sexta-feira, 5 de abril de 2013


PROTETOR SOLAR
A importância deste cuidado com a pele




Thais Pucci
Da Reportagem



Especialistas da área dermatológica afirmam que já foi comprovado cientificamente, que o uso de bons protetores é essencial para a prevenção de câncer de pele, e pode evitar danos como queimaduras, manchas, envelhecimento precoce, flacidez, entre outras complicações.


Independente da temperatura, estação do ano, ou duração do tempo de exposição ao sol, sempre devemos ter cuidados com a nossa pele, principalmente quando o assunto é a proteção solar. A quantidade a ser usada do produto e o número de vezes que ele deve ser reaplicado está diretamente ligada a esses fatores, sendo importante que esteja presente no cotidiano de toda a população.

Devido ao crescente número de buracos na camada de ozônio, que é responsável por filtrar os raios do tipo A (UVA) que aceleram o envelhecimento da pele, e do tipo B (UVB), causador do câncer de pele, a proteção solar deve começar já na infância, visto que os danos causados pela radiação têm efeito cumulativo. É sabido que a camada de ozônio consegue bloquear 5% da radiação UVA e 95% dos raios UVB, porém, de acordo com estudos, a cada vinte anos 4% dela é destruída pela ação de poluentes lançados na atmosfera.

Muitos dermatologistas utilizam uma tabela de classificação da pele dividida em 6 fototipos, levando-se em consideração o estilo de vida, a cor e o tipo de pele, para fazer a orientação da dosagem correta de protetor solar que deve ser aplicada.
TIPOS DE PELE

Tipos 1 e 2: Peles muito brancas e brancas. 
Para esses tipos, que jamais se bronzeiam e queimam-se com extrema facilidade, recomenda-se o fator de proteção 60, pois, tais protetores são capazes de bloquear 98,5% dos raios ultravioletas;

Tipo 3 e 4: Peles ligeiramente morenas e peles morenas. 
Essas peles já contam com uma pequena proteção natural. Queimam-se com facilidade, mas podem ficar bronzeadas e, por isso, devem ser protegidas com o fator de proteção 30 que filtra 96% dos raios ultravioletas;

Tipo 5 e 6: Peles muito morenas e peles negras. 
Para essas peles, que ficam bronzeadas com facilidade e raramente se queimam, o fator de proteção usado pode ser 15, que filtra 87% dos raios ultravioletas.

Fonte primária: Thomas Fitzpatrick, dermatologista.

Ainda devem ficar atentos, pessoas que tenham sardas, cabelos claros ou ruivos, os que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas. Essas pessoas fazem parte de um grupo de maior risco de adquirir doenças de pele, devido a sua alta sensibilidade.

O QUE É FPS

O fator de proteção solar (FPS) mede a proteção contra os raios UVB, e varia de 2 a 60 em marcas brasileiras. Normalmente, o FPS mais alto, facilmente encontrado em outros países, é indicado para pacientes que apresentem alguma patologia, ou façam parte de grupo de risco.

A pele quando exposta ao sol demora certo tempo para ficar avermelhada, e o número indicado no FPS representa o número de vezes que a pele permanecerá protegida comparada a pele sem o uso de filtro solar. Ou seja, um produto com FPS 30 protegerá a pele por um tempo 30 vezes superior a pele desprotegida. Porém, para que esse efeito seja atingido, é necessário que a quantidade aplicada do produto seja a adequada no rótulo.

O ideal é a utilização diária de filtros solares com FPS superior a 30, e que o mesmo seja reaplicadode duas a três vezes por dia, se não houver contato com água. Em locais como praia e piscinas, a aplicação do produto deve ser feita 10 minutos antes da exposição ao sol e é preciso reaplicá-lo a cada duas horas. 

