Divididos, o Amapá vai para onde?
Ao longo da vida ninguém é capaz de ousar desafiar as palavras de Jesus Cristo registradas pelos apóstolos no Livro Sagrado, a Bíblia. Alguns desafortunados até tentam, mas logo sentem a correção divina e se prostram diante de Deus resignados e conscientes de sua pequenez.
A sociedade amapaense ao logo de seus 169 anos, contando da data de transformação do Amapá em Território Federal, vem almejando o desenvolvimento. Crescer qualitativamente, com uma economia forte é um sonho acalantado nos corações dos amapaenses.
Nessa trajetória houve avanços significativos, os mais velhos lembram como era o Amapá há quarenta anos. A sociedade evoluiu na educação, na saúde, na segurança, no padrão das moradias e do planejamento urbanístico. Porém essas mudanças são percebidas quando o parâmetro de avaliação é o próprio Estado. Na sua origem inóspita, crua e rude. O processo de transformação tem como marco inicial a chegada do Capitão Janary. De lá pra cá mais de um século se passou e essas transformações são naturais, mas ao mudar o parâmetro avaliativo para o contexto nacional, será perceptível que o Amapá ficou prá trás e muito prá trás do resto do Brasil.
Essa constatação é fruto do mau gerenciamento governamental e de uma safra muito anêmica de políticos que nos representam nos parlamentos. Aqui é uma ilha de excelência surge nesse contexto.
E quais são as razões para essa inanição econômica, Tribuna Amapaense? Com certeza um comportamento abominado e reprovado por Deus que está escrito em Mateus, capítulo 12, versículo 25. "Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá."
Como o Estado subsistirá, se ele foi transformado numa sociedade beligerante? O Amapá vive num constante estado de conflito. Nada aqui é feito se não por baixo de muita briga. Vive sob a égide do quanto pior é melhor, e as consequências desse comportamento abominável e reprovável é o cidadão mais humilde, desassistido, que depende completamente do Poder Público, e sofre de forma intensa a consequência dessa anomalia social. Se as autoridades amapaenses vivem em tempo integral com suas vistas voltadas para encontrar culpados entre as instituições, qual o tempo que sobra para administrar e deflagrar políticas públicas que possam garantir mudança na qualidade de vida do povo?
A realidade é que o Amapá volta a respirar o clima denso da desconfiança. Em todos os lugares e em todo momento a sensação é de que alguém está sendo investigado. E os arautos da desgraça, os que concorrem para esse estado de terror se deleitam quando as sirenes das viaturas da Polícia Federal soam pelas ruas e avenidas de nossa bela cidade morena, desalojando de seus lares os pais de família, muitas vezes com ou sem razão, que para eles, isso não importa. Parece que o sucesso da Operação é o número de pessoas que são humilhadas nas conduções coercitivas, registradas com gozo pelo que se deleitam com a desgraça alheia.
No Amapá de hoje todo mundo anda sempre com o dedo pronto para apontar o defeito de alguém, porém esquece o acusador que todas as vezes que ele aponta o dedo para alguém, três apontam pra ele e um para Deus. Assim, vamos pra onde, Amapá?
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