por Roberto Gato
O Congresso Nacional, casa que
sintetiza a razão da democracia representativa elegeu seus respectivos
presidentes. Senador Renan Calheiros de Alagoas e o deputado federal Henrique
Eduardo Alves do Rio Grande do Norte. Além do partido político, PMDB, os dois
têm mais coisas em comum. Ambos são acusados de corrupção. Renan peculato,
falsidade ideológica e Henrique favorecimento de uma empresa de um ex-assessor.
O Senado tem 81 senadores e a
Câmara 513 deputados, mas porque exatamente dois parlamentares com biografias
maculadas pela corrupção são eleitos para presidir as nossas casas
legislativas? Pela razão óbvia. O comando do Brasil está nas mãos de grupos
oligárquicos corruptos. Representantes desses grupos se encastelaram no
Congresso e usam os mandatos populares para defender seus interesses de segmentos
econômicos que patrocinam este status quo da política brasileira.
O movimento social que se
rivaliza com este comportamento nada republicano tem se indignado com a
corrupção dos políticos e tem organizado movimentos, inclusive, propondo leis
mais severas com os que se utilizam de cargos públicos para desviar recursos do
erário.
A chamada Lei da Ficha Limpa consagrou essa discussão, mas, infelizmente
não atinge as massas desprivilegiadas intelectualmente e as chicanas jurídicas
garantem a longevidade desses políticos.
A cara dos nossos parlamentares
nem tremem pela escolha feita. Os protestos da sociedade civil organizada
parece ser uma pregação no deserto, no deserto de um congresso acostumados com
a bandalheira, portanto, nada mais justo de que dois corruptos conduzam as
casas.
O que resta ao povo brasileiro
diante dessa demonstração de pouco caso dos parlamentares nacionais é a certeza
que nesse Brasil o crime compensa pelo menos para os homens que os bandidos que
se encastelam no Congresso Nacional. Disse Heródoto Barbeiro apresentador do
telejornal da Record News que os deputados ao desembargam em Brasília retiram
os botons do paletó para não serem identificados como políticos com mandato,
mas quando adentram a casa, sob o manto da imunidade parlamentar e o da
impunidade, negociam o Brasil nos gabinetes refrigerados e que se dane o povo.
O apoio do PT aos dois
parlamentares vencedores das eleições também da tom exato de como o partido
comanda o Brasil. Fazendo acordos fisiológicos e não interessa com quem, pois
que acorda com corrupto é também corrupto.
O que consegue a presidenta Dilma
Rousseff é mais uma vez a garantia de que o Congresso Nacional vai está a
serviço dos interesses palacianos e não do povo, apesar de lá ser a Casa do
Povo. Então como poderíamos sonhar em ter um homem da estatura de Pedro Simon
na presidência do Senador. Com essa índole não serve; serve Renan e Eduardo
Alves.
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