quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O que nos resta

por Roberto Gato

O Congresso Nacional, casa que sintetiza a razão da democracia representativa elegeu seus respectivos presidentes. Senador Renan Calheiros de Alagoas e o deputado federal Henrique Eduardo Alves do Rio Grande do Norte. Além do partido político, PMDB, os dois têm mais coisas em comum. Ambos são acusados de corrupção. Renan peculato, falsidade ideológica e Henrique favorecimento de uma empresa de um ex-assessor.

O Senado tem 81 senadores e a Câmara 513 deputados, mas porque exatamente dois parlamentares com biografias maculadas pela corrupção são eleitos para presidir as nossas casas legislativas? Pela razão óbvia. O comando do Brasil está nas mãos de grupos oligárquicos corruptos. Representantes desses grupos se encastelaram no Congresso e usam os mandatos populares para defender seus interesses de segmentos econômicos que patrocinam este status quo da política brasileira.

O movimento social que se rivaliza com este comportamento nada republicano tem se indignado com a corrupção dos políticos e tem organizado movimentos, inclusive, propondo leis mais severas com os que se utilizam de cargos públicos para desviar recursos do erário. 
A chamada Lei da Ficha Limpa consagrou essa discussão, mas, infelizmente não atinge as massas desprivilegiadas intelectualmente e as chicanas jurídicas garantem a longevidade desses políticos.

A cara dos nossos parlamentares nem tremem pela escolha feita. Os protestos da sociedade civil organizada parece ser uma pregação no deserto, no deserto de um congresso acostumados com a bandalheira, portanto, nada mais justo de que dois corruptos conduzam as casas.

O que resta ao povo brasileiro diante dessa demonstração de pouco caso dos parlamentares nacionais é a certeza que nesse Brasil o crime compensa pelo menos para os homens que os bandidos que se encastelam no Congresso Nacional. Disse Heródoto Barbeiro apresentador do telejornal da Record News que os deputados ao desembargam em Brasília retiram os botons do paletó para não serem identificados como políticos com mandato, mas quando adentram a casa, sob o manto da imunidade parlamentar e o da impunidade, negociam o Brasil nos gabinetes refrigerados e que se dane o povo.

O apoio do PT aos dois parlamentares vencedores das eleições também da tom exato de como o partido comanda o Brasil. Fazendo acordos fisiológicos e não interessa com quem, pois que acorda com corrupto é também corrupto.

O que consegue a presidenta Dilma Rousseff é mais uma vez a garantia de que o Congresso Nacional vai está a serviço dos interesses palacianos e não do povo, apesar de lá ser a Casa do Povo. Então como poderíamos sonhar em ter um homem da estatura de Pedro Simon na presidência do Senador. Com essa índole não serve; serve Renan e Eduardo Alves.

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