sexta-feira, 14 de março de 2014

ATLETA DE PONTA

Régis Sanches

Samantha Maia - Kitesurf
No "pico" da Beira Rio



Esculpida em sessões diárias de musculação e pilates, ela cultiva qualidade de vida com respeito e integração mente-natureza. Assim é Samantha Maia, 29 anos, nascida em Macapá, considerada uma das beldades amapaenses. Mas, desistam. Ela tem namorado. E sua grande paixão é o kitesurf, esporte radical dos adeptos por pipa, surf e vento.
Após a primeira temporada, Samantha diz não viver mais sem "aquela adrenalina" proporcionada pelo esporte. Se há vento forte, Samantha pode ser vista montando seu equipamento no "pico" do kitesurf: o Rio Amazonas, nas imediações do Trapiche Eliezer Levy, na Beira Rio.
"Dentro d'água me sinto integrada à natureza e tenho picos de adrenalina. A sensação é indescritível. Mesmo quando saio do rio ainda me sinto adrenalizada por algum tempo", define a primeira kitesurfista amapaense.Tamanha dedicação lhe rendeu uma homenagem, prestada recentemente, durante a última regata, pelos integrantes da Associação dos Velejadores do Amapá (AVAP).
Samantha conta que começou a flertar com o esporte, cujo equipamento não é barato, há dois anos. "No princípio, fui atraída pelas pipas que coloriam a orla da Beira-Rio", lembra. "Ficava admirando os rapazes curtindo em cima das pranchas, manobrando o trapézio, e decidi entrar para a família kitesurf".
Adepta de musculação e pilates, a musa do kitesurf também já atuou como ring girl em eventos do JungleFight, o maior da categoria de MMA na América Latina. "Fui convidada e estive em São Paulo, Belém e em Macapá", conta.
Quando decidiu aderir ao kitesurf, ela fez um curso intensivo de duas semanas. "Eu já tinha um bom condicionamento físico, essencial para a prática do kitesurf, tive aulas teóricas e aprendi as principais manobras, especialmente as de segurança, como o bodydrag".

Única mulher amapaense a integrar a "família kitesurf", Samantha afirma que "sem vento, nem pensar em montar o equipamento para entrar na água".  Ela explica que em Macapá a alta temporada do esporte vai de agosto a dezembro. "É quando o vento sopra forte e podemos curtir a nossa adrenalina", conclui.

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Picos do kitesurf no litoral brasileiro
Ceará - Jericoaquara e Cumbuco
Rio de Janeiro - Barra da Tijuca
Pará - Salinas, Mosqueiro e Outeiro
Amapá - Beira Rio (Macapá); Goiabal (Calçoene)
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Esporte caro

Kitesurf não é um esporte para quem depende da Bolsa Família. Somente o curso, que dura em média três semanas, custa de R$ 1 mil a R$ 2 mil. O preço do equipamento é mais salgado: varia entre R$ 3 mil a R$ 6 mil. É composto por prancha, colete de segurança, trapézio e pipa.
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n Manobras de kitesurf
Back roll – Cambalhota para trás
S bend – Parafuso com o corpo para frente
S bendtoblind – Parafuso com o corpo para frente pousando de ré
Kiteklooping – Fazer o kite dar a volta completa no ar no sentido oposto ao trajeto
kiteloopingnandlepass – Fazer o kite dar uma volta completa para trás, na mesma manobra, trocar a barra de comando pelas costas
Jibe – Como no windsurfe,é quando o kitesurfista troca de base para mudar o sentido em que estava velejando
Orçar – Velejar contra o vento
Mortal – No salto, o atleta gira uma ou mais vezes antes de cair na água de novo
360 graus – Giro inteiro sobre o próprio eixo
Deadman – O kitesurfista prende os pés no trapézio (barra de controle) e fica supenso de cabeça para baixo
Heart attack – O kitesurfista tira os pés da prancha e a segura numa das mãos, enquanto a outra segura o trapézio.


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Nicole, 14 anos, kitsurfistarevelação

 Com apenas 14 anos, Nicole Góes é a mais jovem velejadora do Amapá. Apesar da pouca idade, já faz altas manobras. Nicole é o espelho de Samantha, que a descreve: "Ela é a menina revelação do kitesurf".
Como sua parceira mais experiente, a kitesurfista precoce também é multiatleta. Além de jogar futebol, é faixa preta de taekwondo, arte marcial de origem coreana.

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