por Juracy Freitas
O “ FONA “ DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA.
Em
tempos que já lá se vão, p termo “ fona “era empregado pela molecagem no jogo
de petecas e que era atrelado ao último jogador após o par ou ímpar,
identificado como azarento do jogo.
No
dizer do Mestre Aurélio, em linguagem mais clássica e não menos adjucutória, o
termo “ fona “ significa “ centelha que se apaga no ar “, isto é, é a última
fagulha a se pagar. Em termos de comparação com o parágrafo anterior, tudo está
no mesmo lugar.
Como
para bom entendedor meia palavra basta, o Estado do Amapá é o “ fona” na escala
decresciva da Agenda Política, subtítulo “ A Radiografia da Competitividade “,
entre os 27 entes federados brasileiros, publicada na Revista Época, nº 843, de
28 do corrente.
Veja-se
que o período analisado compreende os anos 2012 – 2013/2014, e logo
identifica-se a gestão pública atual ( 2011 a 2014 ), no que tange ao Estado e
Municípios, levando-nos a seguinte conclusão : o Amapá estagnou. Está no ponto
morto à espera de um bom piloto para
decolar; ou de um experiente motorista para dar a arrancada; ou de um excelente
capitão para conduzi-lo mares a fora ou país a dentro.
Esta
é mais uma vergonha em nível nacional que fere o brio do povo amapaense. Somos
hoje taxados de Estado ruim entre os demais, na mensuração dos que têm o melhor
( e o pior )ambiente para investidores externos e quais subiram ( ou caíram )
no ranking desde 2012, diz a reportagem. Insurjo-me adicionando que também os
investidores internos ( brasileiros ) não vêm este Estado como uma fonte
promissora para seus investimentos.
Todos
sabemos as causas que levaram o Amapá ao
negativo da competitividade, e dentre tantos arvoro-me a alinhavar
alguns, advogando se são os mais ou menos importantes dentro do contexto do
desenvolvimento. (1) O Amapá não tem uma matriz energética que viabilize
grandes investimentos estruturais e físicos para abrigar fábricas/indústrias de
transformação de matéria-prima; (2) não temos um setor primário que dê sustentação
à produção da matéria prima necessária; nossa agricultura, mesmo de
sobrevivência, é insípida, pois não dispomos de terras legalizadas para abrigar
grandes plantações de grãos, hortaliças, verduras, frutas,...; (3) não dispomos
de um parque industrial capaz de receber indústrias de grande porte, mercê de
que dispomos de um parque insignificante, desatualizado e desprovido de
capacitação de armazenamento, industrialização, transporte terrestre ou
aquaviário; (4) não temos uma malha viária capaz de sustentar a trafegabilidade
de veículos pesados ou leves, de empresas ou pessoas físicas, transportando
bens e valores econômicos dentro do Estado, pois a principal, a BR 156, em
construção a mais de 50 anos, tem trecho intrafegável e não permitindo o escoamento
de riquezas entre os Municípios que a margeiam; (5) a BR 256, Macapá/Jari,
ainda nem saiu do papel, por falta absoluta de vontade política de agentes
públicos; (6) a ponte sobre o Rio Matapi, que ligará Macapá ao município de
Mazagão, já deveria ter sido concluída em 2011/2012, pois todos os trâmites
legais estavam só a esperar que a administração pública estadual a partir de
2011 desse início à obra física. Porque não foi executada? Por que o gestor
estadual eleito para o mandato 2011/2014 não obedeceu ao Princípio
constitucional da Impessoalidade, mudando tudo o que estava pronto e, pasmem,
voltando a fazer como estava projetado. Essa atitude reflete a incapacidade
administrativa de um gestor público. (7) os atoleiros da AP 70, que liga Macapá
à São Joaquim, Santa Luzia, Macacoari e adjacências, não permite que se ande a
pé por que há risco de afundar-se na lama, e vejam que tem verba federal
alocada para essa vicinal tão importante.
O
Estado do Amapá precisa, urgentemente, de um projeto macro que abranja todas as
vertentes econômicas, da produção de bens e serviços, via industrialização,
escoando na comercialização, oportunizando renda e trabalho para todos quantos
estiverem ativos e dispostos a encetar uma nova caminhada em prol do
desenvolvimento sustentável do Estado, sem olhar para o passado, sem
lamentações, deixando que a Justiça dos homens cumpra seu papel constitucional,
por que a justiça de Deus pode tardar, mas não falha.
Neste
momento em que o País está envolvido com eleições para Presidente, Senadores,
Deputados Federais, Deputados Estaduais e Governadores, tenhamos todos a
convicção de que é preciso mudar consciências e ungirmo-nos do manto da
cidadania para escolher nossos futuros procuradores públicos. Devemos avaliar
cada candidato e suas propostas a fim de que nosso voto tenha a garantia de que
vamos tirar o Estado do Amapá da categoria de ‘ FONA “.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------para
reflexão semanal : “ Nada do que está no universo é imorredouro ou eterno. A
grande angústia humana está na contingência ou limitação de tudo o que existe
no mundo corpóreo e temporal. Por mais que se aperfeiçoe o ser humano, nunca
transcenderá o tempo. A sua finitude revela-se com o passar dos dias “ ( Arnaldo
Rizzardo, Parte Geral do Código Civil ).
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