Evandro Gama
Procurador da Fazenda Nacional
Especialista em Administração Pública
evandrocgama@bol.com.br
Quatro prioridades para o
Estado do Amapá
Nós – os seres humanos –
temos quatro necessidades básicas a serem atendidas: viver, aprender, amar e deixar
um legado.
A necessidade de viver está relacionada a todos os meios
físicos e econômicos indispensáveis à sobrevivência da nossa dimensão física. Para
vivermos precisamos de um bom emprego, de uma boa alimentação, um lugar para
morarmos, roupas para vestirmos, cuidados adequados com a nossa saúde, uma
segurança pública que garanta a nossa integridade física e moral, meios de
transporte para nos locomovermos, etc.
O acesso a esses meios físicos e econômicos nos dão
segurança para seguirmos adiante, com a sensação de conforto e de sermos
tratados com justiça.
A segunda necessidade – aprender – relaciona-se com a nossa
dimensão mental, isto é, com a necessidade de desenvolvermos a nossa
inteligência intelectual, de aprendermos uma profissão, de trabalharmos a nossa
mente, de lermos bons livros, de nos reciclarmos constantemente, de sempre
aprendermos coisas novas e de desapredermos coisas que nos causam problemas na
vida.
Amar – a terceira necessidade – refere-se ao fato de que
temos a necessidade de nos relacionarmos com outras pessoas, de nos envolvermos
emocionalmente com pessoas e causas, de termos amigos, familiares, pessoas que
admiramos, confiamos e respeitamos. É a necessidade que temos de amar e de
sermos amados. Relaciona-se com a autoestima e com o respeito próprio.
Por último, temos a quarta necessidade: deixar um legado,
isto é, deixar uma história de contribuição às outras pessoas que nos cercam,
de forma que sejamos lembrados por nossas ações, por termos sido uma pessoa que
fez a diferença.
Nossos políticos e governantes tucujus não conhecem ou
fazem de conta que não conhecem essas necessidades. Se prestassem mais atenção
para essas necessidades e trabalhassem para supri-las teríamos pessoas muito
mais satisfeitas, produtivas e felizes no Estado do Amapá.
Entretanto, ainda dá tempo para criarmos esse ambiente de
pessoas satisfeitas, produtivas e felizes. Para isso, precisamos focar nossas
energias e recursos em quatro prioridades que viabilizarão o começo do
atendimento dessas necessidades básicas: saúde, educação, segurança e criação
de empregos e rendas.
O Estado do Amapá vive o caos na saúde pública, fato que se
agravou ainda mais com os problemas vivenciados pela UNIMED local. Ninguém vive
bem e com a sensação de conforto sabendo que não dispõe de serviços de saúde
com as mínimas condições tecnológicas e humanas. Sem saúde, fica comprometida
não só a necessidade de viver, mas também as de aprender, amar e de deixar um
legado. Precisamos resolver urgentemente o caos instalado.
A garantia de uma segurança pública eficiente e justa é
fundamental para se estabelecer no Estado do Amapá a paz e a tranquilidade,
requisitos indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Com paz e tranquilidade, fica mais fácil construirmos um
ambiente propício aos negócios privados geradores de emprego e renda para o
nosso povo. Chega de amadorismo! Precisamos de uma administração pública
profissionalizada e focada em resultados que gerem mais e mais empregos no
Estado do Amapá. Não dá mais para vermos os nossos Governos atrapalhando a
iniciativa privada e, com isso, impedindo a criação dos empregos tão
importantes para a elevação da autoestima e do respeito próprio do nosso povo.
Fechando o quarteto das prioridades, precisamos
profissionalizar e qualificar o ensino público no Estado do Amapá para termos
profissionais capacitados que atendam às necessidades da iniciativa privada e
do setor público, dando sustentabilidade humana ao desenvolvimento econômico
que criará os empregos tão esperados e necessários.
Num trabalhado coordenado e focado em resultados, todas as
demais áreas do Governo – esporte e lazer, cultura, assistência social,
comunicação, turismo, desenvolvimento rural, etc. – devem direcionar suas ações
para alavancarem resultados nessas quatro prioridades: saúde, educação,
segurança e criação de empregos e renda. Façamos em quanto há tempo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário