EDITORIAL
Corrupção, ambição e morte
José Marques Jardim empresta sua
competência jornalística para elaborar uma reportagem sobre um mal que assola a
humanidade: a corrupção! No Amapá, essa praga está enraizada nos escaninhos do
Poder e na relação promíscua entre o Poder Público e os maus empresários,
afeitos aos lucros fáceis e as benesses do Estado.
O Amapá tem ocupado os primeiros
lugares em alguns ranques brasileiros. O pior estado da federação para
investimento, um dos últimos colocados no ranque do Exame Nacional de Ensino
Médio-ENEM, um dos primeiros colocados no ranque da corrupção, e último no de
qualidade de vida, saúde, segurança e habitação. Na realidade, estamos
amargando uma fase de reconstrução das instituições públicas responsáveis pela
moralização do País, e o Amapá tem sido alvo preferencial, tamanha é a
incidência de crimes de corrupção verificados por aqui.
Já foram mais de 30 operações da
Polícia Federal e pouco mais de trezentas pessoas conduzidas pela PF para serem
presas ou ouvidas sobre práticas delituosas.
Jardim dá um passeio nessa
conduta nefasta que se tornou corriqueira em nosso Estado. O Tribuna Amapaense
está na torcida para que essa página seja virada na história do Amapá. Enquanto
Jardim fala de corrupção, Jhon Silva traz uma reportagem completa sobre o
deslizamento de terra no Porto de Santana que provocou o desabamento de parte
daquela estrutura portuária. O que é fato concreto, nesse episódio, são as mortes
dos trabalhadores da Anglo, os danos materiais dos proprietários de embarcações
de pequeno porte, o enorme prejuízo para o Estado do Amapá e a própria empresa
que utiliza a estrutura para exportar minério de ferro. Quem foi o culpado do
sinistro? Jhon ouviu técnicos e autoridades do governo e, ninguém foi
afirmativo sobre as causas. Os estudos técnicos ainda são preliminares e
requerem mais rigorosidade, porém o que já foi dito: Causa natural não derrubou
o Porto, isso foi descartado. Antonio da Justa Feijão, geólogo, elenca oito
possíveis causas para o fato. Ao lê-las, com atenção, somos impelidos a
concluir que a Anglo fazia lavra ambiciosa, sobrecarregando a capacidade de
carga do Porto, provocando uma saturação em sua estrutura. Mais vamos estar de
olho pela sociedade amapaense, verdadeira dona de toda riqueza existente no
solo e subsolo desta terra.
Mas o Amapá não está só de tudo.
Thais Pucci, uma carioca da gema, foi à terrinha e conferiu como cá, lá também
não há estádio para a prática do esporte bretão. Maracanã ainda em obra, embora
em ritmo acelerado. A pouco menos de 60 dias para a primeira partida da Copa
das Confederações, o maior estádio do País, o Jornalista Mário Filho está com
um cronograma de obras com 92% concluído e o Engenhão, estádio arrendado para o
Botafogo pela prefeitura do Rio está interditado por tempo indeterminado. Aqui
o velho Glicerão não tem data para ser concluído e no Zerão, as obras caminham
a passos de cágado. Ces’t la vie!
Nenhum comentário:
Postar um comentário