quinta-feira, 17 de abril de 2014

O AVESSO DO AVESSO


• Morte matada
Em 1995, Zenaldo Coutinho, à época presidente da Assembleia Legislativa do Pará, tomou um susto quando lia requerimentos dos colegas. Deparou-se com uma solicitação de Matildo Dias: "Requeiro ao governador reforço da Segurança Pública no Município de Rondon do
Pará. Só no último fim de semana houve cinco homicídios, sendo três com vítimas fatais". Égua!

• Tá amarrado!
José Sarney era presidente interino quando certa noite telefonou-lhe o ministro da Justiça, Fernando Lyra, pedindo um encontro urgente para contar como a Polícia Federal desvendara as razões da enfermidade de Tancredo Neves, ainda lutando pela vida no hospital. Sarney recebeu Lyra e seu chefe de gabinete, Cristovam Buarque, quase às 2h da madrugada. Os dois exibiram um boneco espetado por agulhas, suposto "trabalho de vudu" encontrado nas imediações da Granja do Torto. Sarney perguntou-lhes pelas providências. Lyra reagiu orgulhoso: - Já procuramos um terreiro e o "trabalho" foi desfeito, presidente!

• E agora?
Pra quem já está pensando em quem vai votar, lamento dizer, mas existem três coisas sobre as pessoas que você nunca vai saber, mesmo que insista tentar descobrir: O que elas querem, o que elas são e o que elas vão se tornar.
• Jabá legal!
Tem uma gravação circulando cuja voz é atribuída ao jornalista Eduardo Neves, assessor do governador Camilo. Pelo sim, pelo não, resolvi escutar. Na gravação, se fala do "jabá" pago a veículos e comunicadores e da forma como é pago esse dinheiro. Aconselhei a pessoa que me mostrou a mandar pro Ministério Público. Merece apuração.

• Midas ao avesso
O excessivo número de candidatos ao governo não tem outra explicação senão o claro desgaste do governador Camilo Capiberibe. Não duvidem se até o Genival tiver mais votos que ele. E há precedentes. Na eleição de 2004, Janete Capiberibe foi a "fona" e ficou atrás de Joinvile Frota, então candidato do PSTU.


CAUSOS & LOROTAS DA POLÍTICA

Essa história é do tempo em que a Rádio Difusora dava seus primeiros passos. O Hélio Pennafort contava que o serviço de alto-falante que alegrava as tardes macapaenses com sucessos musicais da época, já havia dado a vez à Rádio Difusora de Macapá e que, além de programação de estúdio, fazia também reportagens externas e transmissões futebolísticas, quando o jogo na praça da matriz era importante. Como não havia cabines nem arquibancadas, o locutor irradiava mesmo da beira do campo e a sua voz era amplificada por três projetores de som instalados nos cantos do gramado. Aqui, eu não lembro se foi o Alamiro
ou o Agostinho Souza. O certo é que um deles transmitia, empolgado, uma dessas partidas em
tarde chuvosa, segurando o microfone todo molhado. Quando ia começar a narrar os lances que vinham de um escanteio, alguém colocou-lhe a mão no ombro à guisa de cumprimento. Acontece que por um desses ziguezagues que a eletricidade faz quando entra em contato com coisas molhadas, tocadas por outra pessoa, o corpo do locutor estremeceu com um choque de regular voltagem, que o fez perder completamente o lance e gritar bem alto para o gozo da imensa torcida de alguns milhares de radiouvintes: - Me solta! Me larga, seu filho da puta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...