GEA convalida esquema escravagista de Fidel e PT
Régis Sanches
regis.sanches@yahoo.com.br
Que a saúde pública no Brasil é caos, qualquer indigente sabe. Mas, em vez de sanar as deficiências, o governo petista de Dilma Rousseff criou um mirabolante programa batizado de Mais Médicos e importou profissionais de outros países. Não aceitou sequer que entidades da categoria como a Associação Médica Brasileira aplicassem um exame de capacidade naqueles que estavam sendo recrutados, acusando estas entidades de serem corporativistas.
O programa foi criado praticamente para trazer mão-de-obra barata de Cuba. Pior, ainda, o tal programa não passa de um esquema para explorar o trabalho dos médicos cubanos, algo bem parecido a um regime de escravidão. Fosse este tipo de programa aplicado a alguns trabalhadores brasileiros e os sindicatos estariam fazendo protestos contra "a selvagem exploração capitalista da mão-de-obra".
Enfiado goela abaixo, o Mais Médicos foi implantado no Brasil. Não demorou muito tempo, porém, para uma das vítimas denunciar o esquema. A médica Ramona Rodriguez entrou na Justiça com uma ação trabalhista para pedir indenização por 'danos morais'. Ela se disse enganada por falsas promessas e agora quer receber a diferença do salário de R$ 10 mil oferecido pelo governo brasileiro que, segundo a médica, não foi pago a ela durante os quatro meses em que trabalhou no país.
Realmente, não é preciso ser nenhum economista para ver que esta forma de pagamento não passa de um simulacro de salário. O Brasil assinou um acordo com o governo de Cuba de pagar R$ 10 mil de remuneração para cada médico enviado. A fim de disfarçar o esquema escravagista, foi usada como intermediária da operação a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde).
Um salário de $4,200 já é pouco para manter-se no Brasil. Mas a coisa piora mesmo, conforme revelou Ramona Rodriguez, quando ela recebia US$ 400 (menos de R$ 1,000) e outros US$ 600 (quase R$ 1,500) iam para Cuba, depositados mensalmente em uma conta em Cuba e entregues aos profissionais somente após o término do contrato com o governo brasileiro. Ou seja, uma clara violação aos direitos humanos, uma vez que retém o dinheiro ganho com o suor do trabalhador, como é o caso desta médica.
A cubana trabalhou pelo programa Mais Médicos na cidade de Pacajá (PA) durante quatro meses. Na ação, Ramona além do ressarcimento, alegará danos morais, sob o argumento de que teve a honra atingida por ter sido "discriminada" em relação aos médicos de outros países.
Mais cubanos
chegam a Macapá
para ser explorados
Apesar da evidente maracutaia, o Governo Federal continua despejando médicos cubanos Brasil afora. Na quinta-feira, 6, a coordenadora estadual do programa, no Amapá, Marianne Seabra, anunciou a chegada de 22 médicos. Eles se juntam aos 68 profissionais da terra de Fidel Castro que já atuam no estado. Segundo Marianne, irão atuar na atenção primária aos pacientes, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), responsabilidade dos municípios.
No mesmo dia, o Governo do Amapá assinou convênio com a Prefeitura de Macapá para a reforma das UBS do município. Duas ótimas notícias para os doentes que padecem em filas no Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL) e estão amontoados nos corredores do Hospital Estadual de Emergência (HE).
Não é o que parece. Se os médicos cubanos irão atuar nas UBS, de que forma devem fazê-lo, já que esses estabelecimentos, pelo menos em Macapá, ainda serão reformados?
Marianne Seabra não respondeu a essa pergunta. Até porque no release encaminhado às redações, ela limitou-se ao seguinte argumento: "A vinda dos médicos cubanos tem refletido na melhoria dos serviços oferecidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS's) e postos de saúde, de responsabilidade da atenção primária", finalizou.
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