sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Cultura - Polêmico jornalista colhe dados no Amapá


por Fabiana Figueiredo


O polêmico jornalista Amaury Ribeiro Júnior estava na semana passada em Macapá, colhendo dados para seu próximo livro, nomeado "Os Poderosos Pedófilos". O livro desbravará a pedofilia no cenário do sistema público, como Amaury explica: "Agora estamos fazendo outro livro, que será sobre a Pedofilia no Brasil todo, 'Os Poderosos Pedófilos'; abordando todas as pessoas que usam os cargos públicos para praticar a pedofilia".

O livro a ser lançado está em fase de construção, mas já promete ser um sucesso de vendas, assim como foi o livro mais famoso de Amaury Ribeiro Jr., "A Privataria Tucana", lançado em 2011. "O livro fala sobre lavagem de dinheiro, e sobre a roubalheira da privatização. Então, é um livro que apesar de ter um tema só, mostra as diversas formas de lavagem de dinheiro. Foi lançado há mais de um ano, já vendeu 150 mil cópias, ficando em 6º lugar na lista dos mais vendidos do Brasil", afirma o autor. O título do livro é um neologismo que combina privatização a pirataria, e "Tucano" é um apelido comum dado a membros do PSDB. "A Privataria Tucana" foi resultado de 12 anos de investigações, apresentando documentos que mostram indícios e evidências de irregularidades (como movimentos de milhões de dólares, lavagem de dinheiro através de empresas de fachada que operam nas Ilhas Virgens Britânicas, Caribe) nas privatizações feitas na administração presidencial de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) - de 1993 a 2003 -, além de amigos e parentes de José Serra, também tucano.

"Trata-se de uma coleção de calúnias que vem de uma pessoa indiciada pela Polícia Federal. Isso é crime organizado fingindo ser jornalismo", opinião de José Serra sobre o livro em 15 de dezembro de 2011. "É infâmia!", afirmou Fernando Henrique Cardoso, também no dia 15. Entre outras reações de jornalistas e políticos foram publicadas e comunicadas nos mais diversos e importantes jornais da época no país. No mesmo ano, foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para analisar e discutir as denúncias feitas pelo livro de Amaury. O autor já divulgou que o best seller terá continuidade, e o novo livro já tem um título: "Privataria 2, o Grande Complô", que desvendará a - nem tão - nova política brasileira.
Amaury Jr. está investigando a prostituição nos Estados e nas salas
de prédios públicos, com a meta de publicar mais um livro
Sim, Amaury Ribeiro ousou e inovou no jornalismo e literatura brasileira ao tocar neste assunto, apresentando documentos que comprovam a farsa da política brasileira; e tornou-se famoso por isso, como classificou o jornalista Luis Nassif: "A reportagem investigativa da década".

Quem é Amaury Jr.?
Amaury Ribeiro Jr. é um jornalista investigativo especializado na temática dos Direitos Humanos e Lavagem de Dinheiro. É ganhador de várias edições do Prêmio Esso de Jornalismo, o qual é o mais importante da área: em 1996, ao relatar a Guerrilha do Araguaia, junto a outros jornalistas, descobrindo ossadas de guerrilheiros em cemitérios clandestinos e forçando o Estado Brasileiro a pagar indenização às famílias das vítimas; em 1997, com a reportagem que desvenda uma rede de prostituição infantil; e em 1999, com reportagem sobre o Rio Centro. Ganhou também quatro vezes o Prêmio Vladimir Herzog. Ribeiro Jr. é, também, um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Já foi baleado, transferido de jornais e indiciado, mas nada o fez desistir do jornalismo investigativo. Faz parte do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos; e trabalhou como repórter especial em vários jornais e revistas: "O Globo", "Isto É", "Correio Braziliense" e "Estado de Minas".



Tuiuiú, o caçador de corruptos
Por Régis Sanches


O premiado repórter investigativo Amaury Ribeiro Jr passou duas semanas em Macapá. Ele colheu farta matéria-prima para seu próximo livro “Poderosos Pedófilos”, que será lançado brevemente pela Geração Editorial, após o estrondoso sucesso de “Privataria Tucana”, sua obra de estréia na literatura. Além de garimpar o material para suas reportagens, Amaury apreciou um tucunaré na brasa, com sorve de bacuri de sobremesa.

Os amigos “Tuiuiú” e “Ianomami”
Conheço Amaury de Belo Horizonte, quando ele era repórter especial da Folha de São Paulo, enquanto eu escrevia na sucursal da Revista IstoÉ. Ao saber que eu era natural da Amazônia, ele me apelidou de “Ianomami”. A essa altura, meu colega de trabalho já era conhecido por “Tuiuiú”, pelo fato de ter morado em Campo Grande (MS), apesar de ter nascido em Londrina (PR).

Nos anos 80 e 90, protagonizamos reportagens memoráveis. O acervo pode ser acessado nos sites da Revista IstoÉ e dos jornais O Pasquim, Estado de Minas, Hoje em Dia, O Tempo, O Globo e Folha de São Paulo.

Juntos, aprendemos a levar ao extremo as habilidades do jornalista investigativo: um amálgama de cão farejador e Sherlock Holmes, com a curiosidade de Albert Einstein.

De volta a Macapá, após mais de três décadas entre o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, recentemente tive o prazer de ciceronear Tuiuiú em várias reportagens no Amapá.

A respeito do conteúdo das reportagens das duas últimas semanas, só posso emitir uma alerta: os corruptos e pedófilos do Amapá preparem-se para uma exposição em escala planetária.

De acordo com Amaury só há uma explicação para farra desenfreada com o dinheiro público na Tucujulândia: os clãs políticos locais e alienígenas aperfeiçoaram o DNA recessivo da loucura absoluta.

Concordo com Amaury. E arremato. A primeira lição da famigerada escola da política Tucujú tem a seguinte conjugação verbal:

EU ROUBO
TÚ ROUBAS
ELE ROUBA
NÓS ROUBAMOS
VÓIS ROUBAIS
ELES ROUBAM
(E NÃO É POUCO!!!)

Vida longa ao meu amigo Tuiuiú!!!


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