sexta-feira, 25 de julho de 2014

DE TUDO UM POUCO Nº /2014 – Julho, sábado 25

DUAS ADMINISTRAÇÕES DESASTROSAS  - 2º tempo.

Juracy Freitas 

            Passada a era Felipão, dela só guardaremos péssimas recordações. Não pela incapacidade dos nossos atletas ou jogadores, mas pela intransigente teimosia pessoal do treinador ou técnico. Esses dois termos já foram explicados no artigo anterior. Que venha o Dunga mais uma vez. Esse também é turrão. Tomara que tenha mudado para melhor.
            Neste segundo tempo de comparação entre as duas administrações, mister diga-se como relevante que aquela ( a do futebol ) já passou e se trouxe ganhos ou prejuízos à Nação só a CBF e a Presidência da República podem dizer. Agora, no que diz respeito a administração pública executada no Estado do Amapá, esta sim, está deixando um rastro de desmoralização, desprestígio, desconfiança e desesperança no povo amapaense, que desde 2011 só espera que as obras e serviços públicos de qualidade sejam executados ou oferecidos à população.
            A questão é técnica, do técnico ou do treinador deste segundo tempo? Respondendo a cada termo afirmando que : 1) a questão é técnica, porque a administração pública, na sua dimensão macro, é exercida em função da Lei, tendo como norte a Constituição Federal ( que não é Lei, mas de onde emanam as Leis).  Leis específicas regem a administração pública, e o agente público não pode nem deve executar  nenhum serviço ou obra pública se não estiver em acordo com as Normas pertinentes ao serviço público. Algumas dessas Normas já foram exaustivamente lecionadas em artigos de minha lavra. 2) a questão é do técnico, que passa a ser denominado neste segundo tempo de GESTOR PÚBLICO, não importando qual cargo ou função pública esteja exercendo ou que venha a exercer. O certo é que esse Agente Público DEVE ter conhecimento, mesmo micro, das Leis de regência da administração pública, a fim de que possa administrar ( não comandar ) uma equipe técnica, formada por profissionais que tenham conhecimentos técnicos das pastas ou serviços onde venham a atuar ou atuam. Logo, depreende-se que se o Gestor Público de nada entende, como cobrar ou perquirir seus técnicos? Esta exigência não está presa ao conhecimento técnico do profissional, mas no que tange ao  desempenho técnico das responsabilidades por ele assumidas. O Poder Executivo de um Estado ou de um Município está estribado  na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias e na LOA – Lei Orçamentária Anual ( vale só para um exercício ) votadas e aprovadas pela Assembléia Legislativa e Câmaras Municipais. A partir daí, nada pode ser excluído ou incluído sem autorização dessas duas Casas de Leis. O que vem depois, é a execução dessas duas Leis e em obediência constante das Leis Ordinárias que estão diretamente vinculadas a suas execuções. É de bom alvitre dizer-se que no serviço público “ nada pode ou deve ser feito senão em razão da Lei “. 3) Fica de fora desta análise o termo treinador porque não se coaduna em nenhuma função pública.
            O Estado do Amapá está vivendo um momento nebuloso em razão de ser 2014 um ano eleitoral, onde serão eleitos um Senador, o Governador,  14 Deputados Federais e 24 Deputados Estaduais. Muitos dos  candidatos a esses cargos estão postulando reeleição. Muitos para alcançar seu objetivo deixam de lado a ética e a nobreza da Ciência Política, para deixarem-se rolar, ladeira abaixo, na busca de possíveis delitos ou fatos que possam comprometer seus concorrentes. Parece até que o texto da novela das seis, Meu Pedacinho de Chão, está aqui representado, pois temos o Coronel Epaminondas ( EPA ), que é o mandão do pedaço e a quem todos devem obediência; temos o Prefeito ( da novela ) que é opositor do Cel. EPA, e que contratou um detetive para fuçar o passado do EPA e usar como prova desabonadora para inviabilizar a candidatura, um pseudo filho ( que pode ser o LEPE ). Tanto lá, como cá, as circunstâncias são as mesmas; as armas são as mesmas; os modus operandi são os mesmos. A desgraça tem que estar do outro lado, custe o que custar. Honra, dignidade, ética, profissionalismo, família, cargo ou função pública, nada é levado em conta quando o objetivo maior é ELEGER-SE.
            Por toda essa ganância de poder muito o Estado do Amapá tem perdido, continua perdendo e perderá mais ainda se alguns desses candidatos voltar a exercer função pública. O Povo Amapaense tem, neste ano, a oportunidade de contratar por meio do voto, um novo técnico para administrar os destinos deste povo pacífico e ordeiro. E que esse técnico tenha por princípio basilar assessorar-se de profissionais com conhecimentos técnicos a fim de reordenar os caminhos das administração pública.
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Para reflexão semanal : “ Um abraço só tem sentido, quando há sentimento de fraternidade “ ( Pádua, o Cabuçu – Lurdico ).
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