sexta-feira, 26 de julho de 2013

EDITORIAL ------------------------------------------------------------------------------

Uma satisfação a sociedade merece



Recentemente o mundo policial viu a densa nuvem de violência que envolve o Amapá aumentar. O fato descoberto  arrola crime de pistolagem. Nada de inusitado. Essa anomalia social ganha a cada dia dimensão maior, porém, o fato de envolver um policial civil, que desempenha a função de delegado e mais, no cargo de corregedor, cuja função é presidir inquéritos que envolvem denúncia contra o mau policial, isso é algo que a sociedade precisa e tem o direito de saber.

O Corregedor, delegado Plínio Roriz,tinha, de acordo com gravações telefônicas vazadas do Ministério Público suposto envolvimento com o empresário Trindade que cansado de ser a caça virou caçador e resolveu fazer justiça com as próprias mãos eliminando com a pena capital os bandidos flagrados em roubos, assaltos e outros delitos. Se há mesmo liame entre os dois, ninguém sabe. Pode ser que sim, mas, pode ser que não. O procedimento apuratório corre, segundo a delegada responsável pelo caso, em segredo de justiça. Até agora o que se tem é o incômodo silêncio.

A delegada Valcilene deve dar ao cidadão uma satisfação de que a polícia está agindo, em busca da resposta que possa inocentar seu colega ou incriminá-lo. A dúvida que paira na cabeça do cidadão é cruel.

O jornal é cobrado com relação ao assunto e muitos jornalistas que militam diretamente nesse setor muito mais e, se a sociedade não vê de parte da imprensa o interesse de dar lume ao caso, fica a desagradável e desconfortável sensação de que ela também negligencia em sua precípua função que é informar.

O jornal não entra no mérito se o comportamento do empresário Trindade foi ou não correto. O Povo vítima dos facínoras o absolveu. Para os que já foram vítimas dos bandidos ele é um herói às avessas de um mundo cão sem lei, onde o Código de Hamurabi é a norma, baseado na lei de Talião, “olho por olho, dente por dente”.

No caso em debate o comportamento adotado pelo empresário sequer provoca a necessidade de se recorrer a deontologia jurídica que se ocupa do legal e do moral, pois é óbvio que num país civilizado onde o comportamento de cada um está margeado pela norma o que fez o empresário foi ilegal, por isso está preso e também imoral, pois a violência gera violência.

Hoje no Amapá, para não variar do resto do Brasil, quem vive em prisão domiciliar é o cidadão de bem. O bandido enquanto não é preso anda violentando as famílias, que infelizmente por falta de vontade política dos governos não aparelham e treinam a polícia para atuar com maior eficiência.


Não temos condições dignas para que as polícias desenvolvam suas atividades a contendo. Falta-lhes apoio logístico e contingente. Com absoluta certeza não há nesse País uma polícia civil ou militar com o contingente adequado a necessidade do Estado onde está baseada. Mas, que isso não é justificativa para que fatos como o que envolveu o delegado Plínio Roriz fique sob o manto do silêncio. Ah...Isso não!

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