sexta-feira, 14 de março de 2014

DE TUDO UM POUCO

Juracy Freitas - j.freitas_mcp@hotmail.com


QUAL O DESTINO DE NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO AMAPÁ?

Na edição passada (1/3/2014) avoquei como introdutório mensagens da Carta Pastoral "Gaudium et Spes", escrita a 49 anos, tangente ao compromisso da Igreja no tocante a valorização da juventude como elemento indutor de novas mentalidades, desde que a elas fossem dadas as devidas atenções pela Família desde a infância e pelo Estado, quando adolescentes, a fim de que obtenham maturidade e compreensão de suas importâncias no mundo em construção.
A Igreja e o Estado têm responsabilidades comuns e paralelas, pois um ente complementa o outro. O Papa João Paulo II, no Documento de Puebla ( maio de 1979 ), assim se referiu à Família : " Fazei todos os esforços para que haja uma pastoral familiar. Atendei a esse campo tão prioritário com a certeza de que a evangelização no futuro depende de grande parte da " igreja doméstica '. É a escola do amor, do conhecimento de Deus, do respeito à vida, da dignidade do homem ".
De que igreja doméstica se referira o Papa, senão a Família, alicerce da sociedade humana e construída sobre três granes colunas : Formadora de pessoas; Educadora na Fé; e Promotora do Desenvolvimento. De que vale esse esforço da Igreja se lá fora a sociedade não oferece a segurança necessária á formação intelectual dos adolescentes? De que vale o esforço da Família na preparação da criança se a sociedade não garante sua inserção na passagem pela juventude em formação para a adolescência? É nessa fase da vida - a adolescência, que se  prepara o homem ( homus sapien ) do futuro.
Há que conscientizarem-se a Família, qualquer que seja seu status social e econômico, e o Estado, ente responsável pela organização das políticas públicas, na direção de que cada individuo cumpra com mais solicitude o seu dever de consciência, tanto para consigo mesmo, tanto para com os mais diversos grupos dos quais é membro, deve ser educado com diligência para uma cultura mais vasta do espírito, valendo-se dos recursos que hoje estão ao alcance do gênero humano. Antes de tudo deve-se organizar de tal maneira a educação dos jovens, seja qual for sua origem social, que surjam homens e mulheres não somente cultos mas também de personalidade forte, como se exigem urgentemente em nossos tempos.
A adolescência é o período da vida humana que sucede à infância, começa com a puberdade e se caracteriza por uma série de mudanças corporais e psicológicas, que se inicia, mais ou menos, a partir dos 12 anos de idade, indo até os 20 anos, segundo consta do Dicionário Aurélio. Essa passagem, dizem os psicólogos, é comparada a uma semente, que plantada em terra fértil germinará e produzirá bons frutos, desde que a ela sejam dados todos os cuidados necessários ao seu desenvolvimento, tanto de robustez quanto de qualidade do fruto, caracterizando, enfim, boa produtividade. Ao contrário, se esses elementos faltarem, então a sociedade não terá bons frutos na colheita. Então o que fazer com esses frutos que não nasceram em terras férteis?
A sociedade pode julgá-los sem que as causas tenham sido buscadas e analisadas individualmente, sem paixões sectárias, sem desprezo pela cor, credo ou condição social? Há, também, de buscar-se nessa mesma sociedade comparativista e discriminadora, da versão de que somente os meus prestam, se o Estado foi omisso no cumprimento de suas obrigações constitucionais? Se esse mesmo Estado negligenciou no tratamento igualitário das benesses públicas ou se, de alguma forma, desviou a finalidade de suas ações básicas de educação, edificando boas escolas e profissionalizando mais e cada vez mais os professores? 
Vejo, como Pai, Profissional, Professor e Educador, que o caminho do julgamento das ações protagonizadas pelos adolescentes hoje, não representam somente a vontade de fazer ou de executar atos públicos que são reconhecidos pelas " autoridades " como de vandalismo, ou até mesmo do cometimento de crimes contra pessoas ou do patrimônio público e privado, caracterizado pelos furtos e roubos, como são tipificados no Código Penal Brasileiro, mas que em grande parte, esses atos fluem da carência familiar onde pais não têm trabalho e alguns nem profissão; onde a família é desestruturada pela ausência do pai que envereda pelos caminhos do vício e abandona-os a própria sorte. A verdade da inocência ou a certeza da culpa têm que ser buscados no passado de cada personagem e a eles dada a sentença justa.
Continua sábado, 15.

Para reflexão semanal : Dia 8 de março, é declarado Dia Internacional da Mulher. " Benditos somos nós Homens, porque nascemos do ventre santo da Mulher ". 

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