A sociedade amapaense anda meio cabisbaixa. As moças e os rapazes estão bebendo exageradamente, se prostituindo e usando drogas. Pais de famílias sendo empurrados para uma vida marginal. Tudo causado pela absoluta falta de perspectiva no Estado. Em sã consciência: Qual jovem hoje que faz uma faculdade com a certeza de que terá emprego após receber o diploma?
Não é este periódico o arauto do caos, não! Na realidade essas afirmativas fazem mal, e o pior, é constatar tudo de forma insofismável. Caminhamos pra onde? Essas perguntas estão sem respostas.
O perceptível é a apatia da nossa gente, e a cada semblante perdido na vastidão de um horizonte obscuro, está a certeza que engatamos uma marcha ré. Estamos mesmo andando pra trás e não há setor que possa apresentar números alentadores e que dê garantia de futuro promissor.
São atitudes tomadas, não se sabe fundadas em quê, mas dão a certeza do preocupante estado que vivencia o Amapá. Empresta-se R$ 1,4 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDS) para pagar a dívida da Companhia de Eletricidade do Amapá. Essa dívida foi auditada? Quem é o responsável por ela? Quem quer saber? Os deputados? Não! Fiscalizar pra quê? O alento é constatar que o Amapá tinha capacidade para endividamento, mas esse dinheiro fecha um buraco e abre outro, pois o Estado terá que pagar esse empréstimo, e a economia amapaense, sustentada nas transferências institucionais, não parece ter base forte para garantir um juro que vai girar em torno de R$ 100 milhões mês.
Quantas obras no Amapá estão abandonadas? Dezenas. Na quinta-feira (10) um blackout deixou 14 municípios do Estado sem energia elétrica.
Agora o governador Camilo Capiberibe permite que o Carnaval de Bloco seja extinto, com a frágil argumentação de que os desfiles dos blocos não dão público no Sambódromo. Acabar é a decisão mais simples, não importa se vai pra lata do lixo 45 anos de tradição. Não importa se 25 mil foliões ficaram sem a diversão de passar na Avenida do Samba com o abadá do bloco do coração. Planejar, encontrar alternativas que reverta a apatia do carnaval de bloco, posto que isso seja fato, é muito complicado para um Governo que sempre opta pelo caminho mais fácil: a extinção.
A situação do Amapá não é conjuntural, é estrutural. Portanto muita gente tem parcela de responsabilidade por essa situação apática estampada no rosto do amapaense, mas, o quadro se agravou nos últimos dois anos.
É preciso alegria, diálogo e mais colorido na vida de todos. É impossível que o Amapá amargue sempre o último lugar em todas as pesquisas nacionais. Afinal, em quê somos bons? É preciso que o governador e o prefeito Clécio levantem, sacudam a poeira e deem a volta por cima. O amapaense merece.
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