sexta-feira, 22 de março de 2013

Cultura - Amapá está em fase final da articulação dos Planos Estadual e Municipais de Cultura

Fabiana Figueiredo
fabianafb.ap@hotmail.com



O Conselho Estadual de Cultura (Consec/AP) está se direcionando para a fase final da estruturação e mapeamento das atividades culturais dos municípios do Estado, junto com a Secretaria do Estado de Cultura (Secult) e os Conselhos Municipais; para que os resultados sejam os Planos Municipais de Cultura, e, por fim, o Plano Estadual de Cultura. Tudo isso para que as ações integrem o Plano Nacional e garantir recursos financeiros para fomentar as artes em cada município, como explica Otto Ramos, presidente do Consec/AP.

“Estamos na fase em que todos os Estados da federação devem estar apresentando os planos municipais, que, por sua vez, integrarão o Plano Nacional de Cultura. Cada um dos 16 municípios do Amapá devem entregar seus planos num prazo - determinado pelo Ministério da Cultura - até final de maio. Enquanto Conselho de Cultura estamos indo aos municípios e dando suporte na composição desse plano municipal, e mais dois pilares: os Conselhos Municipais e o Fundo Municipal”, define.

Os trabalhos realizados são para fortalecer ou criar os Conselhos Municipais de Cultura em cada unidade; eles proporcionam a mediação entre o poder público e a sociedade civil. A renovação dos Planos Municipais, que apresentam o que é feito, as estratégias e as prioridades de cada município para os 10 anos seguintes.

A criação dos Fundos Municipais também é bastante importante para o desenvolvimento das artes. “É o mecanismo onde os Conselhos e os Planos tenham a real efetivação, porque é ele que habilita os investimentos financeiros e a participação de editais e programas nacionais. Para que cada município acesse o fundo nacional, é necessário que ele tenha seu fundo municipal; ou seja, eles são de extrema importância”.

Como funciona
O mapeamento, como já foi realizado em Vitória do Jari e Laranjal do Jari, é feito através de reuniões com a Câmara Municipal, Prefeitos, Gestores de Cultura, e os fazedores de cultura, os artistas, para elencar as prioridades de cada segmento (música, teatro, artesanato, etc...) nos municípios do Estado. Otto Ramos afirma que todos os municípios precisam realizar esses trabalhos, inclusive a capital, para que receba esse suporte do Ministério da Cultura.
O Plano Estadual de Cultura também já está sendo organizado pela Secult, juntamente com uma Comissão que foi montada pela Universidade Federal de Santa Catarina. “Mesmo que se exista esse Plano Estadual, é necessário que se tenham os planos nos municípios. Estamos pensando muito no Estado, mas não estamos pensando nos micros; o Consec, então, está fazendo esse acompanhamento e dando suporte. No município que não tem, estamos criando; isso está acontecendo desde a gestão anterior, estamos dando essa continuidade”, relatou o presidente do Consec.

Opinião
Otto Ramos
Para Otto Ramos, as ações são muito importantes para o município ter recursos e para o artista ter um espaço. “É o melhor dos mundos tanto para o artista quanto para o poder público. Por exemplo, Macapá já está montando seu Conselho Municipal de Cultura, tem um mecanismo governamental, que é a Fundação Municipal de Cultura, e vamos habilitar o Fundo Municipal de Cultura, está sendo ajustado. Quando esses três pilares estiverem funcionando, a capital, assim como qualquer outro município, poderá acessar o Fundo Nacional a qualquer hora, e proporcionará também que uma multinacional invista nas ações realizadas, sem precisar que esse investimento seja a nível estadual”.

Paulo Zab
Os produtores culturais também se beneficiarão com o fortalecimento da cultura no Amapá, como identifica Paulo Zab, produtor cultural há 8 anos. “Os Planos Municipais de Cultura são importantes não só para o município, como também para a coletividade dentro de sua esfera estadual. Por exemplo, se cada um deles tiver um plano de cultura, isso não só facilitará o acesso a recursos e investimentos federais, mas também em que níveis e instâncias sociais ele circulará, pois um Plano Estadual só é consistente se as unidades municipais estiverem em sintonia com seus respectivos planos, assim, mais investimentos virão e melhor ele será gerido. Está é apenas uma das vantagens de se concretizar um plano de cultura”.

Otto anuncia, ainda, que em abril ocorrerá a capacitação de prefeitos e secretários e cultura, por meio de uma Oficina realizada pelo Minc. Ocorrerá do dia 9 à 12 de abril, à nível regional - o evento ocorrerá simultaneamente em Macapá e Belém, para gestores da região norte. “O Amapá foi escolhido por apresentar 100% dos seus municípios habilitados para a adesão ao Plano Nacional”, conclui o presidente do Consec/Ap.


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