ARTIGO
É VERGONHA
SER BEM SUCEDIDO NO AMAPÁ?
Luciano
Marba Silva
lucianomarba@bol.com.br
Inicio
esse diálogo fazendo um questionamento aos que me leem. Será que temos que ter
vergonha por alcançarmos sucesso na vida? Explico a razão da minha indagação.
Nasci no Rio Grande do Sul, sou de uma família classe média, tive uma criação
rigorosa, fundada no respeito à lei e a ordem e com formação cristã. Logo que
alcancei a idade de prestar serviço militar, cumpri meu dever com a pátria e
fui mais além. Fiz curso para oficial R/2 do Exército Brasileiro e cheguei a
patente de 1° Tenente. Minha passagem no Exército, aliado a educação que recebi
de meus pais forjou meu caráter. E abracei o lema positivista da Bandeira
Nacional: “Ordem e Progresso.”
Vim no ano
de 1994 servir no então 3° Batalhão de Infantaria e Selva (3° BIS) no Amapá.
Aqui conheci minha esposa, filha de uma família tradicional. Tivemos dois
filhos e resolvi deixar a minha vida militar, onde dei o melhor de mim para
atender de forma competente minha pátria.
Entrei na
vida civil. Fiz concurso público para professor do Estado. Obtive êxito e
desempenhei por vários anos minha função de professor. Também ocupei alguns
cargos de confiança no segundo escalão do governo Waldez Góes, de onde fui
exonerado por não concordar com alguns procedimentos que ao meu sentir estavam
equivocados. Não me acomodei, continuei buscando o conhecimento e fiz minha
segunda faculdade. Sou Bacharel em Ciências Jurídicas. Especializando em
direito administrativo.
Com a
experiência adquirida na caserna como liderança e disciplina, passei a
trabalhar numa empresa de segurança de âmbito nacional, a Norsergel, Lá aprendi
tudo sobre segurança privada. Foi para mim uma escola. Uma empresa séria e
correta. Depois fui gerenciar a empresa serpol..... Bem! Ali,
aprendi o outro lado do serviço público. Uma empresa que se tirava vantagens
das benesses governamentais e creio que por esta relação promíscua a empresa,
por incentivo do próprio dono, relaxava no seu gerenciamento e suas obrigações
laborais.
Maduro e
me sentindo preparado para enfrentar o mercado no setor de segurança privada,
constitui minha empresa a LMS Vigilância e segurança privada Ltda. Não entrei
no mercado para brincar, estava seguro do que queria e preparado para me
estabelecer.
Fui
ganhando através de licitações alguns contratos menores, mas que foi dando a
empresa segurança mercadológica que só a prática pode oferecer.
Nossa
primeira licitação de um valor significativo foi nas Secretarias de Saúde e
Educação. Quando ganhamos os processos licitatórios interesses foram
contrariados, pois atrapalharia uma prática corrupta de relacionamento entre o
serviço público e a iniciativa privada. Houve resistência para que assumisse o
contrato e essa querela jurídica teve um desfecho que o Amapá e o Brasil
conhecem. A “Operação Mãos Limpas” deflagrada pela Polícia Federal. Eu fui quem
denunciou esta relação vergonhosa e desafiadora da lei e da ordem. Os
envolvidos foram parar na cadeia e hoje estão citados no processo, que o
Superior Tribunal de Justiça apura.
O dinheiro
que ganhei e ganho com o meu honrado e honesto trabalho, investi em imóveis e
abri alguns negócios. Não joguei meu dinheiro ao vento. Estruturei minha
empresa, Cresci, conquistei novos contratos. Detalhe: todos objetos de conquistas
nas mesas de licitações, nenhum me foi dado de forma graciosa. Minha vida
sempre foi brigada, suada e erigida com muito trabalho.
Nunca fui
um playboy, sempre vivi para minha família e tive responsabilidade com minha
vida e respeito pelo meu trabalho. Como não subir na escala social vivendo com
responsabilidade? Sou família e ajudo os meus, empregando-os na minha empresa.
Invisto no esporte, na cultura e apoio os movimentos sociais do meu Estado. Por
que então deveria ter vergonha de ter vencido. Não me envergonho de nada do eu
fiz e faço. Não ando na penumbra, minha vida é cristalina e por tanto não
consigo compreender porque da perseguição. Tudo que ganhei está aqui na terra
que escolhi pra viver e morrer.
Para
algumas pessoas o sucesso incomoda, mas todas as vezes que você encontrar
alguém que fracassou peça pra ele lhe contar o que ele fez. Muitos tiveram a
mesma chance que tive, mas todos sabem e conhecem como vivia um ex-milionário
amapaense que atuou no setor de vigilância, inclusive se envolvendo em suspeita
de assassinado. Não sou prolongamento de pessoas que enriqueceram e perderam
tudo que ganharam por conta de uma vida desregrada. Lamento, mas consegui vencer e espero continuar
gerando emprego e renda no Estado do Amapá. Terra que amo e respeito.
