sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ALAP inicia nova legislatura

por Reinaldo Coelho

Plenário da ALAP
Nesta sexta-feira (1) acaba o recesso parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP). De acordo com a assessoria de comunicação daquela Casa de Lei  às 14:30 de hoje deverá acontecer posse da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, para a III e IV Sessão Legislativa, da VI Legislatura.

Os trabalhos legislativos amapaenses recomeçam com os resíduos dos problemas da legislatura passada. Pois a eleição antecipada da Mesa Diretora que aconteceu nos meados do ano passado, está sub judice, por decisão monocrática do juiz Paulo Cesar do Vale Madeira, da 6ª Vara Cível e de Fazenda Pública, que atendeu, em parte, pedido formulado pelo Ministério Público do Amapá, para impedir que os deputados Moises Souza e Edinho Duarte, tomem posse na Mesa Diretora da Assembleia. Os parlamentares foram afastados de suas funções de presidente e 1º secretário, respectivamente,  pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Amapá a pedido do Ministério Publico Estadual.

1º Secretário deputado Edinho Duarte (PP) e o presidente Moisés Souza (PSC)
da ALAP foram afastados dos respectivos cargos 
Ontem os deputados Moisés Souza e Edinho Duarte ingressaram com Agravo de Instrumento contra a decisão do juiz Paulo Cesar do Vale Madeira junto ao TJAP. Ante o ingresso, o Tjap encaminhou o documento para a Câmara Única que deverá julgar o mérito, já que o recurso dos deputados é contra uma decisão de primeiro grau. Em dois recursos ontem (31), o parlamentar não conseguiu derrubar a liminar.

Com o impedimento de  Moisés Souza são muita as articulações nos bastidores com índices  de desentendimento de que a presidência deverá continuar interinamente com o ´primeiro vice-presidente Júnior Favacho (PMDB) que tomaria posse em definitivo. O deputado está no cargo interinamente no atual mandato por conta do afastamento de Souza, em junho do ano passado.

Uma corrente de parlamentares entende que como Moisés Souza não tomará posse não há existe impedimento, mas em vacância do cargo, o que implica na realização de uma nova eleição para a composição da nova Mesa Diretora.

Outro grupo de deputados se escora na tese de que a decisão em caráter liminar, e que, portanto pode cair em outro momento,  deixa a questão em suspenso até uma decisão terminativa do Judiciário. Para esses, a posse de Favacho também não é líquida e certa. A saída seria a instalação de uma espécie de junta governativa, onde os líderes partidários é que se encarregariam de indicar seus membros.

Como a questão não é prevista no Regimento Interno, os deputados devem submetê-la à instância maior da Assembleia Legislativa que é o plenário da Casa. O desfecho é imprevisível.

Sessão Inaugural
A abertura do Ano Legislativo também está confirmada, mas somente para o dia 5 de fevereiro, às 9h30, no Plenário da Assembleia Legislativa. Este ano a sessão inaugural ficou para terça-feira, já que no dia 4 de fevereiro, segunda-feira, é feriado de aniversário da cidade de Macapá.

1º Vice-presidente e presidente interino da ALAP,
Deputado Junior Favacho (PMDB)
A sessão inaugural do Parlamento tem pauta única onde será lida a mensagem do governador Camilo Capiberibe aos deputados e a sociedade amapaense. Na mensagem o governador deve fazer uma exposição da situação do Governo do Estado e das políticas públicas de desenvolvimento socioeconômico para o exercício financeiro de 2013.

Este ano o governo estadual recebe um reforço de caixa no valor de R$ 28 milhões aprovado na última sessão deliberativa de 2012 da Assembleia Legislativa, realizada no dia 28 de dezembro passado. Naquela sessão não houve alteração do valor final do orçamento, mas o Legislativo promoveu um corte no próprio orçamento no valor de R$ 28 milhões, sendo R$ 24 milhões da ALAP e R$ 4 milhões do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Os recursos foram remanejados para diversas áreas da administração estadual, para subsidiar obras e serviços públicos. A decisão de diminuir o próprio orçamento partiu do presidente da ALAP, deputado Júnior Favacho (PMDB), que atuou junto aos parlamentares antes da votação para pedir apoio à medida, considerada histórica na Casa. 

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