TIPOS DE PROTETOR

Ø Bloqueador - Recomendado para peles mais claras e altamente sensíveis ao sol, incluindo-se nesse grupo as crianças em geral e pessoas com alguma patologia de pele. É capaz de neutralizar os raios ultravioletas e impedir o contato com os raios infravermelhos e outros que provocam queimaduras na pele, pois é mais forte que os protetores comuns.

Ø Protetor em gel - Ideal para pessoas com pele oleosa, que devem evitar produtos que possuam hidratantes e fazer a opção por produtos "não-comedogênicos", ou seja, aqueles que substituem óleo por água. 

Ø Protetor em creme- Por conter hidratante em sua fórmula, são ótimas opções para peles mistas e secas, que além de protegidas estarão hidratadas.

Ø Protetor em spray- De fácil aplicação, eles normalmente são mais resistentes à água, e recomendados para praticantes de esportes, devido a sua praticidade.

É recomendado que antes da utilização de qualquer produto, todas as pessoas busquem orientações com um especialista da área, que poderá definir corretamente o tipo de pele e o melhor produto a ser usado.

DICAS

· Utilizar no mínimo 30 ml de protetor solar, no corpo e rosto, sem esquecer áreas como orelhas, pescoço e pés, que também sofrem com a exposição demasiada;

· Reaplicar o produto toda vez que tiver contato com a água ou atrito com cangas e toalhas. Acredita-se que 70% de sua eficácia é perdida nestes contatos.

· Utilizar bonés ou chapéus sempre que possível. Eles funcionam como fator de proteção 7 para o rosto e 5 para o pescoço, o que já alivia a pele.

· Mulheres que utilizam maquiagem devem aplicar o protetor diariamente antes de se maquiar e esperá-lo secar. Porém, existe hoje no mercado maquiagens compactas que tem a função 3 em 1, que unem a pigmentação da base, a hidratação e o fator de proteção solar.

Vida saudável com sol na medida certa

A excessiva exposição ao sol é condenada pelos dermatologistas, mas pouco se ouve a respeito das consequências de se tomar pouco sol. A falta de sol pode acarretar deficiência de vitamina D, que é fabricada pelo corpo humano única e exclusivamente através da ação solar. Acredita-se que a maior conscientização sobre os danos provocados pela excessiva exposição solar contribuiu para os altos índices de pessoas com carência de vitamina D.

A vitamina D é responsável pelo aumento da absorção do cálcio e fósforo pelo intestino, e por algumas funções neurológicas. Também pode ser obtida de uma fonte limitada de alimentos, como peixes gordurosos e óleo de peixe, e, mais recentemente, de suplementos alimentares. A carência de vitamina D pode contribuir para o desenvolvimento de doenças, como câncer, artrite reumatoide, doenças autoimunes e até hipertensão. Segundo pesquisa realizada pela UFF (Universidade Federal Fluminense), seis em cada dez brasileiros apresentam deficiência desta vitamina no corpo, pois não tomam a quantidade necessária de sol por dia.

O recomendado é tomar sol sem protetor solar por cinco a vinte minutos, pelo menos três vezes por semana, nos horários apropriados para expor-se à luz solar, que variam desde o nascer do sol até as 10 horas da manhã, e a partir das 16 horas. Neste caso, a quantidade também varia de acordo com o tom da pele e a idade. Quanto mais claro o tom de pele, menor o tempo necessário de exposição, e conforme a idade vai avançando, a exposição deve ser um pouco mais demorada. A concentração saudável de vitamina D pode ser sintetizada pela pele com uma exposição solar que produza um leve rosado sobre ela, passado esse tempo, deve-se aplicar imediatamente o protetor solar.

No Amapá, devido a sua proximidade com a linha imaginária do Equador, a intensidade dos raios UVB é maior, pois o raio solar percorre uma distância menor através da atmosfera terrestre, fazendo com que a síntese de vitamina D seja possível o ano inteiro. Por outro lado, os cuidados com a proteção da pele devem ser redobrados.

Ser saudável é buscar o equilíbrio em tudo na vida, inclusive na exposição da pele a luz solar.


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