Diabos vermelhos: hábeis sofistas
A vítima mais recente do "Diabo Vermelho" Miguel do Rosário foi Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Barbosa conduziu com extrema responsabilidade, e estribado no estamento jurídico que preconiza o Direito Penal pátrio, o julgamento dos larápios que comandaram o esquema de corrupção política no Congresso Nacional com a compra de parlamentares, que venderam suas consciências para atender, sob todos os parâmetros e aspectos, a vontade do governo Lula.
Meu Deus!!! Nem o corrompido Roberto Jefferson (PTB/RJ) dizendo que havia corruptores no governo, e que a "tramamoca" era chefiada por José Dirceu, com ajuda de Delúbio Sores, Marcos Valério, José Genoíno e outros, serviu para convencer o ministro Luis Roberto Barroso. Para ele, tudo não passou de um revanchismo de alguém que constrói sua carreira na mais alta corte da Justiça Brasileira, estribado no ódio e na subserviência dos tubarões do capitalismo e a mídia corporativa.
Dirceu, pobre Dirceu... Coitado desse homem. Pacificador por excelência. Defensor intransigente da democracia e da liberdade de expressão. Amigo de Fidel Castro e Hugo Chaves (falecido). Ditadores de Países que vivem sob a égide da democracia. Quanta ironia. Nem Gabriel Garcia Marquez seria capaz de imaginar um país tão surreal quanto o Brasil de Lula da Silva.
Joaquim Barbosa, nascido em Paracatu, noroeste de Minas Gerais, primogênito de uma família de oito irmãos. Filho de pedreiro com dona de casa, que passou a ser arrimo de família com a separação dos pais. Aos 16 anos foi para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense. E terminou o segundo grau, sempre estudando em escola pública.
Entrou na Faculdade de Direito sem necessitar de cotas. Obteve seu bacharelado em direito na Universidade de Brasília, onde em seguida obteve seu mestrado em Direito do Estado. Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores, tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, na gélida Finlândia.
Barbosa foi advogado do Serpro, aprovado em concurso para Procurador da República. Sedento de saber, licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos, obtendo mestrado e doutorado em Direito Público, pela Universidade de Paris - II (Pantehón-Assas). Retornou ao cargo de Procurador no Rio de Janeiro e lecionou como professor concursado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
O doutor Joaquim também foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia, em Nova York. Se isso é pouco, ele é fluente em alemão, francês, Inglês e espanhol. Com tais predicados e qualificações, esse homem é inservível ao Brasil do Miguel do Rosário. Quem presta é Dirceu e sua trupe.
Miguel do Rosário sataniza Lampião e diz que a comparação com Dirceu é idiota. A comparação foi feita pelo Ministro Luiz Fux. Chama Lampião de facínora porque um sertanejo, acossado pela exploração do coronelismo imperante no Nordeste e Norte brasileiros do início da República, resolveu pegar em armas e dizer não à opressão. É bandido na visão de Rosário. E Dilma Rousseff, a presidente do Brasil. Não pegou em armas? Não seqüestrou? Nunca matou uma mosca etc., e tal. La Rousseff lutava contra o que? Opressão? É facínora e bandida? Ou o vento que venta lá, não venta cá Rosário?
Os petistas vangloriam-se de ter a propriedade do partido da preferência dos brasileiros. É verdade. São hábeis sofistas. Num país onde o índice de analfabetismo ainda nos envergonha. Isso é natural, diabos vermelhos?
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