sexta-feira, 5 de abril de 2013



EDITORIAL


Corrupção, ambição e morte

José Marques Jardim empresta sua competência jornalística para elaborar uma reportagem sobre um mal que assola a humanidade: a corrupção! No Amapá, essa praga está enraizada nos escaninhos do Poder e na relação promíscua entre o Poder Público e os maus empresários, afeitos aos lucros fáceis e as benesses do Estado.
O Amapá tem ocupado os primeiros lugares em alguns ranques brasileiros. O pior estado da federação para investimento, um dos últimos colocados no ranque do Exame Nacional de Ensino Médio-ENEM, um dos primeiros colocados no ranque da corrupção, e último no de qualidade de vida, saúde, segurança e habitação. Na realidade, estamos amargando uma fase de reconstrução das instituições públicas responsáveis pela moralização do País, e o Amapá tem sido alvo preferencial, tamanha é a incidência de crimes de corrupção verificados por aqui.
Já foram mais de 30 operações da Polícia Federal e pouco mais de trezentas pessoas conduzidas pela PF para serem presas ou ouvidas sobre práticas delituosas.
Jardim dá um passeio nessa conduta nefasta que se tornou corriqueira em nosso Estado. O Tribuna Amapaense está na torcida para que essa página seja virada na história do Amapá. Enquanto Jardim fala de corrupção, Jhon Silva traz uma reportagem completa sobre o deslizamento de terra no Porto de Santana que provocou o desabamento de parte daquela estrutura portuária. O que é fato concreto, nesse episódio, são as mortes dos trabalhadores da Anglo, os danos materiais dos proprietários de embarcações de pequeno porte, o enorme prejuízo para o Estado do Amapá e a própria empresa que utiliza a estrutura para exportar minério de ferro. Quem foi o culpado do sinistro? Jhon ouviu técnicos e autoridades do governo e, ninguém foi afirmativo sobre as causas. Os estudos técnicos ainda são preliminares e requerem mais rigorosidade, porém o que já foi dito: Causa natural não derrubou o Porto, isso foi descartado. Antonio da Justa Feijão, geólogo, elenca oito possíveis causas para o fato. Ao lê-las, com atenção, somos impelidos a concluir que a Anglo fazia lavra ambiciosa, sobrecarregando a capacidade de carga do Porto, provocando uma saturação em sua estrutura. Mais vamos estar de olho pela sociedade amapaense, verdadeira dona de toda riqueza existente no solo e subsolo desta terra.
Mas o Amapá não está só de tudo. Thais Pucci, uma carioca da gema, foi à terrinha e conferiu como cá, lá também não há estádio para a prática do esporte bretão. Maracanã ainda em obra, embora em ritmo acelerado. A pouco menos de 60 dias para a primeira partida da Copa das Confederações, o maior estádio do País, o Jornalista Mário Filho está com um cronograma de obras com 92% concluído e o Engenhão, estádio arrendado para o Botafogo pela prefeitura do Rio está interditado por tempo indeterminado. Aqui o velho Glicerão não tem data para ser concluído e no Zerão, as obras caminham a passos de cágado. Ces’t la vie!

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