longo deste 2012, e também, deixar que o espírito viaje pelo mundo das divagações em busca de tranqüilidade, paz, harmonia interna, como preparação do encontro com meu irmão Jesus, que nascerá, mais uma vez, neste mês, segundo a fé cristã.
As pessoas, em todas as partes do globo terrestre, esperam ansiosas este acontecimento bíblico. Algumas recolhem-se à intimidade dos templos para rezar, dar boas vindas ao Menino que vai nascer; outras fazem do próprio lar o templo espiritual, para em orações, agradecerem o maravilhoso presente que é a chegada de mais um irmão; há, também, àquelas que, por motivo de foro íntimo, descrença, ignorância, deixam-se arrebatar pela simples comemoração física e material que o "feriado mundial" trás como conseqüência.
Há, realmente, uma profusão de alegria que é materializada pelos enfeites natalinos, como luzes, árvores de todos matizes e crenças, músicas, hinos de louvor, cerimônias as mais variadas e segundo os costumes de cada nação, povo, família, pessoa... etc. E dentre esses adornos, destacam-se pela importância que têm o Presépio, que representa o lugar e local do nascimento de Jesus, e Papai Noel, sempre gordo, vestindo vermelho e branco, cuja missão é distribuir "presentes" que simbolizam desejos de crianças, jovens e adultos.
Dezembro é batizado de " mês natalino " porque simboliza o mês em que nasce Jesus, vez que, o verbete natal significa natalidade ( de Maria ) e nascimento ( de Jesus ), porém, esses termos são desconhecidos da maioria dos que fazem dessa época, simples comemoração de comes e bebes, com muita música e dança. Nessa profusão de alegria desejam-se em saudação de " feliz natal ", trocam presentes, abraços e votos de felicidades. Quem, nesse momento, lembrar-se-á do " Menino que nasce nesse mês ".
É importante lembrar que nós, simples humanos, só temos um nascimento (quando saímos do ventre materno) e, posteriormente, a cada dia do nascimento nos anos seguintes, festejamos, quando possível, o nosso aniversário de nascimento. No tocante ao nascimento do Menino Jesus, dia 25 de dezembro, festejamos Seu nascimento, todos os anos, na esperança de que essa renovação espiritual do nascimento renovado, traga novas esperanças à humanidade.
É importante que nos lembremos de que o nascituro e aniversariante Jesus, ao " nascer todos os anos ", traz consigo a esperança de vida nova, requerendo que pensemos nas ações que não foram realizadas, suas causas e efeitos, mas, também, possibilitando que continuemos realizando ações que deram certo e que trouxeram resultados positivos, mas que também novas ações sejam realizadas em prol de si mesmo, da família, da sociedade como um todo. Enfim, que neste Natal não nos fechemos em nós mesmos, mas que possamos dividir alegrias para multiplicar felicidades.
Como mensagem de otimismo, transcrevo os versos de Vinícius de Moraes intitulado Poemas de Natal. Para isso fomos feitos:/Para lembrar e ser lembrados/Para chorar e fazer chorar/Para enterrar os nossos mortos-/Por isso temos braços longos para os adeuses/ Mãos para colher o que foi dado/Dedos para cavar a terra./Assim será nossa vida:/Uma tarde sempre a esquecer/Uma estrela a se apagar na treva/Um caminho entre dois túmulos -/Por isso precisamos velar/Falar baixo, pisar leve, ver/A noite dormir em silêncio./Não há muito o que dizer:/Uma canção sobre um berço/Um verso, talvez de amor/Uma prece por quem se vai -/Mas que essa hora não esqueça/E por ela os nossos corações/Se deixem, graves e simples./Pois para isso fomos feitos:/Para a esperança no milagre/Para a participação da poesia/Para ver a face da morte-/De repente nunca mais esperaremos.../Hoje a noite é jovem; da morte, apenas/Nascemos, imensamente.
Ensejo que meus leitores e do Tribuna Amapaense encontrem suas respostas nos versos do poeta.
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