sexta-feira, 6 de setembro de 2013

DE FRENTE COM O CÂNCER

Como lidar com a depressão no tratamento contra o câncer - Parte II

Ajuda da família
A família exerce também um papel muito importante para a identificação da depressão ou no tratamento dela.
"Ela pode identificar que o paciente não consegue mais dormir, fica chorando pelos cantos, não tem vontade de fazer mais nada e procurar um especialista. Se toda vez que tocar no assunto o paciente chora, é preciso procurar ajuda", explica.
"O papel da família é acolher a angústia do paciente. Em alguns momentos, a família deve ouvi-lo. Em outros, ela precisa ser mais dura, impor algumas coisas, como dizer que não é só tristeza, mas o paciente está melhorando", conta a psicóloga, ressaltando que o mais importante é que a família não tentar dar conta disso sozinha. É necessário procurar ajuda profissional.
E em alguns casos quem precisa de ajuda é a própria família. "Eles podem não dar conta do sofrimento, não conseguir ver o paciente chorar e passar pelo tratamento. Para esses casos eu também recomendo a psicoterapia", diz.
O oncologista confirma que a família e amigos são fundamentais. "Eles podem dar todo o suporte, podem acompanhar as consultas e os procedimentos, procurar os melhores serviços de excelência não só oncológicos, mas também psiquiátricos", afirma.

Tratamento
Maluf explica que os medicamentos para depressão são importantes no tratamento.
"Os antidepressivos raramente interferem no tratamento contra o câncer. Somente alguns tipos podem interferir em alguns hormônios para o tratamento do câncer de mama", explica o oncologista, ressaltando que é o médico quem vai avaliar e indicar o ideal.
Lívia recomenda sempre uma avaliação psicológica e sessões de terapia semanais. "A depressão pode ser revertida, então é importante procurar ajuda logo no início dos sintomas", diz.
"O paciente começa a entender que as coisas vão mudar, que ele não é o câncer, mas que a doença é somente um processo. É importante que o paciente entenda que eles continuam desempenhando outros papeis na vida, como pai, mãe, filho ou profissional. A vida dele não gira somente em torno da doença", encoraja.

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