DIA DO ÍNDIO Todos nós brasileiros somos também um pouquinho índios!
Baby Consuelo já gritava em sua musica " Todo Dia Era Dia de Índio", que:
Antes que o homem aqui chegasse
Às Terras Brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes
Da Terra Brasilis
Pois todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Mas agora eles só têm
O dia 19 de Abril
Dia 19 de abril é comemorado o dia do índio, mas antes dos portugueses chegarem ao Brasil, todo dia era dia de índio e as Américas eram habitadas por cerca de 12 a 40 milhões de índios. Desses, entre dois e cinco milhões viviam no Brasil.
Alguns índios tiravam seu sustento apenas dos recursos naturais, caçando, pescando e coletando frutos. Outros grupos plantavam milho, mandioca, batata doce, cará, abóbora, e muitos outros produtos fundamentais para a sua sobrevivência. Fabricavam, e ainda fabricam, potes de barro, esteiras, cestos, arcos, flechas e instrumentos musicais.
Desde aquele tempo até os dias de hoje, as mulheres cozinhavam, cuidavam das crianças, da roça e traziam água para a aldeia. Por outro lado, os homens sempre foram responsáveis por caçar pescar limpar a mata para o plantio, construir casas, canoas e guerrear.
Atualmente existem no Brasil apenas cerca de 370 mil índios. Grande parte de seus ancestrais não resistiu ao contato com o homem branco, que, além do genocídio de índios através das lutas e da escravidão, provocou a transmissão de doenças como gripe, malária, sarampo, rubéola, etc. contra as quais o organismo dos índios não tinham defesa.
Os índios formam perto de 220 grupos, que falam aproximadamente 180 línguas diferentes e vivem espalhados pelo país. A maior concentração é na bacia Amazônica e norte da região Centro-Oeste. Muitos deles estão integrados às comunidades brancas, outros ainda permanecem parcial ou totalmente isolados. A maioria dos grupos vive atualmente em suas próprias terras, reservas, áreas ou parques indígenas.
É grande a influência dos índios nos costumes brasileiros: o banho diário, a rede de dormir o hábito de fumar, a prática da queimada para limpar o terreno antes do plantio (chamada coivara), a construção de canoas. Com eles aprendemos a plantar e a preparar mandioca, milho, abóbora e a beber guaraná.
Da língua tupi vieram várias palavras que enriquecem nosso vocabulário: abacaxi, ipê, caatinga, tucano, jabuticaba, tatu, Anhangabaú e centenas de outras. Deles herdamos ainda várias lendas: da Iara ou mãe d'Água, do Curupira, da gruta que chora, e muitas outras.
Índios amapaenses
No estado Amapá que tem 10 etnias, o governo estadual promoveu um encontro entre gestores estaduais e lideranças indígenas para conhecer as principais reivindicações das etnias espalhadas pelo território amapaense. A reunião ocorreu na última quinta-feira (18) no auditório do Museu Sacaca.
Na ocasião, caciques e representantes das três regiões onde se encontram as aldeias do Estado entregaram ao governador Camilo Capiberibe documentos contendo as principais solicitações e problemas enfrentados pelos índios do Amapá. Educação foi o mais reivindicado. Os índios querem novas escolas dentro das aldeias e reclamaram do atraso de alguns convênios.
A secretária de Estado da Educação, Elda Araújo, disse que os convênios estão emperrados em razão da falta de prestação de contas da entidade responsável pela execução dos recursos. Ela também apresentou os projetos de três novas escolas a serem edificadas em aldeias do Estado.
O representante da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Edvan Barros, enfatizou que 21 estabelecimentos de ensino, dos quais dois serão entregues até julho deste ano, estão sendo construídos nas três regiões onde se encontram as terras indígenas do Estado.
Os índios também pediram auxílio na regularização territorial. Segundo denúncia dos Waiãpis, novas demarcações que limitam os assentamentos federais estariam invadindo o território indígena e também a área da Floresta Estadual do Amapá (Flota).
O diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá, Maurício de Souza, disse que, em conjunto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Instituto Estadual de Florestas (IEF), vai intervir junto ao INCRA para tentar conter o avanço dos assentamentos em direção as terras indígenas.
As lideranças cobraram ainda melhorias de transporte e saúde, questões que o governador irá encaminhar às devidas gestões. Camilo Capiberibe comunicou que o governo continua articulando a permissão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para liberação de voos de uma aeronave Bandeirante que auxiliarão no trânsito para as aldeias do Parque do Tumucumaque.
Ele determinou também como prioridade a reestruturação da rede de atenção à saúde indígena, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Durante o evento, o secretário extraordinário dos Povos Indígenas, Coaraci Maciel, lembrou a retomada do apoio às etnias.
"Passamos alguns anos esquecidos pelo poder público, mas o governador Camilo, desde que assumiu, voltou a olhar para nós, índios. Ainda falta muito por se fazer, mas a avaliação que a gente faz do apoio do governo é positiva", enfatizou.
Camilo Capiberibe anunciou que, na semana passada, o governo entregou ao Dnit projetos de compensações e remanejamento de seis aldeias localizadas no entorno da BR-156, que deverão deixar o local por conta da pavimentação. Ele também lembrou que nestes dois anos de administração foi feito um resgate da identidade e da cultura das diferentes etnias indígenas existentes no Amapá.
"Retomamos os Jogos Indígenas, que ganharam destaque nacional no ano passado, e aplicamos vários investimentos em educação e na melhoria da estrutura das aldeias. Estamos também muito orgulhosos de poder entregar uma escola, na aldeia de Santa Isabel, exatamente no Dia do Índio. É o nosso presente a eles", pontuou o governador.
Inauguração
Na última sexta-feira (19), o Governo do Amapá inaugurou a Escola Estadual Manoel Primo dos Santos, na aldeia Santa Isabel, no munícipio de Oiapoque. O estabelecimento de ensino é estruturado com seis salas de aula, banheiros, cozinha e bloco administrativo.
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