sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Editorial

Editorial--------------------------------------------------------------

Diante da atual situação pela qual passa o Estado, todos os dias novas revelações escabrosas têm aparecido deixando ainda mais às claras todo o desmando, falta de competência e humanidade de uma gestão que definitivamente não estava pronta para assumir e conduzir as rédeas do Amapá. A eleição, como se sabe, caiu de para quedas no colo de Camilo Capiberibe que no desfecho da campanha de 2010 aparecia somente à frente do candidato do PSTU. Com seu discurso pálido, não conseguia passar a segurança de um líder (ainda não consegue), o que o distanciava o tão almejado trono do Setentrião. 

Mas aí vieram os desfechos que todos sabem com a Operação Mãos Limpas. Com o revira volta, Camilo assume a cabeça da fila praticamente sem adversário. Cresceu a apareceu se aproveitando da fragilização de quem se opunha a ele. O povo, tomado pelo ópio de um discurso montado na moralidade e na salvação do Estado caiu no conto do governador da varinha de condão que prometeu de tudo e até hoje não cumpriu nada. 

Começava ali, a gestão da propaganda, do mundo virtual, do que só dá certo nos roteiros publicitários de frases feitas e ensaiadas repassadas a atores maquiados e figuração dirigida. A gestão "luzes, câmera, ação" é um desastre. Quando o filme para de rodar, a realidade aparece nua, crua e em branco e preto. Uma realidade enfrentada todos os dias por uma população que sofre mais e mais. 

A última prova disso veio dos pacientes renais crônicos submetidos ao doloroso e complexo tratamento no setor de nefrologia do Hospital das Clínicas Alberto Lima, para onde deságua toda a incompetência da gestão de Camilo Capiberibe e de sua secretária de Saúde, uma enfermeira fiel às ordens do PSB e que já demonstrou isso em outra época forjando cenário para uma gravação onde o pai do atual governador, o senador ficha suja João Capiberibe posava como super herói. A diferença é que os relatos dos pacientes renais não têm nada de fictícios. Segundo eles, não existe gaze para curativos e nem sequer seringas para aplicação de medicamentos. Os depoimentos são reforçados por declarações do próprio responsável pelo setor, que se declarou cansado de presenciar tantas atrocidades praticadas contra inúmeras vidas. Em uma das declarações ele diz que não teme represálias, apesar de saber que elas virão e que o único pedido que faz é que o governador substitua a atual gestora da saúde. Olinda Consuelo é a mesma que declarou aos deputados na Assembleia Legislativa, que a saúde do Amapá vive seu melhor momento. Ela, claro, é uma das atrizes das peças publicitárias esquizofrênicas do governo que custam nada menos que R$ 28 milhões. Ela também é a mesma que comprou medicação contra o câncer por R$ 1,9 mil, enquanto o valor real era de R$ 48. Enquanto isso, distante das luzes, câmeras e roteiros de um Estado que só existe na cabeça da corte do governador, o povo enfrenta todos os dias mais um capítulo da vida real.       

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