Prestes há completar 12 anos a frente do SINDSEP (Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amapá), a gestão de Hedoelson Uchoa, o Doca, tem sido marcada por um sindicato cheio de escândalos, com várias denúncias de abusos, irregularidades e desmandos administrativos. As denúncias contra Doca começaram vir a público desde o ano passado quando ele conquistou seu quarto mandato a frente do SINDSEP de forma fraudulenta, mediante a realização de assembléias gerais fantasmas.
O veículo que desapareceu do SINDSEP suspeito de ser “cabrito”, flagrado em frente à residência do irmão de Doca |
A revelação da suspeita de que o nome do SINDSEP pode estar envolvido num esquema de adulteração de veículo, popularmente conhecido por “cabrito”, é mais um fato que compromete a gestão de Doca perante a categoria que já declara não se sentir mais representada por uma diretoria marcada por denúncias de corrupção.
Documento endereçado à secretária de administração do SINDSEP, Josefa do Carmo Camarão, levou um grupo de servidores sindicalizados descontentes com as denúncias de irregularidades até hoje não esclarecidas pela diretoria, a pedir apuração sobre o fato. “Ressaltamos que se medidas administrativas não forem tomadas para apurar a suspeita de que o nome do SINDSEP pode estar envolvido na compra de veículo adulterado tal fato será levado ao conhecimento das autoridades competentes para as providências cabíveis que o caso requer”, afirmam os sindicalizados no documento.
Segundo eles, desde quando a suspeita foi revelada o veiculo marca Ranger, Placa NEZ-6477, ano 2001 de propriedade do sindicato que circulava sem a logomarca do SINDSEP, simplesmente desapareceu. A suspeita na adulteração pode estar relacionada à substituição do motor (base de troca) onde só uma perícia pode constatar. Antes da suspeita ser revelada o veículo vinha sendo utilizado para fins particulares pelo o irmão de Doca, conhecido por Marconi, tudo bancado com a mensalidade dos associados.
A administração do SINDSEP tem sido marcada por escândalo |
Diretores omissos – A suspeita de que o nome do SINDSEP pode estar envolvido em um esquema de veículo “cabrito” é apenas um dos reflexos de que Doca administra a entidade em total desrespeito as leis e as normas estatutárias do sindicato. Pelo estatuto o SINDSEP é dirigido por um colegiado de diretores onde a figura do presidente que decide tudo sozinho não existe. Porém, Doca tomou o sindicato para si, administrando os recursos alheio sem nenhuma transparência e fiscalização por parte dos membros de sua diretoria.
Só para se ter uma idéia dos desmandos a categoria afirma que Doca estar a 10 anos sem prestar contas de suas gestões à frente do sindicato. Além disso, o colegiado que dirige o SINDSEP, apesar das evidências de irregularidades, vem se omitindo no seu papel de fiscalizar a administração do sindicato, procedendo à semelhança dos macaquinhos chineses: não ouve, não fala, não vê.
De acordo com os sindicalizados descontentes com os desmandos que vem ocorrendo no SINDSEP, os servidores públicos federais associados à entidade não devem permitir que o sindicato torne-se uma mera instância fadada a servir a um grupo de diretores desonestos que se utilizou de meios ilícitos para chegar à direção do sindicato. Esses sindicalizados vivem a expectativa do afastamento da diretoria até que sejam esclarecidas as denúncias de irregularidades na entidade que já é do conhecimento do Ministério Publico Estadual e da Justiça por meio do processo nº 0001997-06.2013.8.03.0001, tramitando na 6ª Vara Cível da Comarca de Macapá.
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