sexta-feira, 26 de julho de 2013

Evandro Gama
Procurador da Fazenda Nacional
Especialista em Administração Pública
evandrocgama@bol.com.br

Quatro prioridades para o Estado do Amapá


Nós – os seres humanos – temos quatro necessidades básicas a serem atendidas: viver, aprender, amar e deixar um legado.
A necessidade de viver está relacionada a todos os meios físicos e econômicos indispensáveis à sobrevivência da nossa dimensão física. Para vivermos precisamos de um bom emprego, de uma boa alimentação, um lugar para morarmos, roupas para vestirmos, cuidados adequados com a nossa saúde, uma segurança pública que garanta a nossa integridade física e moral, meios de transporte para nos locomovermos, etc.
O acesso a esses meios físicos e econômicos nos dão segurança para seguirmos adiante, com a sensação de conforto e de sermos tratados com justiça.
A segunda necessidade – aprender – relaciona-se com a nossa dimensão mental, isto é, com a necessidade de desenvolvermos a nossa inteligência intelectual, de aprendermos uma profissão, de trabalharmos a nossa mente, de lermos bons livros, de nos reciclarmos constantemente, de sempre aprendermos coisas novas e de desapredermos coisas que nos causam problemas na vida.
Amar – a terceira necessidade – refere-se ao fato de que temos a necessidade de nos relacionarmos com outras pessoas, de nos envolvermos emocionalmente com pessoas e causas, de termos amigos, familiares, pessoas que admiramos, confiamos e respeitamos. É a necessidade que temos de amar e de sermos amados. Relaciona-se com a autoestima e com o respeito próprio.
Por último, temos a quarta necessidade: deixar um legado, isto é, deixar uma história de contribuição às outras pessoas que nos cercam, de forma que sejamos lembrados por nossas ações, por termos sido uma pessoa que fez a diferença.
Nossos políticos e governantes tucujus não conhecem ou fazem de conta que não conhecem essas necessidades. Se prestassem mais atenção para essas necessidades e trabalhassem para supri-las teríamos pessoas muito mais satisfeitas, produtivas e felizes no Estado do Amapá.
Entretanto, ainda dá tempo para criarmos esse ambiente de pessoas satisfeitas, produtivas e felizes. Para isso, precisamos focar nossas energias e recursos em quatro prioridades que viabilizarão o começo do atendimento dessas necessidades básicas: saúde, educação, segurança e criação de empregos e rendas.
O Estado do Amapá vive o caos na saúde pública, fato que se agravou ainda mais com os problemas vivenciados pela UNIMED local. Ninguém vive bem e com a sensação de conforto sabendo que não dispõe de serviços de saúde com as mínimas condições tecnológicas e humanas. Sem saúde, fica comprometida não só a necessidade de viver, mas também as de aprender, amar e de deixar um legado. Precisamos resolver urgentemente o caos instalado.
A garantia de uma segurança pública eficiente e justa é fundamental para se estabelecer no Estado do Amapá a paz e a tranquilidade, requisitos indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Com paz e tranquilidade, fica mais fácil construirmos um ambiente propício aos negócios privados geradores de emprego e renda para o nosso povo. Chega de amadorismo! Precisamos de uma administração pública profissionalizada e focada em resultados que gerem mais e mais empregos no Estado do Amapá. Não dá mais para vermos os nossos Governos atrapalhando a iniciativa privada e, com isso, impedindo a criação dos empregos tão importantes para a elevação da autoestima e do respeito próprio do nosso povo.
Fechando o quarteto das prioridades, precisamos profissionalizar e qualificar o ensino público no Estado do Amapá para termos profissionais capacitados que atendam às necessidades da iniciativa privada e do setor público, dando sustentabilidade humana ao desenvolvimento econômico que criará os empregos tão esperados e necessários.
Num trabalhado coordenado e focado em resultados, todas as demais áreas do Governo – esporte e lazer, cultura, assistência social, comunicação, turismo, desenvolvimento rural, etc. – devem direcionar suas ações para alavancarem resultados nessas quatro prioridades: saúde, educação, segurança e criação de empregos e renda. Façamos em quanto há tempo!

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