sexta-feira, 25 de abril de 2014

ARTIGO DO GATO

Roberto Gato

Quem poderá salvar o Amapá


Essa é uma pergunta que deve martelar o cérebro de muita gente, principalmente daqueles que possuem um pouco de massa crítica e conhecem a estrutura administrativa de uma República e, portanto, sabem distinguir a função de cada uma das instituições.
O Amapá chega a parecer um território deslocado do Brasil, onde a legislação nacional não vale, ou que as instâncias superiores jamais se ocuparam com as coisas daqui. Então, absurdos são praticados sob a égide de uma impunidade ofensiva. Vejam: o Tribunal de Contas do Estado do Amapá divulgou relatório, demonstrando que no período de 2006 a 2009 houve desvio de recursos, pagamentos indevidos e superfaturados e ... o que acontece?
O Tribunal de Contas da União vem ao Amapá apresentar um relatório apontando compras de medicamentos superfaturados e ... O que acontece? Uma escola no centro da cidade está com sua estrutura toda comprometida, colocando em risco a vida dos alunos e ... O que acontece?
Paciente renais crônicos se revezam nas emissoras de rádio e televisão,pedindo apoio para chamar atenção das autoridades para que o Centro de Nefrologia seja aparelhado das mínimas condições para atendê-los e ... O que acontece?
Não, nada acontece com o governo do Amapá. Camilo e seus secretários podem fazer o que bem entendem, desrespeitam a inteligência do povo e as instituições responsáveis pela fiscalização desses desmandos fazem de conta que nada está acontecendo neste arraial. O Ministério Público, na gestão da Doutora Ivana Cei, se ocupou única e exclusivamente de brigar com a Assembléia Legislativa. Aliás, unicamente com Edinho Duarte e Moisés Souza. Virou questão de honra. Esses dois terão que ser enterrados politicamente. Mas seria razão de aplauso a ação do Parquet, se não houvesse direcionamento. Infelizmente, há, e essa aura de moralidade se macula quando não vemos uma ação partir do MPE no sentido de cobrar do Poder Executivo respostas para as coisas absurdas às quais somos obrigados a testemunhar e a noticiar, cotidianamente.
O Amapá é um estado maniqueísta. Quem está com o governo do Camilo é do bem, que está contra o governo dele é do mal. Lamentável. A lei é erga hominis, ou seja, para todos os homens.

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