O Curiaú
continua lindo.
Por Randolfe Scooth
Esta
semana após algumas visitas na Zona Norte, decidimos, eu e minha rainha
Regiane, passear no Curiaú. Que decisão bem tomada. Comunidade atravessada ao
meio pela AP-70, caminho para os municípios de Cutias e Itaubal. Passagem de
todos que se aventuram e obrigatoriamente passam pelo Curiaú. Desta vez, fui
para parar, ver e apreciar a beleza natural, bem como a hospitalidade do povo,
a culinária regional e o banho de rio, coisa que não fazia havia vários anos.
Manhã de
sol, final de julho, meio de semana, poucas pessoas no balneário da Ponte do
Curiaú. Apenas alguns jovens amigos pescando, casais com suas crias fazendo
piquenique. Olhares com brilhos de felicidades. Sol, água fria, pescaria, pipa
no ar, e, verdadeiramente uma paisagem que nos garantia à prova das mãos de
Deus como criador. Perfeição no ar. E, o amapaense e os turistas aproveitando
os últimos dias de férias.
O que se
via em um olhar realista e observador? Uma comunidade que mantém a tradição de
ser o último dos quilombos. Volto a citar a paisagem, pois era um encanto em
cada ângulo. Búfalos nadando e na estrada. Para todos os lados a beleza se
multiplicava, e o sol de verão aumentava a beleza, colaborando com olhares
curiosos e registros fotográficos de encher os olhos. Não resistimos e
decidimos cair na água e ficar para almoçar. Afinal a vida passa e os bons
momentos devem ser registrados, apreciados e vividos.
Para nós,
amapaenses, falar do prazer em tomar banho em nossos rios e igarapés parece
redundância, pois acabamos falando da mesma coisa. Mas sempre falamos, pois
cada experiência tem o momento único de quem a vive. É pessoal e
intransferível. Mas escrevendo posso fazer o amigo e amiga leitores participar
deste momento ímpar.
Para não
deixar de citar. E a culinária? A esta é de deixar água na boca. Confesso que
fiquei feliz com a evolução, pois há alguns anos não gostei do que vi. Mas
desta vez, vi uma carinho no trato com a visita, profissionalismo dos garçons
trajados uniformemente, cozinheiras de touca, toque na culinária com sabor e
apresentação nos pratos. Sabor caseiro.
Por
motivo de recomendações médicas pedimos uma calderada de filhote. Prato
tipicamente regional e servido na maioria dos restaurantes da capital. Porém,
apesar de não termos a sofisticação dos restaurantes, tivemos a grata surpresa
de degustarmos uma calderada cabocla, verdadeiramente tucuju, com sabor
peculiar daquela que o caboclo de nosso interior está acostumado a fazer, e que
na maioria das vezes pelo excesso de temperos não encontramos na cidade.
Parabéns. Nota 10 a calderada do Curiaú. Nota 10 a tudo o que vimos e vivemos
no Quilombo do Curiaú.
Lamentável
que no complexo onde funcionavam vários quiosques que serviam comidas típicas e
vendiam o bom açaí, estão fechados. Segundo informações dos moradores e
frequentadores, já há bastante tempo. O que nos entristece, porque poucos
lugares conseguem preservar sua beleza natural com tamanha responsabilidade
ambiental. Para não dizer que não falei das flores. Eu estava acompanhado de
uma flor, assim como cada visitante tinha seu olhar. Para não esquecer,
almoçamos no Restaurante Refúgio dos Quilombos. Bom fim de semana e Scooth
Para todos!
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