Modernos
sem choro
BARBARA COSTA
Percebemos
que os anos 2000, e mesmo o final do século XX, trouxeram consigo a
"geração digital". Digital porque tudo está ao alcance do dedo: o
mundo é clique, botão, agilidade, praticidade.
Essa hipermodernização da nossa sociedade foi brusca, quase súbita. Assim, por muito tempo, apenas os mais jovens conseguiram acompanhá-la. Mantinham a tecnologia como um truque que apenas eles dominavam, e os pais e avós olhavam para aquelas quinquilharias com espanto, encanto e horror.
Mas assim como a humanidade passou dos bolachões de vinil às fitas, e aos CDs, e aos reprodutores de MP3, sempre adaptando-se com não muita resistência, cedemos à pressão das demandas tecnológicas e hoje é perceptível a adesão das gerações mais velhas aos aparelhos modernos.
Tortamente, a tecnologia conseguiu nos homogeneizar. Ou melhor, homogeneizar nossas necessidades. O mercado nos fez necessitar o moderno para não sermos excluídos da contemporaneidade ou privados das novas formas de interação.
Essa hipermodernização da nossa sociedade foi brusca, quase súbita. Assim, por muito tempo, apenas os mais jovens conseguiram acompanhá-la. Mantinham a tecnologia como um truque que apenas eles dominavam, e os pais e avós olhavam para aquelas quinquilharias com espanto, encanto e horror.
Mas assim como a humanidade passou dos bolachões de vinil às fitas, e aos CDs, e aos reprodutores de MP3, sempre adaptando-se com não muita resistência, cedemos à pressão das demandas tecnológicas e hoje é perceptível a adesão das gerações mais velhas aos aparelhos modernos.
Tortamente, a tecnologia conseguiu nos homogeneizar. Ou melhor, homogeneizar nossas necessidades. O mercado nos fez necessitar o moderno para não sermos excluídos da contemporaneidade ou privados das novas formas de interação.
Assim,
hoje, do mais jovem ao mais velho, entre quase todas as camadas sociais,
praticamente cada indivíduo possui um celular e acesso à Internet.
Com a
massificação tão extensa e voraz, criticar o uso desses aparelhos passou também
a fazer parte da nossa realidade.
Muito se
fala nos malefícios dessa tecnologia dominando cada poro nosso, e, de fato,
estar preso às telinhas dos smartphones prejudica muito o convívio ao vivo com
quem está perto, e nos exaure, esgota.
Mas, assim como devemos aprender a ponderar o uso da tecnologia, devemos ponderar nossas opiniões. Não se pode apontar esses avanços tecnológicos como o grande vilão deste século.
Mas, assim como devemos aprender a ponderar o uso da tecnologia, devemos ponderar nossas opiniões. Não se pode apontar esses avanços tecnológicos como o grande vilão deste século.
O uso da
tecnologia não é só sinônimo de lobotomia e alienação, como muitos ainda teimam
em apregoar. A tecnologia é também fonte de aproximação, não apenas de
alheiamento.
As redes
sociais e os aplicativos oferecem alternativas maravilhosas para construirmos
uma conjunção com quem está longe de nós e ainda assim nos importa muito,
diariamente.
O
WhatsApp, por exemplo. Nunca antes se ouvira tanto falar em "grupo da
família". Todo mundo hoje tem nos celulares os grupos familiares, e a
comunicação entre parentes próximos, de idades tão variadas, serve para
aproximar e criar uma intimidade que, paradoxalmente, não seria possível
pessoalmente.
O grupo no WhatsApp é apenas uma das alternativas bacanas quando muitos moram longe, não curtem telefonemas, e assim podem conviver sem ter de esperar pelos feriados natalinos.
Para evitar que sejamos oprimidos pela ditadura tecnológica, devemos usar a própria tecnologia a nosso favor e aproveitá-la para aquilo que nos faz mais vivos, mais próximos, felizes, não deixando-a ser vilã.
O grupo no WhatsApp é apenas uma das alternativas bacanas quando muitos moram longe, não curtem telefonemas, e assim podem conviver sem ter de esperar pelos feriados natalinos.
Para evitar que sejamos oprimidos pela ditadura tecnológica, devemos usar a própria tecnologia a nosso favor e aproveitá-la para aquilo que nos faz mais vivos, mais próximos, felizes, não deixando-a ser vilã.
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