sexta-feira, 23 de agosto de 2013


Expectativa de vida

            Expectativa de vida é o número esperado (no sentido estatístico) de anos de vida restantes em determinada idade. Numa dada população a expectativa de vida ao nascer ou esperança de vida à nascença, é o número médio de anos de um grupo de indivíduos nascidos no mesmo ano que podem esperar viver, se mantidas, desde ou seu nascimento, as taxas de mortalidade observadas no ano de estudo.
            A expectativa de vida no nascimento é também é um indicador de qualidade de vida de um País, uma região, um município ou localidade. A implementação de políticas públicas que venham combater a pobreza, são indicadores relevantes para o crescimento da expectativa de vida.
            O Brasil aumentou a expectativa de vida de 62,5 anos, em 1980, para 73,7 anos, em 2010, o que equivale a um crescimento de 4 meses e 15 dias de vida por anos, em média, ao longo das últimas três décadas. Isto representa um aumento de 11,24 anos de 1980 para 2010. Os dados fazem parte das Tábuas de Mortalidade por Sexo e Idade – Brasil, divulgado pelo IBGE em no último dia 02 de agosto. Ela faz comparações com indicadores das tábuas de 1980, apresentando um panorama das mudanças nos níveis e padrões de mortalidade no período de 30 anos. Mesmo com este resultado, o Brasil ocupa o 91º lugar no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a expectativa de vida.
            Na América do Sul, o Chile está na 34ª posição e a Argentina, na 59ª. No grupo Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o país fica atrás apenas da China (70º). Depois do Brasil, estão Rússia (134º), Índia (149º) e África do Sul (179º).
            Ainda com base no estudo, fazendo uma análise pelas regiões do Brasil a que apresentou a mais alta taxa de expectativa de vida em 2010, foi a Sul (74,84 anos), seguida da Sudeste (75,40), Centro-Oeste (73,64 anos), Nordeste (71,20 anos) e por fim a Norte (70,76 anos).  Entre os Estados, Santa Catarina foi o que teve o maior crescimento tanto em homens (73,77) como em mulheres (79,90). No total, ficou com 76,80 anos. A menor taxa foi encontrada no Estado do Maranhão (68,69). Mesmo com a menor taxa o Maranhão vem melhorando timidamente. A esperança dos maranhenses de chegarem em 1991 à terceira idade era 4,20, em 2000 passou para 4,88 e em 2010 atingiu o índice de 6,02. Isto significa dizer que, já bem pior.
            Aqui no Amapá, a esperança de vida ao nascer para a população de ambos os sexos, ficou em 72,47 anos (72 anos, 5 meses e 19 dias). Como em 1980, a expectativa de vida foi de 60,13 anos (60 anos, 1 mês e 16 dias), houve neste período, um acréscimo de 12,34 anos (12 anos, 4 meses e 2 dias). Com esse resultado, o Amapá ocupa a 13ª maior expectativa de vida entre os Estados brasileiros e 1ª colocação entre os Estados da região Norte.



Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais.

               
                Outra informação que mostra o estudo, é a expectativa de vida das mulheres (77,3 anos) foi superior à dos homens em 7,1 anos. Em 1980, essa diferença era de 6 anos. Segundo o IBGE, o acréscimo é reflexo da maior exposição da população masculina a mortes extremas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamento, etc).
            Aqui pelas terras tucujus do nosso Amapá, a probabilidade de um homem de 20 anos não atingir os 25 anos é 2,5 vezes maior do que esta mesma probabilidade para a população feminina.  Ficando bem abaixo da média nacional que é de 4,5. Entre 1980 e 2010, o acréscimo relativo neste indicador foi de 56,5%, era 1,6 vezes há 30 anos. O Amapá apresenta a menor proporção de sobre mortalidade masculina de 20 a 24 anos.
            Como podemos constatar, a população amapaense também aumentou à expectativa de vida e está envelhecendo. O Amapá na região Norte obtém o primeiro lugar, para que isso acontecesse foram vários os fatores que contribuíram para tal desempenho. Agora cabe aos nossos governantes, Estados e municípios implementarem políticas públicas para que os mais velhos que tenham seus direitos respeitados. Isso ainda aqui no Amapá, precisamos avançar muito em vários aspectos.



            Adrimauro Gemaque (adrimaurosg@gmail.com)
           
           









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