sexta-feira, 5 de abril de 2013


ARTIGO


É VERGONHA SER BEM SUCEDIDO NO AMAPÁ?

Luciano Marba Silva
lucianomarba@bol.com.br

Inicio esse diálogo fazendo um questionamento aos que me leem. Será que temos que ter vergonha por alcançarmos sucesso na vida? Explico a razão da minha indagação. Nasci no Rio Grande do Sul, sou de uma família classe média, tive uma criação rigorosa, fundada no respeito à lei e a ordem e com formação cristã. Logo que alcancei a idade de prestar serviço militar, cumpri meu dever com a pátria e fui mais além. Fiz curso para oficial R/2 do Exército Brasileiro e cheguei a patente de 1° Tenente. Minha passagem no Exército, aliado a educação que recebi de meus pais forjou meu caráter. E abracei o lema positivista da Bandeira Nacional: “Ordem e Progresso.”
Vim no ano de 1994 servir no então 3° Batalhão de Infantaria e Selva (3° BIS) no Amapá. Aqui conheci minha esposa, filha de uma família tradicional. Tivemos dois filhos e resolvi deixar a minha vida militar, onde dei o melhor de mim para atender de forma competente minha pátria.
Entrei na vida civil. Fiz concurso público para professor do Estado. Obtive êxito e desempenhei por vários anos minha função de professor. Também ocupei alguns cargos de confiança no segundo escalão do governo Waldez Góes, de onde fui exonerado por não concordar com alguns procedimentos que ao meu sentir estavam equivocados. Não me acomodei, continuei buscando o conhecimento e fiz minha segunda faculdade. Sou Bacharel em Ciências Jurídicas. Especializando em direito administrativo.
Com a experiência adquirida na caserna como liderança e disciplina, passei a trabalhar numa empresa de segurança de âmbito nacional, a Norsergel, Lá aprendi tudo sobre segurança privada. Foi para mim uma escola. Uma empresa séria e correta. Depois fui gerenciar a empresa  serpol..... Bem! Ali, aprendi o outro lado do serviço público. Uma empresa que se tirava vantagens das benesses governamentais e creio que por esta relação promíscua a empresa, por incentivo do próprio dono, relaxava no seu gerenciamento e suas obrigações laborais.
Maduro e me sentindo preparado para enfrentar o mercado no setor de segurança privada, constitui minha empresa a LMS Vigilância e segurança privada Ltda. Não entrei no mercado para brincar, estava seguro do que queria e preparado para me estabelecer.
Fui ganhando através de licitações alguns contratos menores, mas que foi dando a empresa segurança mercadológica que só a prática pode oferecer.
Nossa primeira licitação de um valor significativo foi nas Secretarias de Saúde e Educação. Quando ganhamos os processos licitatórios interesses foram contrariados, pois atrapalharia uma prática corrupta de relacionamento entre o serviço público e a iniciativa privada. Houve resistência para que assumisse o contrato e essa querela jurídica teve um desfecho que o Amapá e o Brasil conhecem. A “Operação Mãos Limpas” deflagrada pela Polícia Federal. Eu fui quem denunciou esta relação vergonhosa e desafiadora da lei e da ordem. Os envolvidos foram parar na cadeia e hoje estão citados no processo, que o Superior Tribunal de Justiça apura.
O dinheiro que ganhei e ganho com o meu honrado e honesto trabalho, investi em imóveis e abri alguns negócios. Não joguei meu dinheiro ao vento. Estruturei minha empresa, Cresci, conquistei novos contratos. Detalhe: todos objetos de conquistas nas mesas de licitações, nenhum me foi dado de forma graciosa. Minha vida sempre foi brigada, suada e erigida com muito trabalho.
Nunca fui um playboy, sempre vivi para minha família e tive responsabilidade com minha vida e respeito pelo meu trabalho. Como não subir na escala social vivendo com responsabilidade? Sou família e ajudo os meus, empregando-os na minha empresa. Invisto no esporte, na cultura e apoio os movimentos sociais do meu Estado. Por que então deveria ter vergonha de ter vencido. Não me envergonho de nada do eu fiz e faço. Não ando na penumbra, minha vida é cristalina e por tanto não consigo compreender porque da perseguição. Tudo que ganhei está aqui na terra que escolhi pra viver e morrer.
Para algumas pessoas o sucesso incomoda, mas todas as vezes que você encontrar alguém que fracassou peça pra ele lhe contar o que ele fez. Muitos tiveram a mesma chance que tive, mas todos sabem e conhecem como vivia um ex-milionário amapaense que atuou no setor de vigilância, inclusive se envolvendo em suspeita de assassinado. Não sou prolongamento de pessoas que enriqueceram e perderam tudo que ganharam por conta de uma vida desregrada. Lamento, mas consegui vencer e espero continuar gerando emprego e renda no Estado do Amapá. Terra que amo e respeito.
 Faço este desabafo em virtude de não estar mais suportando a pressão exercida sobre aqueles que me amam e diuturnamente me informam sobre a indústria de boataria que se formou em torno da minha vida. Dizem que ouviram o delegado fulano, o procurador beltrano, o político cicrano e até anônimos comentarem que vou ser preso e processado. Que vai haver operações, inclusive um irresponsável postou no “twiter”, que eu estava preso.
Aos meus algozes informo que fui forjado no fogo mais quente do exercito brasileiro. Participei de operações imensas, instruções de prisioneiros de guerra; sobrevivência na selva; fiquei dias sem comer, apenas com a companhia do meu cantil e fuzil. Não cedo a ameaças e nem tenho medo de pressão. Aprendi a conviver com isso e talvez seja essa a motivação para sempre fazer o melhor. Não tenho medo de investigações, pelo contrario, quanto mais me investigam, mais provam que estou correto. Toda vez que fui chamado perante as autoridades, expliquei como tudo acontece e, vou além; por muitas vezes auxiliei delegados federais, civis e membros do ministério publico a desvendar crimes e corrupções neste estado, e, apesar disso,  ainda sou surpreendido com acusações levianas de algumas ditas autoridades .
Essas atitudes levianas me impelem  a me defender usando a lei e faço representações contra elas e provo minha conduta, ou quando está demais, me posiciono perante a mídia como já fiz varias vezes. Nesses últimos tempos tenho sido vítima dos revezes da vida como a recente perda de um irmão, amigo, que trabalhou e colou grau em bacharelado em direito comigo. Participava de todos os momentos da minha vida e da minha família e foi brutalmente assassinado. Sua morte serviu para  me mostrar que não somos nada nesse universo e que a vida vale cada vez menos nesse mundo brutalizado, mas, corri atrás desses bandidos para auxiliar a polícia nas investigações. Vale ressaltar que ainda acredito nas nossas Instituições. Quando cito delegados, políticos e membros de Ministério Público espero que cada um faça sua introspecção e analise sua conduta profissional e ai a carapuça servirá nas cabeças certas, pois a maioria é honesta e orgulha estas Instituições, digo isso pra exaltar uma profissional que neste episódio se mostrou a pessoa mais correta do mundo e prendeu os responsáveis em tempo recorde, e, ainda sofreu com a desconfiança de pessoas irresponsáveis que sentam numa cadeira apenas para perseguir os outros.
A inveja talvez seja o pior sentimento de um ser humano, voltando ao assunto principal, muitos questionam quando passo no meu BMW ou de Camaro pela cidade. Senhores! Não me envergonho do meu sucesso, pelo contrario, sinto orgulho de saber que atravessei o País trabalhando e nunca tive vergonha de labutar, pois foi com a faina que venci. O que ninguém sabe é que muitas vezes fico sem almoçar com minha família. Isso é constante, praticamente todos os dias, aqueles que falam mal de mim estão em restaurantes, em academias ou fazendo caminhadas na orla, enquanto eu estou envolto em uma pilha de papéis, “queimando” neurônios tentando compatibilizar minhas contas. Enquanto isso tem autoridades querendo dar carteirada para entrar graciosamente no Copacabana e nas boates em geral. Será que isso é correto? Pois bem, não vou mais me estender, dei xo aqui este manifesto para dizer que estou a disposição de qualquer autoridade para esclarecer as dúvidas  a meu respeito e sobre meus negócios.
Aproveito para ensinar alguns investigadores sobre o que é lavagem de dinheiro, o meu dinheiro vem de contratos públicos diretamente para minhas contas. Pergunto: pra que lavar meu dinheiro se sua origem é licita? Doutores! Deixem os meus em paz. Por essa perseguição descabida foi que o padre Paulo escreveu em seu artigo “ o que eu fiz de mal para o Amapá” Desta mesma forma deixo aqui minha pergunta: “o que fiz de mal para o Amapá?” Será que foi gerar mais de dois mil empregos; ajudar os movimentos sociais; investir no esporte; ajudar a desenvolver o estado com meus empreendimentos ou proporcionar a muitas crianças um Natal digno para sejam um pouco mais felizes? Vou além, será que ter vencido uma licitação que durante vários anos era  propriedade de governos para as maiores negociatas e nà £o ceder a prática de corrupção que envolvia várias autoridades foi o meu erro? Se for, peço desculpas, mas acho que não. Para finalizar, vou deixar uma pergunta para os fofoqueiros de plantão: O QUE VOCÊS JÁ FIZERAM PELO NOSSO ESTADO? REFLITAM!

Luciano Marba Sila
1º Ten. R/2 do Exército Brasileiro
Bel. Em História
Bel. Em Direito
Pós-graduando em Direito Administrativo
Técnico em Eletromecânica
Servidor Público
Empresário
Presidente do Santos Futebol Clube
Conselheiro da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho

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