quinta-feira, 31 de julho de 2014

PAPO FARTO






O Curiaú continua lindo. 
Por Randolfe Scooth

Esta semana após algumas visitas na Zona Norte, decidimos, eu e minha rainha Regiane, passear no Curiaú. Que decisão bem tomada. Comunidade atravessada ao meio pela AP-70, caminho para os municípios de Cutias e Itaubal. Passagem de todos que se aventuram e obrigatoriamente passam pelo Curiaú. Desta vez, fui para parar, ver e apreciar a beleza natural, bem como a hospitalidade do povo, a culinária regional e o banho de rio, coisa que não fazia havia vários anos.
Manhã de sol, final de julho, meio de semana, poucas pessoas no balneário da Ponte do Curiaú. Apenas alguns jovens amigos pescando, casais com suas crias fazendo piquenique. Olhares com brilhos de felicidades. Sol, água fria, pescaria, pipa no ar, e, verdadeiramente uma paisagem que nos garantia à prova das mãos de Deus como criador. Perfeição no ar. E, o amapaense e os turistas aproveitando os últimos dias de férias.
O que se via em um olhar realista e observador? Uma comunidade que mantém a tradição de ser o último dos quilombos. Volto a citar a paisagem, pois era um encanto em cada ângulo. Búfalos nadando e na estrada. Para todos os lados a beleza se multiplicava, e o sol de verão aumentava a beleza, colaborando com olhares curiosos e registros fotográficos de encher os olhos. Não resistimos e decidimos cair na água e ficar para almoçar. Afinal a vida passa e os bons momentos devem ser registrados, apreciados e vividos.
Para nós, amapaenses, falar do prazer em tomar banho em nossos rios e igarapés parece redundância, pois acabamos falando da mesma coisa. Mas sempre falamos, pois cada experiência tem o momento único de quem a vive. É pessoal e intransferível. Mas escrevendo posso fazer o amigo e amiga leitores participar deste momento ímpar.
Para não deixar de citar. E a culinária? A esta é de deixar água na boca. Confesso que fiquei feliz com a evolução, pois há alguns anos não gostei do que vi. Mas desta vez, vi uma carinho no trato com a visita, profissionalismo dos garçons trajados uniformemente, cozinheiras de touca, toque na culinária com sabor e apresentação nos pratos. Sabor caseiro.
Por motivo de recomendações médicas pedimos uma calderada de filhote. Prato tipicamente regional e servido na maioria dos restaurantes da capital. Porém, apesar de não termos a sofisticação dos restaurantes, tivemos a grata surpresa de degustarmos uma calderada cabocla, verdadeiramente tucuju, com sabor peculiar daquela que o caboclo de nosso interior está acostumado a fazer, e que na maioria das vezes pelo excesso de temperos não encontramos na cidade. Parabéns. Nota 10 a calderada do Curiaú. Nota 10 a tudo o que vimos e vivemos no Quilombo do Curiaú.
Lamentável que no complexo onde funcionavam vários quiosques que serviam comidas típicas e vendiam o bom açaí, estão fechados. Segundo informações dos moradores e frequentadores, já há bastante tempo. O que nos entristece, porque poucos lugares conseguem preservar sua beleza natural com tamanha responsabilidade ambiental. Para não dizer que não falei das flores. Eu estava acompanhado de uma flor, assim como cada visitante tinha seu olhar. Para não esquecer, almoçamos no Restaurante Refúgio dos Quilombos. Bom fim de semana e Scooth Para todos!


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