sexta-feira, 30 de agosto de 2013

sO pROPAGANDA

Mutirões anunciados na saúde pelo governo não passam de fracasso







Reinaldo Coelho
Da Reportagem

A falta de equipamentos básicos e medicamentos tem transformado a estratégia de propaganda eleitoreira do governo com os mutirões da saúde em mais uma falha administrativa. Na última ação anunciada, dos 70 procedimentos operatórios previstos na área da ortopedia, apenas 25 puderam ser feitos devido à deficiência enfrentada pelos médicos. Mas a deficiência está em todas as frentes médicas por conta da falta de estrutura. Um dos exemplos é a oncologia, onde faltam médicos e medicamentos. A radioterapia, um dos procedimentos do tratamento, tem que ser feita fora do Estado. A espera dos pacientes chega a mais de sessenta dias para autorização da viagem.

Indo para o Hospital Maternidade Mãe Luzia (HMML), a situação também é precária e foi denunciada esta semana pelo Presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/AP), Aureliano Pires. “O fator que me chamou a atenção foi durante a visita realizada, que ao entrar no hospital o primeiro impacto é um forte fedor de esgoto que exala pelo hospital, e que segundo os funcionários, vem ocorrendo há vários dias. O resultado pode ser uma infecção generalizada nos recém-nascidos e pacientes”, relatou Aureliano.

E agora governador?

Com tudo isso caindo no colo do governador Camilo Capiberibe (PSB), a equipe do “tem que se remediar o irremediável”, montou uma estratégia para tapar a visão e a fala da população. A primeira foi a ação “Governo Perto de Você”, onde a SESA acompanha equipes do PPA aos municípios fazendo consultas oftalmológicas, de clínicos gerais e pediatras, além do atendimento com dermatológicas, imunização e exames clínicos de glicemia, colesterol, HIV e aferição da pressão arterial.

Mutirão ortopédico

O enfermeiro Regiclaudo Alencar diretor do HE
A reportagem do Tribuna Amapaense esteve no Hospital de Emergências e conversou com o diretor, o enfermeiro Regiclaudo Alencar. Sobre o mutirão ortopédico ele respondeu que “o governador pediu que fosse feito o mutirão, até que a ampliação da rede física aconteça”. Segundo ele, foi a forma encontrada para amenizar a demanda das vítimas de acidentes de trânsito, que vem aumentando a cada dia. O detalhe, é que sem material não há como realizar os procedimentos. Cerca de 45 pessoas estão internadas hoje no Hospital de Emergências aguardando por cirurgia. Foram programadas no mutirão da semana passada, 70 procedimentos, mas apenas 25 puderam ser realizados.  
secretária da SESA Olinda Consuelo

Com relação à verba para o mutirão, o diretor explicou que sempre dispôs de verba, e que o procedimento para pagar os médicos funciona pelos plantões. Além da falta de equipamentos, a ausência de profissionais contribuiu para o fracasso do mutirão ortopédico. A Secretária de Estado da Saúde, Olinda Consuelo confirmou a deficiência em entrevista na mídia local. Faltaram anestesiologista e  ortopedista.

 VEJA O QUADRO DE ESPERA NO HE DE MACAPÁ





















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