Uma satisfação a sociedade merece
Recentemente o mundo policial viu a
densa nuvem de violência que envolve o Amapá aumentar. O fato descoberto arrola crime de pistolagem. Nada de inusitado.
Essa anomalia social ganha a cada dia dimensão maior, porém, o fato de envolver
um policial civil, que desempenha a função de delegado e mais, no cargo de
corregedor, cuja função é presidir inquéritos que envolvem denúncia contra o
mau policial, isso é algo que a sociedade precisa e tem o direito de saber.
O Corregedor, delegado Plínio Roriz,tinha,
de acordo com gravações telefônicas vazadas do Ministério Público suposto
envolvimento com o empresário Trindade que cansado de ser a caça virou caçador e
resolveu fazer justiça com as próprias mãos eliminando com a pena capital os
bandidos flagrados em roubos, assaltos e outros delitos. Se há mesmo liame
entre os dois, ninguém sabe. Pode ser que sim, mas, pode ser que não. O
procedimento apuratório corre, segundo a delegada responsável pelo caso, em
segredo de justiça. Até agora o que se tem é o incômodo silêncio.
A delegada Valcilene deve dar ao
cidadão uma satisfação de que a polícia está agindo, em busca da resposta que
possa inocentar seu colega ou incriminá-lo. A dúvida que paira na cabeça do
cidadão é cruel.
O jornal é cobrado com relação ao
assunto e muitos jornalistas que militam diretamente nesse setor muito mais e,
se a sociedade não vê de parte da imprensa o interesse de dar lume ao caso,
fica a desagradável e desconfortável sensação de que ela também negligencia em sua
precípua função que é informar.
O jornal não entra no mérito se o comportamento
do empresário Trindade foi ou não correto. O Povo vítima dos facínoras o
absolveu. Para os que já foram vítimas dos bandidos ele é um herói às avessas de
um mundo cão sem lei, onde o Código de Hamurabi é a norma, baseado na lei de
Talião, “olho por olho, dente por dente”.
No caso em debate o comportamento
adotado pelo empresário sequer provoca a necessidade de se recorrer a deontologia
jurídica que se ocupa do legal e do moral, pois é óbvio que num país civilizado
onde o comportamento de cada um está margeado pela norma o que fez o empresário
foi ilegal, por isso está preso e também imoral, pois a violência gera
violência.
Hoje no Amapá, para não variar do
resto do Brasil, quem vive em prisão domiciliar é o cidadão de bem. O bandido
enquanto não é preso anda violentando as famílias, que infelizmente por falta
de vontade política dos governos não aparelham e treinam a polícia para atuar
com maior eficiência.
Não temos condições dignas para que as
polícias desenvolvam suas atividades a contendo. Falta-lhes apoio logístico e
contingente. Com absoluta certeza não há nesse País uma polícia civil ou
militar com o contingente adequado a necessidade do Estado onde está baseada. Mas,
que isso não é justificativa para que fatos como o que envolveu o delegado
Plínio Roriz fique sob o manto do silêncio. Ah...Isso não!
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