sexta-feira, 25 de abril de 2014

EDITORIAL

Reprovados

Os oito deputados federais do Amapá, ao que parece, serão as primeiras vítimas da enorme rejeição que orna a gestão de Camilo Capiberibe. Segundo o IBOPE/CNI, 75% do povo do Amapá não aprova a administração do PSB. Longe de querer comparar uma simples enquete com uma pesquisa realizada com rigor científico, mas a bancada de deputados federais foi reprovada por 70% dos eleitores, que responderam à enquete deste periódico.

Fica, assim, evidenciado nos números auferidos pela enquete que os parlamentares federais perderam a confiança do eleitorado. E a relação ruiu exatamente em virtude de um comportamento silente com os desmandos praticados por esta gestão estadual, que tem disponibilizado serviços de péssima qualidade nas áreas da educação, saúde e segurança pública.

Cansado de clamar por socorro, o povo constata que gritam a sós e não ouvem do lado dos parlamentares uma voz fazendo coro às suas reclamações. Na realidade, a população que já foi para as ruas em 2013, pedindo moralização na política, não viu nada mudar. Por isso, demonstram desinteresse pelas eleições vindouras. Lamentável que seja assim.

Outras ferramentas de controle da atividade parlamentar são a TV Câmara e as redes sociais. Hoje, a notícia voa por entre celulares e a distância entre o povo e o Congresso, atualmente, é nenhuma. As matérias de interesse do Amapá são acompanhadas pelos olhos vigilantes dos interessados, que pouco ou nenhum interesse vêm no desempenho dos parlamentares.

Dos oito deputados federais do Amapá, cinco respondem a processos no STF. Entre os mais faltosos do Congresso Nacional há um parlamentar amapaense: Vinicius Gurgel (PRTB). Deste modo, fica patente o motivo dos eleitores amapaenses estarem querendo mudança. O Amapaense está cansado, ao que tudo indica, de palavrório. O que querem ver é ação, uma solução para a economia de um estado que agoniza e definha a olhos vistos.


A rejeição do eleitorado é o preço da incompetência. Tal reprovação ao fraco desempenho dos deputados federais é diretamente proporcional ao alinhamento automático que os parlamentares mantem com o catastrófico governo de Camilo Capiberibe. Trocando em miúdos: se for confirmada nas urnas, a rejeição virá em efeito dominó. Chegou a hora do salve-se quem puder.

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