sexta-feira, 10 de maio de 2013

Dia das Mães
O papel da mãe na sociedade atual


Thais Pucci
Da Reportagem


Considerado no segundo domingo do mês de Maio no Brasil, desde 1932, quando a data foi oficializada pelo então presidente Getúlio Vargas. Após 15 anos, o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara, determinou a inclusão da data no calendário oficial da Igreja Católica.
Sintonia entre Julia e Symone
O dia que comemora a importância das mães possui uma data móvel, ou seja, o dia a ser comemorado depende do ano, e em vários países é celebrado em outras datas que variam de março a dezembro. Em 2013, o dia das mães será comemorado no país no próximo domingo (12), e é mais um dia no qual há uma nova oportunidade para demonstrar o carinho e o valor da progenitora e mantenedora do lar.

A NOVA ESTRUTURA FAMILIAR

Antigamente, a figura paterna era considerada provedora enquanto a mulher tinha o papel de dona de casa em período integral, e quando dava a luz a seus filhos, deveria dedicar sua vida à maternidade. Porém, em função das mudanças na organização familiar, e o aumento dos casos de divórcio, o casamento perdeu sua força simbólica e já não é algo indissolúvel. Surgiu assim o conceito de família recomposta, e a expressão "família monoparental", que designa um modelo de família constituído por apenas um dos pais. 

Além desta mudança, no século XX, um conjunto de acontecimentos relacionados ao desenvolvimento das cidades e à entrada das mulheres no mercado de trabalho, levou a alterações econômicas que contribuíram não só para o processo de autonomia financeira da mulher como, também, para mudanças nos projetos familiares. Por conta dessas alterações no modelo de família tradicional, existem diversos casos de mulheres, mães, com tripla jornada, ou seja, além de cuidar da casa e dos filhos, também trabalham fora. 
Luana e Elineuda Picanço. Amor entre mãe e filha

Dentro dessa nova configuração, eventualmente são questionadas as mudanças na relação mãe e filho. Luana Picanço de Sousa (24), e sua mãe, Elineuda do Socorro Santos Picanço (46) garantem que a confiança e admiração não sofreram nenhuma alteração com a separação e com a rotina de trabalho da mãe, como professora. "Apesar de duas irmãs já serem maiores de idade, existe a caçula, de 16 anos. Moramos com nossa mãe, e ela tem a reponsabilidade de nossa criação. Na verdade, há o respeito de mãe e filha, mas parece que somos amigas, pois compartilhamos nossas emoções. E a relação com meu pai é ótima, falo com ele todos os dias, ele faz as compras mensais e almoçamos juntos muitas vezes" comentou Luana.

REDES SOCIAIS
Luciana, Ana Paula, Elineuda e Luana

Um dos principais desafios para a mulher após sua entrada no âmbito do trabalho está em conciliar tempo para tarefas domésticas, acadêmicas, trabalho externo e poder permanecer com os filhos, estabelecendo um vínculo afetivo consistente. Nesse sentido, pode-se perceber a enorme influência das redes sociais na interação e aproximação de mães e filhos, e a importância dessas ferramentas para manter o vínculo familiar independente da distância. 

Luana contou ainda que o uso das redes sociais, desde os seus 14 anos, a aproxima da família. Sua mãe começou a usar o Orkut, logo que foi lançado, por recomendação das filhas. "As redes sociais nos aproximam muito, e sempre nos falamos por comentários nas fotos ou mensagens no facebook e instagram. Tenho várias colegas que comentam que parecemos irmãs. Além da minha mãe, meu pai e parentes de outro estado, ficam sabendo de nosso cotidiano e histórias engraçadas que acontecem com a gente". Quando fala da mãe, fica nítido que o amor de Luana pela mãe é recíproco: "Temos uma relação de confiança e admiração mútua. Sempre posto nas redes sociais fotos dos trabalhos que faço e ela fica toda orgulhosa" completa ela.

Outro caso semelhante ao de Luana é o de Júlia Redig, de apenas 16 anos. Sua mãe Symone Torres trabalha com comércio, e teve que se mudar para o interior por conta do trabalho. "As redes sociais me ajudam a manter o contato com minha filha, que só vejo durante os finais de semana ou quando vou a capital. Nos falamos todos os dias, madamos fotos uma pra outra, e esta é uma forma de estarmos perto independente da distância. Acredito que as redes sociais ajudaram a estreitar a relação mãe-filha, que já era ótima" confidenciou Symone. Júlia diz que muitas amigas comentam sobre as semelhanças com a mãe, e que ela parece sua irmã. "Temos a mesma sintonia, e isso fica claro nas nossas fotos e declarações nas redes sociais. Conseguimos conciliar bem a distância, e sei que é o melhor pra nós duas. Ela é a melhor mãe do mundo!" concluiu Júlia.

CONSUMO

Não só um dia de exaltar a importância da progenitora, o dia das mães é também um dia comercial. É comum filhos fazerem surpresas às suas mães, dando presentes ou organizando atividades que demonstrem amor por ela. No Brasil e nos Estados Unidos o dia das mães é a segunda melhor data do comércio, ficando atrás apenas do Natal. De acordo com a National Retail Federation (Federação Nacional de Varejo norte-americana), os gastos com o dia das mães em 2012 ultrapassou os $18.6 bilhões ($152 por pessoa) nos Estados Unidos.
Uma pesquisa realizada com cerca de mil consumidores brasileiros mostrou que 83% das pessoas escolhem o presente para o dia das mães pensando em fazer mais bonito do que os irmãos, mas todos os entrevistados afirmaram ter como primeira motivação agradar a mãe com os mimos, como informado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Para 28% dos que responderam a pesquisa, o motivo de presentear a mãe é mostrar que está podendo gastar, mas 64,4% tem o intuito de fazer com que a mãe se sinta importante e melhor que outras mães. Em contrapartida, 47% das mães admitem que esperam ganhar presentes, enquanto 38% dizem que estão sendo sinceras ao afirmar que "não precisava". 
Com ou sem presentes, o que importa mesmo é valorizar e dar muito carinho e atenção às mães, não só no dia delas, mas todos os dias.

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