Perfídia: a trajetória de Camilo
Ninguém suporta uma traição. Este ato covarde machuca a alma do sujeito. O traído desenvolve um sentimento de impotência, que baixa sua estima. Imagina o que é você confiar em uma pessoa e esta, numa atitude sorrateira e planejada, lhe apunhalar pelas costas? É pra qualquer um perder o chão. Principalmente quando esta atitude parte de alguém que você confia plenamente.
Boa parcela de amapaenses anda com esse sentimento, de que foram traídos na sua confiança, pois a depositaram numa pessoa que lhes prometeu conduzi-los por caminhos tranquilos e promissores. Evidentemente que este sentimento de decepção, está escalonado no conjunto da sociedade. Muitos ainda dedicam uma pitada de credibilidade, confiando na possibilidade de uma mudança de comportamento do traidor, mesmo desconfiando, ainda perfilam do lado daquele. Mas é, mesmo assim, uma situação incômoda, pois lá no fundo, aquele que ainda acredita, sabe que está sendo enganado. O traidor, tal qual o sociopata, não sente remorso e crê que seus atos estão perfeitamente ajustados com a verdade, com interesse de todos os que dele dependem.
E existem outros que, por convicções ideológicas, interesses pessoais e de terceiros, lutam com sorriso amarelo no rosto, para que este "barco" não naufrague de vez. Eles são, diretamente, os responsáveis pela conquista do traidor. Muito embora o comportamento imutável, convicto daquele que eles entregaram a responsabilidade maior de um projeto de poder, os faça aos poucos reconhecer que a escolha foi mal feita.
Os céticos afirmam que traição está atrelada ao homem, pecador desde o nascimento. E invoca a história de Jesus Cristo, o filho de Deus, que, segundo a Bíblia, reuniu em torno de si doze apóstolos, que lhe acompanharam em suas peregrinações, pregando a palavra de Deus. Esses doze homens testemunharam a palavra pregada em prol do bem comum, a renúncia, a soberba e ao materialismo. Toda uma vida dedicada em extirpar o ódio e plantar o amor no coração embrutecido do homem, mas ainda assim, um deles, Judas Escariódes, o traiu. No dia da Ceia, no Monte das Oliveiras, Jesus anunciou: um dentre vós me trairá. E disse: o traidor serás tu Judas. Mas quando os soldados romanos chegaram ao Monte, ele levantou e beijou a face de Jesus. Um sinal para que eles soubessem quem era o Filho de DEUS. Pedro foi outro que fraquejou na fé e negou três vezes conhecer o seu Mestre. O que dizer então de um pobre e simples mortal. Pecador. Todos estão passíveis, num momento de fraqueza cair na tentação da traição. Os motivos podem ser os mais variados, porém o mau caráter, este tem a traição como um modo de vida. Em todas as suas relações, pessoais e profissionais são marcadas por este ato covarde e vil.
Jesus disse: quem puxa aos seus, não degenera. João Capiberibe tem toda uma trajetória na vida pública, marcada por esta mácula. Traiu Azevedo Costa, a família Borges, Bala, Dalva, Gervásio Oliveira, Roberto Góes, Waldez Góes, Rosemiro Rocha e etc. Camilo Capiberibe se elegeu com apoio de vários parlamentares, dentre os quais Moisés Souza, o primeiro a ser traído por Camilo. Depois foi a vez do PT ser traído na indicação do candidato a prefeito, e sua última vítima foram os professores. Nesta, a traição foi corroborada pela atitude covarde de treze discípulos de Camilo Capiberibe. Júnior Favacho, Sandra Ohana, Telma Gurgel, Mira Rocha, Roseli Matos, Edinho Duarte, Kaká Barbosa, Ocivaldo Gato, Manoel Brasil, Jaci Amanajás, Joel Banha e Michel JK. Esses treze parlamentares entraram para os anais da política amapaenses como os que se prestaram ao risível e vergonhoso papel de vender os professores para um patrão de araque, que tem data e hora para sair do Setentrião.
O mal versa a sabedoria popular, por si se destrói, e com certeza, os professores e os pais dos alunos estarão prontos para dar aos traidores do magistério o que eles merecem em 2014. Agora, sorriem e mandam bater nos professores que ocupavam as galerias, atônitos, pela notícia de que estavam tendo o direito adquirido da Regência de Classe filipendiada pelos trezes traidores, mas foram espancados e enxotados da Casa do Povo como cães sarnentos. Ces't la vie.
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