sexta-feira, 14 de março de 2014

Município de Santana

Município de Santana

Santanenses estão literalmente no buraco




Chuva, buraco e falta de drenagem de água pluvial é o caos de qualquer logradouro de uma cidade. Mas quando essa via é castigada pelo tráfico ininterrupto de caminhões e carretas, isso transforma a vida dos moradores numa sucursal do inferno. É o que vem acontecendo no vizinho município de Santana. Eles dizem que as reclamações tornaram-se rotineiras, já que a buraqueira tomou conta de praticamente toda a cidade. A situação das vias do município de maneira geral é caótica. Na Rua Claudio Lúcio Monteiro, considerada uma das principais vias de Santana, por exemplo, não há mais espaço para o tráfego de veículos.


Desde o acidente ocorrido no porto da Anglo Ferrous - hoje Zamim Amapá -, em março de 2013, o manganês passou a ser levado para o porto da Companhia Docas de Santana, onde está sendo embarcado para exportação. O transporte é feito em caçambas que trafegam pela Rua Claudio Lucio Monteiro, passando pela Av. Odércia Marques Pereira, no Novo Horizonte, até o pátio das Docas. A movimentação dos veículos é intensa diuturnamente, o que tem causado muito transtorno, não só pelos buracos que os veículos acabam ajudando a aumentar, mas, principalmente, pelo pó que se solta do minério. 
Segundo os moradores, as carretas espalham pó preto de minério pelas vias, o que tem provocado reclamações, já que o produto é prejudicial à saúde. "É um pó preto, que gruda nos carros, imagina nos nossos pulmões", reclamou o ex-deputado Félix Ramalho.

Poeira x lama

Durante o verão, a reclamação era relacionada à poeira que se formava com o resto de manganês que caía dos caminhões. Um carro-pipa contratado pela prefeitura jogava água nas vias para minimizar a situação. No período invernoso, a lama e os buracos são a principal reclamação da população.
 A prefeitura de Santana realizou junto com a mineradora um recapeamento asfaltico, considerado pelos moradores, um serviço paliativo.
A situação calamitosa da  Av. Odercia Marques Pereira, no bairro Novo Horizonte, no entanto, não mudou. Por essa razão, na última segunda-feira (10), moradores fecharam um trecho da via por onde trafegam as caçambas transportando minério.
A população reclama que enormes crateras se formaram na entrada da avenida por causa do tráfego dos veículos. Nas margens da via, o minério de ferro que caiu das caçambas está acumulado, impedindo o escoamento da água que não tem mais para onde vazar, já que os dois esgotos existentes no cruzamento com a Rua Claudio Lucio Monteiro estão entupidos.
Moradores dizem que por conta do transportes de minério de ferro, vários problemas começaram a surgir na comunidade, como a contaminação dos poços amazonas. Segundo eles, a água está imprópria para o consumo.
Eles reclamam também dos prejuízos que alguns comerciantes da avenida estão tendo por causa do lamaçal que se formou na via. O autônomo Juarez Lopes, que trabalha com a venda de açaí, disse que depois que a avenida ficou intrafegável, boa parte de sua clientela sumiu.
Na terça-feira (11), funcionários da mineradora responsável pelo transporte de minério de ferro estiveram na avenida para tentar liberar a via utilizando tratores. Eles conversaram com os manifestantes, e a empresa comprometeu-se em resolver parte dos problemas, como a desobstrução do esgoto, a retirada do minério acumulado às margens da avenida e a lavagem da mesma a cada dois dias.
A empresa informou que a pavimentação asfaltica é de responsabilidade do Município. Nenhum representante da prefeitura compareceu ao local para ouvir as reivindicações dos moradores.


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Moradores da Rua Machado de Assis, no bairro Hospitalidade, em Santana, estão cobrando da prefeitura melhorias para dois trechos da via que se encontram intrafegáveis. Segundo eles, antes da chegada das chuvas, o problema eram os buracos e muita poeira, mas, agora, a situação piorou com várias poças de lama que acabaram se formando nos locais, dificultando o acesso de quem precisa trafegar pela rua.
 Um dos pontos fica localizado entre as avenidas Dom Pedro I e Rio Branco, onde uma "lagoa" toma conta de toda a extensão da via. O acesso dos pedestres é feito por um pequeno trecho de terra improvisado pelos moradores.

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