sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

EDITORIAL

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A invasão do mundo estático

As redes sociais como o Facebook, twitter, whatsapp e outras que existem hoje por aí, foram criadas com o propósito de aproximar pessoas, facilitar a comunicação e proporcionar entretenimento. Milhões de pessoas em todo o mundo se utilizam de tais mídias bastando para isso apenas um celular conectado à internet. A Sociologia diz que a comunicação virtual é imediata sim, ao mesmo tempo que é fria e impessoal. Trata-se de um mundo estático, de imagens fixas e frias.

Por outro lado, são as facilidades do moderno mundo cibernético com o qual não se podia contar há ao menos vinte anos. Vivemos hoje em um mundo transformado pela tecnologia, que a cada dia fica mais dinâmico e imediato, com capacidade para acompanhar a velocidade dos acontecimentos. Estes são os pontos positivos da virtualidade. Infelizmente, existem os negativos. 

Esta semana, a população deste mundo virtual testemunhou situações que deixaram muita gente assustada. Bandidos se utilizaram das redes para infiltrar nelas o terror. Ameaças a policiais, promessas de vingança e mais assaltos fizeram com que o medo aumentasse ainda mais. 
Na edição passada tratamos basicamente deste medo nascido da insegurança de um Estado que deixa o cidadão desprotegido enquanto bandidos ditam ordens. Um Estado constituído de fato e de Direito, que hoje vem se curvando a outro Estado, este, gerido por bandidos. O cidadão do mundo real vive com medo, apavorado, desconfiado com todos, já não sai e quando o faz se impõe restrições. É um estado de nervos tão delicado que o homem passou a ter medo de outro homem.  


A partir da invasão de bandidos nas redes sociais passamos a pensar que, nem mais no mundo virtual estamos seguros. De lá, por trás de perfis falsos ou até mesmo de verdadeiros, bandidos também nos intimidam. Onde então o cidadão vai estar seguro se eles se sentem à vontade para ameaçar nada menos que a força repressiva incumbida de oferecer proteção no Estado de Direito? Perguntas não faltam, feitas por todos nós, o que faltam são respostas aguardadas pacientemente enquanto o medo em cada um, apenas aumenta. 

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