sexta-feira, 10 de maio de 2013

Vamos reagir!


Não sei como você está se sentindo, mas como eu estou, sei muito bem. Decepcionado com o Estado do Amapá. Triste e com uma sensação que está na hora de fazermos uma corrente em prol do Amapá. Pessoas que queiram ver o Amapá diferente devem se movimentar e iniciar um debate pelas mudanças das coisas por aqui.
Tenho ouvido muitas críticas a setores da sociedade que não cumprem o seu papel nesse contexto. Pessoas com excelente nível de esclarecimento que acabam por acomodação ou por acharem que sua contribuição não vai mudar o que está estabelecido deixam de participar das discussões sobre a vida que estamos levando no Estado do Amapá. Outros com excepcional formação acadêmica só conseguem se preocupar com as coisas que acontecem do seu muro pra dentro, nada do que lá fora lhe interessa ou desperta o interesse de discutir. Apesar de atingi-las também.

O semanário Tribuna Amapaense, jornal pequeno mais com muito conteúdo, tem através do esforço de todos que aqui labutam atraído pessoas que dão sua parcela de contribuição para a melhoria da nossa sociedade, través de seus artigos. Adrimauro Gemaque, Juracy Freitas, Arley Costa, Bárbara Azevedo, Evandro Gama, Aline Colares e Cássia Azulay. Se você também quiser debater qualquer assunto com a sociedade através das páginas do Tribuna, mande seu artigo para nosso E-mail: tribuna.amapaense@gmail.com teremos um prazer de publicá-lo. Mas qual a tendência do seu artigo? Não nos interessa, queremos que seja algo propositivo para a sociedade ou que seja uma contribuição para que possamos melhorar enquanto cidadãos.
Tenho feito muitas críticas a vários setores, mas é preciso que façamos uma "meã culpa". A imprensa amapaense, sobre tudo as empresas que possuem alto custo de produção acabam por necessidade financeira perfilando muitas vezes do lado daquele que lhe paga a fatura e quase sempre, lógico, numa economia como a nossa são as instituições do Estado. Governo, Prefeitura, Assembléia Legislativa. E esses órgãos, pelo modo de relacionamento estabelecido há anos, não escondem que pagam não pelo espaço publicitário, mas pela linha editorial dos veículos. Aí nosso setor, que seria então um instrumento poderoso fica acapachado e a mercê dos abusos e desmandos daqueles que tem transformado a vida da sociedade numa desgraça.
O Amapá há muito está com a saúde pela hora da morte. Completamente inviabilizada pela absoluta falta de compromisso do governo. Falta medicamento, falta hospital, médicos, enfermeiros, falta pagamento para os terceirizados. Falta licitação dos serviços e das vendas de produtos para a Secretária de Saúde do Estado. Tudo ali é na base do emergencial, uma afronta aos princípios da legalidade e da moralidade.
Mais não é só a saúde estadual que vai mal, A segurança pública também. A criminalidade cresce a olhos vistos no Amapá e a nossa educação é uma das piores do Brasil. Não temos indústria e nossa agricultura simplesmente não existe. Qual o plano de desenvolvimento que o Amapá adotou nos últimos anos. Em que crescemos? A relação do governador com os micros e pequenos foi dragoniana, com ampliação da substituição tributária, vários pequenos fecharam as portas, ou seja, o aumento na arrecadação por meio dessa medida foi mesmo que matar a galinha dos ovos de ouro, pois sem comerciante não existe arrecadação.
Para arrematar o estado caótico do Amapá nossas instituições fiscalizadoras, como Ministério Público, Assembléia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado são cegos mudos e surdos para as atrocidades que são cometidas por este governo contra a sociedade amapaense. Para os inimigos deles os rigores da lei, para eles o beneplácito delas. A prova disso está na aprovação por parte de treze deputados do projeto de lei que incorporou a regência de classe no salário base do professor. Um golpe do governador Camilo Capiberibe contra os professores. Em que deu o desvio de 42 milhões dos cofres do Estado para o pagamento das rescisões trabalhistas das merendeiras? Como se paga uma soma tão vultosa sem que o governador saiba ou Procurador? Estranho, não!
São tantas coisas que são feitas ao arrepio da lei e que ninguém fiscaliza, apesar de algumas terem sido denunciadas ao fiscal da lei, mas dorme em berço esplêndido. Vamos usar nossas armas, a consciência para abrir flancos de discussão com aqueles que ainda, infelizmente, estão em estado letárgico. Mas se ta tudo bem, então desconsidere esse desabafo. Talvez seja eu esteja feito chifre na cabeça de cavalo.

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