EDITORIAL
A
agonia da moral e da política
O Brasil é um País de politiqueiros. A frase soa
pessimista e infelizmente tornou-se fluente por culta de alguns senhores e
senhoras que se arvoraram neste mundo ideológico. Grandes mestres do pensamento
como Aristóteles diziam que a política é intimamente e fundamentalmente ligada
à moral, mas se afasta dela por uma, ser parte do indivíduo e a outra tratar da
coletividade. Em resumo, têm-se no contexto a moralidade como pano de fundo. O
que diria o pensador grego hoje, vendo sua política há tanto tempo pensada para
organizar o coletivo e aplicada por seres morais, ser destroçada e transformada
em uma derivação do censo comum, a politicagem? O que teria ocorrido com o
passar dos anos? O homem se perdeu em seus princípios éticos? Deixou de lado
valores antes cultuados? Isto aconteceu devido a que? As perguntas são
inúmeras. Temos aqui um imenso problema filosófico digno de um tratado. O que
não temos é espaço para responder a tudo, mas tentaremos ao menos resumir a causa mortis da moral. Nietzsche, outro
grande pensador mais recente que Aristóteles declarou: “Deus está morto”. Teria
antes disso já pensado que moralmente quem morreu foi o homem que usa sua
faculdade de raciocínio para tramar sua ascendência mesmo que para isso tantos
quantos forem necessário tombem nas várias interpretações que esta palavra
apresenta. Saindo da Grécia de Aristóteles e da Alemanha de Nietzsche pousemos
nosso olhar em nosso Amapá. Apesar de tanta selva, rios e distância não nos
livramos da queda da moral humana. Fomos levados de bandeja como escândalo para
o resto do País pela politicagem de um senador cassado por compra de votos, o
primeiro do Brasil. Pouco tempo depois é ele, o mesmo, que aparece envolvido em
outro escândalo, o pagamento de propina a outros políticos. É o colapso da
moral e da política. Na outra ponta da “corda” se oferece carrinho de lanches
em troca de votos abusando do poder capital e da desigualdade econômica que
deixa a grande inculta refém de qualquer proposta indecente. A moral novamente
convulsiona-se. A Lei é a foice direcionada pela Jus
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