Faço
este desabafo em virtude de não estar mais suportando a pressão exercida sobre
aqueles que me amam e diuturnamente me informam sobre a indústria de boataria
que se formou em torno da minha vida. Dizem que ouviram o delegado fulano, o
procurador beltrano, o político cicrano e até anônimos comentarem que vou ser
preso e processado. Que vai haver operações, inclusive um irresponsável postou
no “twiter”, que eu estava preso.
Aos meus
algozes informo que fui forjado no fogo mais quente do exercito brasileiro.
Participei de operações imensas, instruções de prisioneiros de guerra;
sobrevivência na selva; fiquei dias sem comer, apenas com a companhia do meu
cantil e fuzil. Não cedo a ameaças e nem tenho medo de pressão. Aprendi a
conviver com isso e talvez seja essa a motivação para sempre fazer o melhor.
Não tenho medo de investigações, pelo contrario, quanto mais me investigam,
mais provam que estou correto. Toda vez que fui chamado perante as autoridades,
expliquei como tudo acontece e, vou além; por muitas vezes auxiliei delegados
federais, civis e membros do ministério publico a desvendar crimes e corrupções
neste estado, e, apesar disso, ainda sou surpreendido com acusações
levianas de algumas ditas autoridades .
Essas
atitudes levianas me impelem a me defender usando a lei e faço
representações contra elas e provo minha conduta, ou quando está demais, me
posiciono perante a mídia como já fiz varias vezes. Nesses últimos tempos tenho
sido vítima dos revezes da vida como a recente perda de um irmão, amigo, que
trabalhou e colou grau em bacharelado em direito comigo. Participava de todos
os momentos da minha vida e da minha família e foi brutalmente assassinado. Sua
morte serviu para me mostrar que não somos nada nesse universo e que
a vida vale cada vez menos nesse mundo brutalizado, mas, corri atrás desses
bandidos para auxiliar a polícia nas investigações. Vale ressaltar que ainda
acredito nas nossas Instituições. Quando cito delegados, políticos e membros de
Ministério Público espero que cada um faça sua introspecção e analise sua
conduta profissional e ai a carapuça servirá nas cabeças certas, pois a maioria
é honesta e orgulha estas Instituições, digo isso pra exaltar uma profissional
que neste episódio se mostrou a pessoa mais correta do mundo e prendeu os
responsáveis em tempo recorde, e, ainda sofreu com a desconfiança de pessoas
irresponsáveis que sentam numa cadeira apenas para perseguir os outros.
A inveja
talvez seja o pior sentimento de um ser humano, voltando ao assunto principal,
muitos questionam quando passo no meu BMW ou de Camaro pela cidade. Senhores!
Não me envergonho do meu sucesso, pelo contrario, sinto orgulho de saber que
atravessei o País trabalhando e nunca tive vergonha de labutar, pois foi com a
faina que venci. O que ninguém sabe é que muitas vezes fico sem almoçar com
minha família. Isso é constante, praticamente todos os dias, aqueles que falam
mal de mim estão em restaurantes, em academias ou fazendo caminhadas na orla,
enquanto eu estou envolto em uma pilha de papéis, “queimando” neurônios
tentando compatibilizar minhas contas. Enquanto isso tem autoridades querendo
dar carteirada para entrar graciosamente no Copacabana e nas boates em geral.
Será que isso é correto? Pois bem, não vou mais me estender, dei xo aqui este
manifesto para dizer que estou a disposição de qualquer autoridade para
esclarecer as dúvidas a meu respeito e sobre meus negócios.
Aproveito
para ensinar alguns investigadores sobre o que é lavagem de dinheiro, o meu
dinheiro vem de contratos públicos diretamente para minhas contas. Pergunto:
pra que lavar meu dinheiro se sua origem é licita? Doutores! Deixem os meus em
paz. Por essa perseguição descabida foi que o padre Paulo escreveu em seu
artigo “ o que eu fiz de mal para o Amapá” Desta mesma forma deixo aqui minha
pergunta: “o que fiz de mal para o Amapá?” Será que foi gerar mais de dois mil
empregos; ajudar os movimentos sociais; investir no esporte; ajudar a
desenvolver o estado com meus empreendimentos ou proporcionar a muitas crianças
um Natal digno para sejam um pouco mais felizes? Vou além, será que ter vencido
uma licitação que durante vários anos era propriedade de governos
para as maiores negociatas e nà £o ceder a prática de corrupção que envolvia
várias autoridades foi o meu erro? Se for, peço desculpas, mas acho que não.
Para finalizar, vou deixar uma pergunta para os fofoqueiros de plantão: O QUE
VOCÊS JÁ FIZERAM PELO NOSSO ESTADO? REFLITAM!
Luciano
Marba Sila
1º Ten.
R/2 do Exército Brasileiro
Bel. Em
História
Bel. Em
Direito
Pós-graduando
em Direito Administrativo
Técnico em
Eletromecânica
Servidor
Público
Empresário
Presidente
do Santos Futebol Clube
Conselheiro da
Universidade de Samba Boêmios do Laguinho
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